Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Sporting a dominar mas sem … marcar!

SportingEstoril_H0P5765Se é verdade que o Sporting dominou na maior parte do tempo do jogo (chegou a 71/29%), também é líquido que no jogo jogado, nem por isso se provou que marcar golos seria fácil a uns canários que – o que se vai esquecendo quase sempre – são capazes de tudo para atrapalhar seja quem for. Como se viu em Alvalade.E até foram os visitantes que tiveram a primeira oportunidade de golo, antes de completado o segundo minuto de jogo quando, num rápido ataque, Chaparro obrigou Patrício a correr bem para safar bola pela linha lateral, a que responderam os leões com um centro de João Pereira para Slimani cabecear por cima da barra.

Num ritmo que começou vivo e se manteve durante toda a parte, foram os canarinhos que fizeram mais perigo, com Gerso (7’) a fintar, isolar-se e endossar a Chaparro que, na passada, rematou para Patrício fazer uma excelente defesa, com o golo quase à vista.

No taco-a-taco, com a bola lá e cá, o Estoril pedia meças aos leões, pouco acutilantes e sem falta de pontaria no momento certo, como aconteceu com Slimani (16’) que depois de se isolar, forçou demais e não conseguiu dominar a bola, pelo que nada resultou, tendo ficado a dúvida se estaria ou não em fora de jogo quando surgiu na frente de toda a defesa.

Embora pressionando, o Sporting não conseguia forma de entrar, certinho e direitinho, no corredor da baliza de Kieszek, porquanto bem “tapado” pela linha defensiva, a não permitir muito espaço aos atacantes sportinguistas. E aproveitou o Estoril para criar mais uma situação de perigo (17’) quando Bruno César chegou com alguma facilidade muito perto de Patrício e rematou forte, tendo o guardião sportinguista sido obrigado a fazer uma grande defesa.

No despique que estava latente, João Pereira voltou a subir pelo corredor direito e centrou para Slimani, que cabeceou para as mãos do guardião estorilista, respondendo os visitantes com uma nova avançada, que levou Gerso a rematar forte e a bola a sair a rasar o poste da baliza à guarda de Patrício, que se verificou logo a seguir e com o mesmo sentido (Estoril a atacar).

O “pressing” do Sporting manteve-se e (29’) João Pereira esteve à beira de abrir o activo, mas foi-lhe assinalado um fora de jogo, surgindo, na resposta, Gelson a fazer um excelente remate mas ao lado da baliza do guardião de amarelo vestido.

Em cima do minuto 45 João Pereira voltou a insistir e centrou à procura da cabeça de Slimani, que cabeceou ao lado.

Mas a verdade é que o intervalo chegou logo a seguir e o 0-0 mantinha-se.

No segundo tempo, o Sporting voltou a entrar de rompante e aí verificou-se que o Estoril tinha “fraquejado”, por maior pressão dos leões, que queriam resolver o jogo o mais rapidamente possível, chegando ao golo através de uma grande penalidade, que nasceu de um fora-de-jogo não assinalado a Teo.

A bola é lançada para o número 19, que estava em situação irregular mas, como não foi assinalada, continuou a jogada. Rodopiando sobre si próprio e com um defesa estorilista a estorvar a acção, Teo sofreu um toque no pé, dentro da área, que o árbitro viu bem e assinalou a grande penalidade.

Chamado a marcar, Teo não deu margem para qualquer hipótese de defesa a Kieszek e fez o 1-0 (54’).

A partir daqui, mas sem nunca perder o contra-ataque que causou “nervoso” na pequena área do Sporting, o Estoril deu mostras de estar a fraquejar, face ao esforço desenvolvido na primeira parte.

Embora mais lesto em iniciativas, protagonizadas por Gelson, Jefferson e Bryan Ruiz, por exemplo, o Sporting não conseguia chegar ao golo, cremos que por falta de concentração, dando origem ao desperdício, para o caso com culpas para quem rematava

Foi uma vitória sofrida, mas alguém tinha que ganhar. Ganhou o melhor mas a situação poderia ter sido diferente.

Para gáudio dos 40.144 espectadores presentes.

No Sporting destaque para Jefferson, João Mário, Gelson Martins, Slimani, Teo, William Carvalho, João Mário, João Pereira e Bryan Ruiz, enquanto nos canarinhos o maior foi o guardião Kieszek, seguindo-se Tavares, Taira, Gerso, Bruno César, Dieguinho, Babanco e Chaparro.

Jorge Ferreira (Braga) esteve em bom plano e dirigiu a partida dentro de uma bitola média/alta (só foi forçado a mostrar dois amarelos já no final da partida), se bem que o assistente do lado das cabinas (Inácio Pereira), tenha falhado bastante na (não) marcação dos foras de jogo, enquanto o outro assistente (Jorge Oliveira) esteve muito mais atente.

As equipas alinharam do seguinte modo:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Paulo Oliveira, Ewerton e Jefferson; Gelson, William Carvalho, João Mário e Bryan Ruiz; Teo (Montero, 60’) e Slimani (Bruno Paulista, 69’).

Estoril – Kieszek; Andreson Luís (Luiz Phellype, 78’), Diego Carlos, Yohan Tavares e Mano; Chaparro (Billal (91’), Taira e Babanco (Anderson Esiti, 62’); Bruno César, Dieguinho e Gerson.

Disciplina: amarelo para Jefferson (84’) e Mano (90+2’).

Artur Madeira

 

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