Quinta-feira 25 de Novembro de 2365

Benfica voltou a sofrer para triunfar a partir … do banco

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Carlos Palma / Celta Images

LIGA NOS – Benfica, 3 – Rio Ave, 1

Com dez jogadores em campo, a defesa avense tornou-se “permeável” e permitiu que o Benfica abrisse o activo (4’) mas empatou depressa (13’), durando até aos 79’ de jogo, depois da entrada de Raul Jimenez (saída do “apático” Mitroglou), que foi o motor de arranque para os comandados de Rui chegarem à vitória.

Só assim o Benfica conseguiu libertar-se de uma ausência de trabalho em grupo – face a um individualismo que nada resolvia – pese embora tenha tido maior posse de bola mas sem tirar qualquer benefício dessa vantagem que nada demonstra, porque não consubstanciada em golos.

Ainda assim, o Benfica chegou ao 1-0 no minuto quatro, aproveitando uma lacuna da defesa avense que, com o defesa direito Lionn fora de campo para mudar de biotas, não curou de tapar esse corredor, o que permitiu a Jonas, à segunda, fazer um golo de belo efeito sem defesa para um Cássio que ainda estava no “aquecimento”.

Pesar-se-ia que a equipa encarnada manteria a pressão atacante mas a verdade é que, tirando um pontapé forte (6’), de longe, de Renato Sanches, que passou muito ao lado, a situação inverteu-se e foram os forasteiros que começaram a reagir à desvantagem no marcador.

E conseguiram marcar. Falta assinalada perto da grande área do Benfica e o médio Bressan, possuidor de um pontapé forte e, mais do que isso, com directividade, marcou o livre de forma magistral, levando a bola entrar (13’) junto ao poste mais longe em relação ao local da bola, com Júlio César a não chegar a tempo. Ainda assim, o guardião benfiquista foi “traído” por um ligeiro desvio da bola, depois de ter raspado na cabeça de um defesa encarnado.

Logo de seguida (17’), Pizzi teve o golo nos pés, depois de se isolar no lado direito do ataque e já dentro da grande área, mas o remate saíu direito a Cássio, a bola bateu-lhe nas pernas e perdeu-se o perigo.

Percebeu-se então que Jonas e Mitroglou pouco se entendiam, pelo que situações de perigo praticamente não existiam, também por culpa do Rio Ave, que fechava bem os corredores para a sua baliza com subtis movimentos de antecipação.

Cerca da meia hora, os jogadores do Benfica reclamam grade penalidade por mão de um defesa avense que, embora tivesse havido o referido toque, o jogador estava com o braço encostado ao corpo. Esteve bem o árbitro.

O Rio Ave continuou a batalhar e faltou sorte para se colocar em vencedor (38’). Bressan, com uma soberba marcação de um pontapé de canto, levou a bola muito perto da linha de baliza, onde Lisandro aliviou para (novo) canto, com a bola a passar a milímetros do poste da baliza de Júlio César, batido no lance.

Até ao intervalo mais nada de importante a registar, com um balanço favorável ao Benfica, que teve mais iniciativa, mas de forma individual, do que nada beneficiou, ante um Rio Ave coeso, jogando em antecipação e em cima da bola, mas sem marcar.

O segundo tempo começou (47’) com uma situação algo parecida com a da primeira parte, em que a bola bate no braço de Marcelo, na área dos avenses, no seguimento de um canto, mas o árbitro também decidiu não assinalar, quiçá porque foi uma bola “à queima”. Ficou a dúvida mas o critério foi idêntico.

No minuto seguinte, com a bola completamente fora do quarto círculo (o que contraria a regra), Pizzi obrigou Cássio a uma defesa a soco, guarda-redes do Rio Ave que voltou a estar em grande ao defender (61’) um forte remate de Jonas e (no minuto seguinte) de Pizzi.

Poucos minutos depois soube-se que estavam presentes 45.955 espectadores na Luz – o que foi uma excelente moldura – para ver (71’) um remate forte de Pizzi passar muito acima da barra.

Carcela, que entretanto substituíra Gonçalo Guedes, também rematou ao lado após uma jogada individual (com companheiros melhor colocados para tentar o golo, surgindo (76’) Renato Sanches a fazer o mesmo num pontapé fortíssimo que levou Cássio a desviar para canto.

Com um pendor mais atacante, o Benfica chegou ao 2-1 (81’), com Jonas a fazer o seu segundo golo no seguimento de um centro de Carcela, na direita, para saltar em antecipação a um defesa e cabecear a contar. E dois minutos depois o resultado subiu para 2-1, com um golo (83’) obtido por Raul Jimenez, lançado por Jonas, que se adiantou a toda a defesa e quando Cássio saiu rematou para onde quis.

Um 3-1 que se ajusta, de alguma forma, ao jogo jogado, se bem que o 2-1 fosse um “castigo” menor para o bom trabalho feito pelos homens do Rio Ave, se bem que, já nos descontos finais (+3’), Pizzi atirou uma bola à trave.

Mais do que a exibição (Luisão e Gaitan estiveram ausentes) ficou o triunfo, que permitiu reduzir a desvantagem para o Sporting (perdeu com o União, na Madeira) para três pontos, reentrando na luta pelo título.

No Benfica, realce para Júlio César, Lisandro, Samaris, Jardel, Jonas, Pizzi, Renato Sanches e Raul Jimenez, enquanto no Rio Ave se destacaram Cássio, Bressan, Lionn, Ukra, Heldon, Pedro Moreira, Wakaso e Kayembe.

Manuel Oliveira (do Porto) foi o árbitro do encontro e teve uma actuação sem grandes problemas – apesar das duas situações de eventuais penalidades máximas, que não contam porque dentro dos padrões regulamentares – tendo estado bem, de uma forma geral (sem interferir no resultado final).

Quanto aos assistentes, não devem ser tão “obedientes” ao todo poderoso chefe equipa, em especial no “não” assinalar a quem pertence a bola. Ficaram sempre à espera que o árbitro resolve-se mesmo em zonas que ficavam mais longe em relação à sua posição em campo.

Constituição das equipas:

Benfica – Júlio César; André Almeida, Lisandro, Jardel e Eliseu; Pizzi, Renato Sanches, Samaris (Fejsa, 45’) e Gonçalo Guedes (Carcela, 58’); Jonas e Mitroglou (Raul Jimenez, 69’).

Rio Ave – Cássio; Lionn, Marcelo, Aníbal Capela e Edimar; Pedro Moreira (Guedes, 83’), Wakaso e Bressan; Ukra, Yazalde (Novais, 88’) e Heldon (Kayembe, 43’).

Disciplina: amarelo para Samaris (8’) e Wakaso (29’).

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