O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, comunicou esta noite aos portugueses, que indigitou Pedro Passos Coelho, para primeiro-ministro.Três semanas após as eleições, depois de ouvir e convidar Pedro Passos Coelho a encontrar uma solução estável, na sua comunicação, Cavaco Silva lamenta que não tenha sido possível encontrar uma solução que salvaguarde o superior interesse nacional, “Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional”, disse Cavaco Silva.
Esta comunicação surge após o Presidente da República ouvir todos os partidos com assento parlamentar, num contexto parlamentar onde não existir nenhuma força política com maioria absoluta.
Sobre o futuro e Cavaco Silva entende que “Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que, nos programas eleitorais com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO, organização de que Portugal é membro fundador.”
Assim seria para Cavaco Silva, um cenário incompreensível “Fora da União Europeia e do Euro o futuro de Portugal seria catastrófico.”
No final o Presidente conhecendo os cenários que pode surgir com esta indigitação diz “Como Presidente da República assumo as minhas responsabilidades constitucionais. Compete agora aos Deputados assumir as suas.”