Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Arouca facilitou e o Benfica aproveitou

BenficaArouca_H0P5154Com dois golos nos primeiros dezoito minutos de jogo, aproveitando falhas defensivas, o Benfica construiu mais um triunfo ante um Arouca “à nora”, no que foi uma vitória justa e manteve a distância de dois pontos do Sporting que, em Paços de Ferreira, confirmou a liderança.Tentando surpreender o campeão nacional em título, o Arouca lançou-se para a frente logo no primeiro minuto mas a resposta benfiquista foi fulminante na passagem pelo segundo minuto quando abriu o activo, através de um golo da autoria de Pizzi, que surgiu de rompante na grande área visitante e rematou forte, sem defesa, e também sem ninguém a incomodá-lo.

Os comandados de Rui Vitória mantiveram o “pressing” sobre os homens de Lito Vidigal, primeiro com Pizzi (13’) a fazer um passe para Mitroglou, que só não marcou porque o central Velasquez resolveu a contenda e, segundo, com a marcação do segundo golo (18’), desta vez por Mitroglou, deixado só (juntamente com Jonas) na pequena área, ao rematar de calcanhar e de costas para a baliza.

Com este resultado, o Benfica aliviou um pouco a pressão e permitiu ao Arouca subir mais no campo mas sem consistência que viesse a causar “calafrios” a Júlio César, que esteve descansado.

Aos 30 e 37’ Carcela e Pizzi criaram novas ocasiões de perigo junto à baliza de Bracali mas, na primeira situação, Carcela, recebendo a bola de Mitroglou, atirou à figura do guarda-redes, que só agarrou a bola à segunda vez, enquanto Pizzi fez uma corrida longa, pelo lado esquerdo do ataque, mas atirou ao lado. Nesta altura, o Benfica tinha 65% de posse de bola e oito remates contra dois do Arouca, o que confirma a superioridade benfiquista.

Aos 42’, Jonas rematou forte mas Bracali defendeu com os pés e a primeira findou poucos minutos depois.

Antes disso (40’), a bancada das claques benfiquistas entrou em “ebulição” – uma situação muito esquisita se tivermos em conta que o Benfica ganhava por 2-0 – com agressões em grupo, o que levou outros associados, com crianças e filhos jovens, a retirarem-se da bancada para a zona de segurança (entre o relvado e a entrada para a bancada), num espectáculo triste e indigno, ultrapassando todas as regras da ética, do fair play e da luta contra a violência nos recintos desportivos. É recomendável que o Benfica regulamente rapidamente medidas (de acordo com a legislação vigente), sob pena de poder acontecer algo de mais grave que levaria à aplicação de sanções gravosas para o clube da águia ao peito. Recorde-se que, da UEFA, já recebeu cartão amarelo e arrisca-se a levar o vermelho se houver uma segunda vez num jogo internacional.

No segundo tempo, Jonas (47’) podia ter aumentado a vantagem – não tinha ninguém a cobri-lo – mas atirou ao lado, em mais um momento de apatia da defesa arouquense.

Embora dando boa réplica e várias vezes, o Arouca não apresentou argumentos para fazer perigar a baliza de Júlio César, se bem que (50’) Ivo Rodrigues surgiu na frente do guardião benfiquista (que estava adiantado em relação à linha de baliza) e tentou fazer um “chapéu” que só não deu golo porque Júlio conseguiu desviar o remate por cima da barra.

A entrada de Maurides (a seguir ao intervalo) deu maior consistência ao ataque do Arouca e foi este jogador que (61’) cabeceou mas ao lado.

Mantendo maior velocidade e mais acerto nos passes, o Benfica chegou ao 3-0 (67’), depois de Mitroglou ter começado a jogada e rematando contra um defesa, tendo a bola sobrado para Jonas, que se limitou a empurrar a bola para a baliza deserta.

Depois de se saber que estavam 51.611 espectadores na Luz – a terceira maior enchente da presente época, depois dos mais de sessenta mil contra o Sporting e dos mais de 53 mil provocados com a visita do Estoril, número que é de excelência – Nuno Valente (76’) obrigou Júlio César a uma boa intervenção defendo a soco e para a frente, nada resultando em termos de recarga.

Aos 83’ uma oportunidade flagrante perdida por Mitroglou ao tentar fazer um “chapéu” a Bracali e que a defesa visitante resolveu, o mesmo sucedendo aos 90+1’, quando Talisca rematou forte e o guardião arouquense defendeu de forma excelente.

Nunca se dando por vencido, o Arouca acabou por conquistar o golo de honra, merecido, no seguimento de um canto marcado por Lucas Lima e com Velasquez a subir mais alto do que Lisandro e a cabecear para o ponto de honra.

Uma vitória benfiquista que nunca esteve em risco, ficando a reserva de que os três golos encarnados saíram de desatenções dos homens do Arouca. Mas acabou tudo em bem.

No Benfica, realce para Júlio César, Lisandro, Samaris, Jardel, Jonas, Pizzi, Renato Sanches e Carcela – saudando-se o regresso à competição de Nico Gaitán – enquanto no Arouca se destacaram Bracali, Velasquez, Artur, Ivo Rodrigues, Jailson, Nuno Valente e Roberto.

Manuel Mota (de Braga) foi o árbitro do encontro e teve uma actuação sem problemas, tendo estado bem, de uma forma geral (sem interferir no resultado final), com os assistentes Jorge Oliveira e Pedro Fernandes em bom plano.

Constituição das equipas:

Benfica – Júlio César; André Almeida, Lisandro, Jardel e Eliseu; Pizzi (Gaitan, 65’), Renato Sanches, Samaris (Talisca, 74’) e Carcela; Jonas e Mitroglou (Raul Jimenez, 85’).

Arouca – Bracali; Jailson, Velasquez, Hugo Basto e Lucas Lima; David Simão (Zequinha, 45’), Nuno Coelho e Nuno Valente; Artur (Adilson, 82’), Roberto (Maurides, 59’) e Ivo Rodrigues.

Disciplina: amarelo para André Almeida (5’) e Velasquez (76’).

Artur Madeira

 

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