Troféu Cinco Violinos – Sporting, 2 – Roma, 0
Não foi um jogo de grande primor técnico mas foi uma partida que criou alguns bons momentos, em especial depois do Sporting ter aberto o ativo, consolidando uma supremacia que nunca esteve em causa numa orquestra que tem ainda muito que fazer pela frente.
Com apenas três caras novas no onze inicial, os leões tentaram forçar um maior e melhor andamento, o que não conseguiram face a, por um lado, à colocação como que de uma “barreira” bem coesa antes de se poder chegar ao guarda-redes e, por outro, por, por via disso, abusarem um pouco de passes para trás ou lateralmente, para “abrir” a muralha italiana, o que não conseguiram no decorrer da primeira parte.
Neste período de tempo pouco ou nada de viu de futebol ofensivo (apesar dos leões terem dois defesas ofensivos, como foram os casos de João Pereira (à direita) e Jefferson (à esquerda), aqui bem “colado” a Bryan Ruiz, se bem que o perigo não surgisse. Tratou-se de uma primeira parte para as equipas se “conhecerem”, ensaiarem vários sistemas e ver o que podia dar. Redundou num zero a zero, até normal, face à eficácia de um ou de outro lado, sem que ninguém se destacasse.
No tempo complementar, Jesus fez entrar Mané e a situação, pelo rápido movimento deste jovem, passou como a pender para os leões, tanto mais que João Mário (49’), com um remate frontal forte, levou a bola a passar alguns centímetros da barra e, cinco minutos depois, Slimani dispôs de uma oportunidade de ouro, a passe de Mané, surgindo isolado frente ao guardião italiano que conseguiu defender com os pés.
Aos 58’, o Roma “revolucionou” toda a equipa, fazendo entrar (por substituição) oito novos jogadores e pareceu que ia forçar mais o ataque. Só que não teve tempo.
Na marcação de um pontapé de canto (63’), Jefferson centrou com conta, peso e medida para a cabeça de Slimani que, em rotação, enviou a bola para o sítio mais longe em, que estava o guarda-redes e obteve um golo de belo efeito.
Este êxito elevou a auto-estima dos jogadores leoninos e Jefferson (65’), na cobrança de um livre perto da grande área italiana, leva a bola até à cabeça de Montero que cabeceou para uma grande defesa do guardião italiano.
Em sinal + para avançar “sem medos”, Slimani (67’) voltou a ter outra oportunidade mas, só frente ao guardião, rematou fraco e à figura.
Mas o segundo golo dos leões demorou apenas mais dois minutos, porquanto Carlos Mané (69’) aproveitou de forma excelente uma defesa incompleta, para a frente da área do guardião italiano, rematando para a baliza deserta, te do recebido uma estrondosa ovação dos 38401 espetadores que se encontravam no Alvalade XXI, uma excelente casa. E o caso não foi para foi para menos porque estava em causa a conquista de mais um Troféu “Cinco Violinos”, em homenagem a esse quinteto de jogadores que fizeram delícias nos anos 40 e 50.
Sobre os 90’, Montero teve o terceiro golo na cabeça mas, uma vez mais, De Sanctis estava atento e safou a bola para longe. Apesar de ter mudado oito jogadores na equipa de uma só assentada (58’), o Roma desconcentrou-se e o Sporting aproveitou para arrecadar mais um troféu.
Jefferson e Silimani, seguidos por Carlos Mané, foram os melhores homens em campo, bem secundados por João Mário, Carrillo, Paulo Oliveira, João Pereira, Naldo e Adrien.
Nos italianos o melhor em campo foi o guardião De Sanctis, seguido de Iturbe, Castan e De Rossi.
Daqui para a frente vai ser mais a sério. No dia 9 é a Supertaça (Estádio Algarve) e a 16 começa a Liga. É aguardar para ver o que se vai passar.
A equipa de arbitragem portuguesa, formada por Tiago Martins (árbitro), André Campos e Pedro Mota também denotou alguma falta de “traquejo” porque os jogadores não ajudaram e tornaram-se quezilentos (foram mostrados cinco cartões amarelos e um vermelho), com alguns fora de jogo assinalados que deixaram grandes dúvidas.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; João Pereira, Paulo Oliveira, Naldo e Jefferson; Carrillo, Adrien e João Mário;
Bryan Ruiz, Slimani e Teo Gutierrez.
Jogaram ainda: Marcelo, Jonathan Silva, André Martins, Montero, Semedo, Carlos Mané, Wallyson, Esgaio, Tobias Figueiredo e Gelson.
ROMA –De Sanctis; Maicon, Manola, Castan e Ashley Cole; De Rossi, Iturbe, Paredes e Ucan; Ljajic e Totti.
Também jogaram: Mapou Yanga Mbiwa, Nainggolan; Falque, Ibarbo, Kedita, Destro, Florenzi, Gervinho, Romagnoli e Anocic.
Disciplina: amarelos para Castan (9’), Adrien (22’), Iturbe (42’), Ljajic (53’), Falque (64’) e vermelho para