Taça de Portugal – Sporting, 2 – Benfica, 1
Não há duas sem … três e o Sporting justificou este terceiro triunfo ante os benfiquistas nesta temporada de 2015/2016 depois de cumpridos cento e vinte minutos de um futebol com qualidade global de bom nível, afastando o rival da Taça de Portugal e seguindo em frente.
Um jogo que começou depois de ser cumprido um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque terrorista em Paris e quando muitas centenas de espectadores ainda estavam na fila para entrar nas várias portas de acesso ao estádio, face às reforçadas medidas de segurança impostas para este tipo de eventos.
Competindo-lhe tudo fazer para tentar vencer o jogo, o Sporting entrou em campo de forma pressionante, tentando liderar todas as coordenadas do encontro para que pudesse passar à fase seguinte da Taça de Portugal.
O que se podia ter começado a desenhar quando (4´), no seguimento de um pontapé de canto, Slimani cabeceia para o poste devolver a bola e Júlio César afastar o perigo.
No entanto, acabou por ser o Benfica a inaugurar o marcador (7’), quando a defesa sportinguista se “descuidou”, em especial João Pereira, que não recuperou rapidamente o seu lugar no eixo da defesa, permitindo que, num centro largo de Gaitán (sempre ele), a bola chegasse à linha contrária onde apareceu Pizzi a dominar a bola e eu, de imediato, a endossou a Mitroglou, para este rematar pela certa, com a bola a passar sob as pernas de Rui Patrício.
Em função desta vantagem, o Benfica tentou controlar todo o “sistema” de jogo dos leões, mas estes continuavam a ter mais posse de bola, ainda que sem grande vantagem, sendo as maiores “pechas” a falta de pontaria para a baliza e a forma de atacar, face às características dos seus jogadores.
Jefferson (38’) quase fazia um golo mas a cabeçada permitiu uma excelente defesa a Júlio Cesar, no que foi um sinal claro de que o golo podia estar eminente. E assim foi. Slimani e Luisão saltam à bola e o jogador leonino ganha o domínio da bola, remetendo-a de imediato para o miolo da pequena área, onde surgiu Adrien a rematar de pronto, fazendo passar a bola por entre uma flor de pernas de adversários e anichar-se na baliza de um Júlio César pouco à vontade.
No segundo tempo não se registaram grandes alterações técnico-tácticas, a produção do resultado também não sofreu alterações significativas, mas continuou a haver uma grande luta pela vitória.
O Sporting manteve o “pressing”, o Benfica respondeu como pôde surgindo o primeiro grande caso para o árbitro do jogo, Jorge Sousa (Porto), que não assinalou (e bem) uma pseudo grande penalidade por “derrube” de Gaitán (63’) dentro da área do Sporting, o que lhe valeu um cartão amarelo.
Talisca, por duas vezes, colocou em prova a atenção de Rui Patrício, enquanto Gelson (72’), sempre em grande velocidade, deu “cabo” da cabeça dos defesas benfiquista, embora sem produtividade.
Na resposta (74’), Eliseu obrigou Patrício a “esticar-se” para segurar a bola (a dois tempos), tendo Slimani (87’) tido mais uma oportunidade de marcar obrigando Júlio César a brilhar com uma defesa em voo. E terminou a segunda parte com o resultado empatado, pelo que se teve de recorrer a um prolongamento de trinta minutos, divididos por dois de quinze.
A toada manteve-se a mesma, com o Sporting a continuar a ter mais e melhores oportunidades de marcar, mas sem o conseguir, com excelente réplica do Benfica, por vezes a fazer perigar a baliza de Rui Patrício.
Foi preciso esperar 112’ minutos para que, finalmente, o Sporting chegasse ao segundo golo, com Slimani, depois de fazer a recarga no seguimento de uma defesa não completa por parte de Júlio César, rematou forte e deu como que o toque final.
Nos restantes minutos, o Benfica voltou a tentar empatar e chegar às grandes penalidades, não o conseguindo, havendo a registar a situação que envolveu João Pereira e Luisão, com este a cair dentro da área e Jorge Sousa a entender que havia lugar a grande penalidade, o que nos pareceu correcta porquanto existe como que um entrelaçar das pernas dos dois jogadores, sem qualquer intenção de apenas disputar uma bola dividida e que envolveu ainda o guardião Rui Patrício, terminando a partida com o Sporting a seguir para a fase seguinte da competição.
No Sporting destaque para Rui Patrício, Jefferson, João Mário, Gelson, Slimani, William Carvalho, João Mário, João Pereira, Paulo Oliveira e Adrien, enquanto no Benfica se destacaram Júlio César, Luisão (que alcançou o 25º derby), Gaitán, Mitroglou, Guedes, Talisca, Jardel e André Almeida.
O nortenho Jorge Sousa voltou a demonstrar que está em forma e a bom nível, bem acomoanhado pelos auxiliares Bertino Miranda e Álvaro Mesquita.
As equipas alinharam do seguinte modo:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Paulo Oliveira, Ewerton (Tobias Figueiredo, 99’) e Jefferson (Esgaio, 94’); João Mário, William Carvalho, Adrien e Bryan Ruiz; Slimani e Montero (Gelson, 45’).
Benfica – Júlio César; Silvio, Luisão, Jardel e Eliseu; Pizzi (André Almeida, 62’), Samaris, Gonçalo Guedes (Jonas, 104’) e Gaitán; Talisca e Mitroglou (Raul, 95’).
Disciplina: amarelo para Jardel (35’), Talisca (39’), Montero (43’), Silvio (45+3’), Gaitán (63’), Paulo Oliveira (70’), Slimani (83’), Samaris (111’ e 113’, seguido de vermelho) e Jonas (121’).