Depois de tanto complicar no decorrer da primeira parte, pelo egoísmo, Gaitán acabou expulso antes do termo do jogo, criando algumas dificuldades ao Benfica, apesar da vitória justa da formação de Rui Vitória, que precisou de Luisão para obter o golo do triunfo que leva pode levar Benfica aos oitavos de final.Apesar de ter influência na equipa – quando com ela joga – Gaitán não vai estar no próximo jogo, frente ao Astana, apesar das razões que teve no jogo frente aos turcos, tendo começado por jogar para si só e menos para a equipa, o que correspondeu ao nulo ao intervalo.
Como lhe competia, o Benfica tomou as rédeas do jogo, dominou as operações mas os golos não surgiram porque, na altura própria, houve sempre um toque ou passe a mais, a que se juntou a falta de pontaria dos jogadores do Benfica que, embora mais rápidos sobre a bola, também pecaram pela falta de “esclarecimento” e coordenação do que pretendia fazer, no que foi ineficaz.
Os turcos, por seu lado, grande parte do primeiro tempo confinados ao seu meio campo, também não demonstravam grande “vontade” em avançar, porque o objectivo era não perder.
Faca a esse estado de coisas, os turcos aproveitaram o abrandamento benfiquista e ganharam o primeiro canto do desafio (25’) do qual nada resultou, conquistaram o segundo quatro minutos depois mas também sem efeitos práticos – em termos de golos – concluindo-se o primeiro tempo em branco.
Gaitán, em dois livres consecutivos (35’ e 37’), tentou “estrear o pé” mas nadada aconteceu.
A principal nota, no que se refere à arbitragem do sérvio Milorad Mazic foi o facto de não ter mostrado o segundo amarelo a Burak Yilmaz, por falta perigosa, o que levaria o jogador para a cabina mais cedo (já tinha um cartão) e a equipa a funcionar apenas com 10 homens, o poderia não ter sido fácil.
No segundo tempo, o Benfica voltou a pressionar a acabou por abrir o activo (51’), com um golo de Jonas, com alguma surpresa pera ele próprio, porquanto se limitou a estar no sítio onde a bola lhe foi parar aos pés.
Na sequência de um livre marcado por Talisca, Jardel toca a bola de cabeça para a pequena área, chegando a Luisão, que se atrapalha e a bola segue para o número 17 do Benfica para, com a defesa e o próprio guarda-redes turco parados, introduzi-la na baliza.
Mas foi sol de pouca dura. Enquanto o Benfica se sentiu em “cima”, os turcos não baixaram os braços e concertaram uma estratégia de contra-ataque rápido, que deu os seus frutos sete (58’) minutos depois.
Num contra-ataque rápido e apoiado, com a bola a passar de jogador em jogador, Podolski apropriou-se do esférico, colocou o pé a jeito e rematou com potência máxima, levando a bola a entrar junto ao poste mais longe, aproveitando também uma desconcentração da defesa benfiquista.
Com os turcos a tentar reter a bola depois de terem chegado ao empate, Talisca (64’) dá um sinal de impaciência de fez um forte remate ao lado do poste, non que foi o mote para o Benfica chegar ao triunfo.
No seguimento de um canto (66’), a bola não é convenientemente “expelida” da área turca e Luisão, oportuno, fez um “bicanço” que deu no segundo golo, que se justificava.
Com este golo, os turcos voltaram a “abanar”, com Gaitán quase a marcar, o que também podia ter sido logo a seguir, mas não resultou. Com as duas substituições feitas, o técnico da formação tirca tentou “dar a volta” ao resultado mas não criou oportunidades para o efeito. Ainda assim, Bulut (que tinha entrado), respondendo a um centro vindo da direita do seu ataque, atirou a bola, de cabeça, para a baliza mas passou ao lado do poste.
Os últimos minutos foram tensos e os turcos estiveram à beira de empatar, quando Oztekin, com a baliza toda aberta, atirou ao lado.
Dominador mas nem por isso “transferido” para a realidade, o Benfica venceu bem e deu um passo bem amplo para seguir em diferente, pese embora ainda faltem dois jogos, o primeiro com o Astana (dia 25 deste mês) e, em Dezembro, com o Atlético de Madrid.
A plateia esteve mais fraca mas, ainda assim, aportaram ao Estádio da Luz como qualquer coisa como cerca de trinta mil pessoas.
Destaque para as exibições de Luisão – considerado o herói do jogo – Jardel, Jimenez, Jonas, Eliseu, Gaitán, Gonçalo Guedes e Talisca. No lado turco, relevo para Muslera, Bilal, Sneijder, Podolski, Yilmaz, Chedjou e Denayer.
Tirando a falha de não mostrar o segundo amarelo (e consequente expulsão) de Yilmaz, o árbitro não “tremeu”, nem os seus assistentes, tendo feito uma exibição regular.
Constituição das equipas:
Benfica – Júlio César; Sílvio, Luisão, Jardel e Eliseu; Gonçalo Guedes (Carcela, 72’), André Almeida, Talisca (Cristante, 90+3’) e Gaitán; Jimenez e Jonas (Pizzi, 80’).
Galatasaray – Muslera; Denayer (Colak, 52’), Chedjou, Balta e Adin; Inan, Sneidjer e Kisa (Oztekin, 68’); Sariouglu, Yilmaz (Bulut, 73’) e Podolski.
Disciplina: amarelo para André Almeida (30’), Yilmaz (42’), Gonçalo Guedes (42’), Gaitan (44’ e 85’, sendo expulso com cartão vermelho e não poderá jogar no próximo jogo, frente ao Astana), Inan (54’), Sílvio (55’), Adin (90+4’).
Artur Madeira