Sábado 23 de Novembro de 2024

Sporting com caminho estreito para o triunfo

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© 2015 JCMYRO / JCSERV

Liga – Sporting, 2 – Boavista, 1

Nem um golo madrugador (o mais rápido do campeonato, porque obtido aos quinze segundos de jogo) – ou talvez por isso – conseguiu abrir caminho para que o Sporting chegasse a um triunfo mais ou menos folgado, como se esperava, face à diferença existente entre a categoria das duas formações.

Um golo que saiu de um falhanço do médio Sampaio, que levou a bola aos pés de Adrien, que estava por perto e que rematou de pronto para fazer entrar a bola junto ao canto mais longe da baliza de Mika. Um “brinde” que os leões não souberam aproveitar na altura própria.

Isto porque se “esqueceram” que o jogo tem noventa minutos e, quiçá, não contavam com a pronta reacção dos boavisteiros, que tiveram duas oportunidades de golo seguidas, uma aos cinco minutos quando Afonso Figueiredo rematou forte e que Patrício estava no caminho da bola, enquanto na segunda surgiu mesmo o golo do empate.

Numa arrancada pela esquerda, Zé Manuel passou por toda a gente, endossou a bola ao seu companheiro de equipa Leozinho – enquanto se desmarcava para o meio campo – que fez um centro milimétrico para o próprio Zé Manuel que, de cabeça, mandou a bola para dentro da baliza ante a surpresa de Patrício, empatando o jogo aos sete minutos. Jefferson não conseguiu desarmar o atacante axadrezado, tendo alguma culpa no desenlace da jogada.

Tendo começado a jogar com o objectivo de bloquear toda a zona defensiva, não dando espaços aos jogadores do Sporting, o Boavista foi sacudindo a “água do capote”, o que levou o Sporting a um jogo incaracterístico, sem chama, apesar de ter ganho cinco cantos dos quais nada resultou.

Esta falta de agressividade, de clarividência e consistência psicológica do Sporting manteve-se durante toda a primeira parte, embora tivesse mais tempo a bola em seu poder, mas sem conseguir avançar por força da reacção “conjuntural” dos visitantes, passando-se quarenta e cinco minutos sem motivos de interesse.

E o Sporting já tinha feito entrar (33’) Slimani para o lugar de Rosell, para dar mais “chama” ao ataque leonino de forma a tentar “furar” a bem organizada defesa axadrezada.

A não ser a expulsão directa de Tobias Figueiredo, ao barrar Leozinho quando este se isolou (45+2’) a caminho da baliza de Patrício, com oportunidade de golo à vista, sendo o 13º cartão vermelho que o Sporting já viu este ano, no que é o pior registo de sempre.

No correspondente livre directo, Ze Manuel rematou forte, colocado, mas a bola embateu com estrondo na barra da baliza à guarda de Patrício. Uff … que susto!

No segundo tempo e reduzido a dez unidades – enquanto o Sporting apresentou William no lugar de Tanaka – o Boavista tentou aproveitar a superioridade numérica para “assustar” os leões e a verdade é que, logo no primeiro minuto, podia ter marcado num remate que levava selo de golo mas que Patrício foi superior ao esticar-se “ao comprido” para captar a bola.

Tendo em conta a inferioridade numérica do Sporting, o Boavista afoitou-se mais no ataque mas nem por isso teve oportunidade de concretizar fosse o que fosse, porque o Sporting soube contornar todos os obstáculos.

Aos 53’ o Sporting esteve perto do golo, quando Adrien, de cabeça, obrigou Mika a uma excelente defesa, altura em que se soube que estavam no Alvalade XXI 35.197 espectadores, o que elevou o “score” global de assistentes desde a inauguração para a cifra de maias de oito milhões, especificamente 8.031.627.

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© 2015 JCMYRO / JCSERV

Depois disto, Brito (61’) rematou forte mas ao lado da baliza de Patrício e, na resposta, o Sporting chegou ao 2-1 (66’), também por falha da defesa.

“Deslizando” em paralelo, Carrillo pela direita e Slimani pela esquerda, o primeiro centrou milimetricamente para a cabeça de Slimani que alcançou um belo golo de cabeça, ante a apatia de Mike, que ficou entre os postes e da defesa que o deixou com “via verde” para marcar. A defesa boavisteira “facilitou” quando não o devia ter feito e os leões adiantaram-se no marcador, passando a sonhar que era possível chegar à vitória.

Com este golo sofrido, o Boavista perdeu qualidade e “gás” e o 2-1 para o Sporting manteve.se até final, o que complica as contas para o lado da permanência do Boavista.

Algumas “escaramuças” nos últimos dez minutos ainda deram na expulsão de Sampaio, por ter sido amoestado em dois minutos com dois cartões amarelos, aceitando-.se perfeitamente o triunfo do Sporting, que soube porfiar mais e melhor apenas com dez jogadores em campo.

Destaque, no Sporting, para Patrício, Jefferson, William, Carrillo, Slimani, Adrien, Paulo Oliveira, Carrillo, enquanto no Boavista se realçam as exibições de Mika, Leozinho, Diego Lima, Idris, Beckeles e Zé Manuel.

Luís Ferreira (Braga) quase passou despercebido (a não ser a expulsão directa de Tobias Figueiredo, mas com toda a razão) tendo tido boa colaboração dos assistentes Nuno Eiras e Luís Cabral.

As equipas alinharam:

Sporting – Patrício; Cédric, Paulo Oliveira, Tobias Figueiredo e Jefferson; João Mário, Rosell (Slimani, 33’) e Adrien (Carlos Mané, 78’); Carrillo, Tanaka (William, 45’) e Nani.

Boavista – Mika; Beckeles, Appindangoye, Tengarrinha e Afonso Figueiredo (Rúben Gabriel, 80’); Sampaio, Idris e Marek Cech; Ze Manuel, Diego Lima (Uchebo, 68’) e Leozinho (Brito, 56’).

Disciplina: Amarelos para João Mário (69’), Afonso Figueiredo (75’), Sampaio (88’ e 89’, saindo com o vermelho) e Tobias Figueiredo (vermelho directo, 45+2’).

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