dr
Nelson Évora conquistou, em Praga, a medalha de ouro no Triplo Salto, onde Patrícia Mamoma também esteve em excelente plano ao obter o quinto lugar na mesma disciplina, a que junta a boa prestação de Yazaldes Nascimento, que bateu o recorde pessoal (duas vezes) nos 60 metros.
Nelson sagrou-se campeão da Europa com 17.21 metros, a melhor marca europeia da corrente temporada, depois de ter começado com dois nulos e acabar em beleza os dois últimos a 17,15 e 17,21, quando o espanhol Pablo Torrijos (2º com 17,04, que é recorde de Espanha) já pensava na vitória.
Esta foi a primeira medalha de ouro conquistada por Nelson num europeu de pista coberta, o que é um sinal muito positivo depois da longa paragem por motivo de lesão. Em 2007 tinha sido quinto e a única medalha alcançada (bronze) em pista coberta foi em 2008, no mundial. Ainda assim está a faltar ao currículo o título de campeão mundial. Pode ser que seja no ano que vem.
Tendo começado com dois ensaios nulos, Nelson passou para a frente no terceiro salto, a 16,98, fez 16,97 no quarto e depois o “adeus” ao espanhol Pablo Torrijos (17,04), com dois triplos a 17,15 e 17,21, para deixar de haver dúvidas que foi um campeão concentrado apenas no triunfo. Esta foi a sétima medalha (a segunda em pista coberta) conquistada por Nelson Évora em provas oficiais, de um total de duas dezenas que os atletas portugueses alcançaram nesta competição.
Por seu lado, Patrícia teve uma fase de apuramento sem problemas, onde chegou aos 14,26 (a dez centímetros do seu recorde de Portugal), tendo sido segunda entre todas as participantes, entrando na final de uma maneira algo “frouxa”, porquanto fez um nulo, a seguir 14,12, depois 14,10, mais um nulo e só ao 5º começou a mostrar a sua categoria quando saltou 14,32, acabando com um pulo de 14,30, a 19 centímetros da medalha de bronze, fixando-se no 5º posto, em prova ganha pela russa Yekatarina Koneva, com 14,69. As expectativas de medalha eram muito grandes e Patrícia não aguentou a pressão.
Yazaldes Nascimento esteve dentro do que se esperava, que era chegar às meias-finais, e fê-lo com um recorde pessoal a 6,69 na eliminatória, para baixar para 6,67, que correspondeu ao 14º lugar, o que excelente.
Susana Costa esteve ao nível do que tinha feito em Portugal (13,73) chegando aos 13,78, registo insuficiente para ultrapassar a fase de qualificação. Bem também esteve João Almeida, chegando à meia-final dos 60 metros barreiras onde conseguiu o bom registo de 7,68, que correspondeu ao 11º lugar da geral, apenas a três lugares do apuramento para a final.
Edi Maia e Diogo Ferreira acabaram por desiludir, em especial Edi, que foi eliminado a 5,05, um registo mau de mais para o recordista nacional (5,70) que tinha sido apurado com 5,60.
Em termos globais, este europeu ficou registado por poucos factos técnicos, salientando-se o recorde europeu da estafeta de 4×400 metros, pela formação da Bélgica (3.02,87); pelos quatro recordes dos campeonatos (saliência para os 6,06 do francês Renaud Lavillenie, na vara) e por melhores marcas mundiais da época, de onde sobressaem a referida estafeta de 4×400 metros e os 8,30 do sueco Michel Tornéus, com 8,30 no salto em comprimento.
Em vésperas dos Jogos Olímpicos (2016) as estrelas guardaram-se, como foi o caso do campeão
Olímpico e mundial, o britânico Mo Farah, que dentro de quinze dias estará em Lisboa, opara correr a Meia Maratona da capital.
Em termos de medalhas, a Rússia ganhou seis de ouro e duas de prata, liderando a classificação, seguindo-se França (3-1-1), G. Bretanha (2-4-3), República Checa (2-1-3), Holanda (2-0-3) e Alemanha (1-3-2). Portugal ficou em 14º entre os 23 países medalhados. Na classificação de países (por pontos), a Rússia foi a melhor (96), ficando a seguir a Alemanha (86), a G. Bretanha (85), a Polónia (83), tendo Portugal ocupado 22ª posição (entre 31 países pontuados) com 12 pontos, correspondentes aos 8 pontos de Nelson Évora e aos 4 de Patrícia Mamona.
