Liga – Sporting, 4 – V. Guimarães, 1
Com uma folgada vitória sobre o Guimarães e aproveitando os “deslizes” do Benfica, F. C. Porto e Sporting de Braga, o Sporting ganhou simultaneamente em três campos, situação pouco vista de uma só vez e que colocou os leões a seis pontos do Porto e deixou o Braga a nove.
Se bem que o triunfo sobre os vimaranenses não sofra qualquer contestação, há que salientar a felicidade leonina ante um Vitória que durou apenas os primeiros doze minutos – quanto tomou conta do jogo e quase “adormeceu” o Sporting – perdendo a partir do primeiro golo sofrido (14’) e nunca mais se “encontrou” no tempo restante.
Três cantos para o Vitória que pressionou e aproveitou uma série de passes perdidos pelos jogadores leoninos, muito embora não encontrasse o caminho para a baliza de Patrício que, ao mesmo tempo, não teve trabalho por aí além.
Num rápido contra-ataque, Miguel Lopes insistiu pela direita, passou a bola a Carrilho que, de pronto, a reenviou para as pequena área onde, em voo alto, surgiu João Mário a cabecear para um 1-0, ante um deslize da defesa, que deixou o médio avançado do Sporting sem cobertura. Uma jogada simples e um abrir de horizonte que, num ápice, originou um desnorte dos comandados de Rui Vitória, do qual nunca mais recuperaram.
Aproveitando a situação, o Sporting forçou um pouco mais, quase por uma única via (direita) ao longo de todo o jogo, aproveitando a dinâmica “instigadora” de Miguel Lopes, seguida por Carrillo e depois a finalização de João Mário e de Slimani.
O segundo golo (33’) surgiu de uma arrancada de Miguel Lopes que, na altura própria, desferiu um forte rematou que levou a bola ao poste, retornando para a pequena área onde Nani fez a recarga e a bola vai bater no braço de Josué, tendo Jorge Sousa assinalado a grande penalidade.
Chamado a converter o castigo máximo, Adrien voltou a confirmar que está em forma e fez o 2-0.
A partir daqui mais se afundou o Vitória, ficando sem chama e sem alma para contrariar fosse o que fosse, o que levou o Sporting a manter a liderança e a chegar ao 3-0 em cima dos 34 minutos.
Tudo fácil, pela ala direita, tal como no primeiro golo: Miguel Lopes acorre a uma perda de bola, faz uma insistência e surgiu isolado a caminho da pequena área, fazendo um centro com conta, peso e medida para a cabeça de Slimani que, lá do alto, não perdoou e levou a equipa muito tranquila para a segunda parte.
Apáticos, sem remates, sem golos, sem jogadas de perigo, o Vitória teve uma primeira parte que mais parecia um filme de “terror”.
No segundo tempo, o Sporting baixou de rendimento, foi controlando o jogo como quis e porque tudo começou a sair muito melhor, aproveitando a falta de auto-estima do adversário, que apenas “via” a bola a passar.
Aos 61’, foi Douglas que salvou o que seria o quarto golo para os leões, defendendo um remate de Carrillo, mas Paulo Oliveira (68’) começou o que viria a ser minutos mais tarde a única expulsão do jogo, ao rasteirar Ricardo Valente quando, isolado, se encaminhava para a área do Sporting, vendo o primeiro amarelo. Do respectivo livre directo nada sucedeu porque Bernard atirou ao lado do poste à guarda de Patrício.
Carlos Mané (74’), isolou-se e entrou na área vimaranense, “entalado” por Nii Plange e Josué, tendo acabado no chão, o que levou Jorge Sousa a assinalar a nova grande penalidade e mostrar o amarelo a Nii Planje.
Chamado a marcar o castigo máximo, Nani – que pouco fez ao longo do encontro – marcou sem quaisquer dificuldades, colocando os leões a vencerem por 4-0, um resultado algo exagerado para a categoria da formação forasteira mas por culpa própria.
Depois de conhecer que estavam no Alvalade XXI 35.979 espectadores, Paulo Oliveira viu o segundo amarelo (81’) por falta sobre Valente à entrada da grande área, resultando do respectivo livre o único golo do Vitória, obtido por Kanu, que deu o melhor seguimento a uma confusão dentro da pequena área, com Jefferson a falhar clamorosamente o desvio da bola, que foi anichar-se dentro da baliza, mesmo nas “barbas” de Patrício.
O Benfica e o Sporting são as duas únicas equipas que ainda não perderam em casa na presente competição.
Destaque, no Sporting, para Ewerton, William, João Mário, Slimani, Miguel Lopes, Adrien e Carrillo, enquanto no Vitória se realçam as exibições de Douglas, Josué, Tomané, André, Alex, Kanu, Bernard e Bouba.
Jorge Sousa (Porto) pecou muito na exagerada mostragem de cartões (8, um deles vermelho por acumulação), alguns não justificados, se bem que no aspecto técnico não criou grandes “males”, derivados de uma outra falta mal assinalada, sem influência no resultado final, tendo boa colaboração dos assistentes Álvaro Mesquita e Bruno Trindade.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Miguel Lopes, Paulo Oliveira, Ewerton e Jefferson; João Mário (Tobias Figueiredo, 84’), William e Adrien (André Martins, 77’); Carrillo (Carlos Mané, 71’), Slimani e Nani.
Guimarães – Douglas; Nii Plange, Josué, Kanu e Bruno Gaspar (Valente, 45’); André, Sami (Gui, 59’), Bouba e Alex; Bernard (Otavio, 71’) e Tomané.
Disciplina: Amarelos para Miguel Lopes (20’), Adrien (28’), Bruno Gaspar (31’), Josué (32’), Nii Plange (53’), Paulo Oliveira (67’ e 81’, saindo com vermelho), e William (70’).