Sábado 21 de Setembro de 2024

Tanaka abriu a porta e Nani até … chorou

SportingGilVicente_H0P0805Depois do “sofrimento” consentido na primeira parte, o Sporting mudou de “figurino” no segundo tempo e chegou ao triunfo através de dois golos de belo efeito, com Tanaka e Nani a finalizarem, de forma objectiva, duas jogadas simples.De forma objectiva, a equipa de arbitragem, em especial o árbitro Jorge Tavares – ainda que não apoiado pelo assistente Pedro Ribeiro – também não ajudou ao não assinalar (15’) uma grande penalidade a favor do Sporting, por falta de Cadú sobre João Mário, com o defesa do Gil a agarrar o médio sportinguista. Tavares, que estava no lado contrário não se apercebeu mas foi de frente do assistente, que devia ter dado sinal. Receio de quê?

Ainda assim e depois de Nani (4’) ter rematado fraco e à figura do melhor jogador em campo – o guardião do Gil, Adriano Facchini, pelo punhado de defesas de grande dificuldade que conseguiu fazer – verdade seja dita que o Sporting “mastigava” de mais o jogo, insistindo em jogadas individuais, com relevo opara o próprio Nani, que tem que perceber que não é o dono da bola nem da equipa.

Aos ataques (e contra-ataques) dos leões opôs-se quase sempre a defesa gilista, com especial relevo para Facchini, face aos remates da autoria de Carlos Mané (23’), Tanaka (24’) e ainda uma outra perdida de Mané (31’), antes do Gil pregar o maior susto ao Sporting.

Num contra-ataque bem delineado, a bola é lançada para a área do Sporting, onde surgiu Diogo Viana que, com a baliza toda escancarada e apenas com Patrício na frente, rematou ao lado. Com a “pressa” de marcar um livre, William rematou contra as pernas de Semedo – que não estava à distância regulamentar – que continuou a jogada (o árbitro não reparou no que aconteceu) e fez um centro largo para onde estava Diogo Viana.

Uma perdida que podia ter feito “sofrer” mais de quarenta mil (42.098) sportinguistas presentes, no que foi uma das maiores enchentes de sempre. O que não foi difícil porquanto os sócios não pagavam bilhete.

João Mário (36’) rematou de fora da área para o guardião gilista voltar a defender para canto, do qual nada resulta e aos 42’ o próprio João Mário “forja” uma falta à entrada da área, que o árbitro, mal, assinalou., mas não deu resultado positivo porque Jefferson rematou contra a barreira.

No segundo tempo, Nani manteve-se fiel a si próprio (a bola era só dele, pelo menos quando a tinha em seu poder), não dando seguimento ou retardando as jogadas, sendo de questionar onde estavam os extremos, porquanto quem atacava pelas alas eram precisamente os dois defesas (Miguel Lopes e Jefferson), que tiveram grande desgaste físico, energia que poderá fazer falta para o jogo com os alemães, na 5ª feira.

O “sofrimento” só não terá sido maior porque os leões chegaram ao golo quando decorriam 52’, no seguimento da marcação de mais um pontapé de canto, voando a bola para o peito de Nani que a reenviou para Tanaka, dentro da pequena área, que rematou pela certa e para alegria de quase toda a gente que estava no estádio, insatisfeita com o desenrolar dos acontecimentos até aí.

A partir daqui e depois de Nani ter visto um amarelo por foi “reclamar” perante o árbitro, o Sporting tomou conta do jogo, aproveitando também alguma quebra gilista, com o guardião Facchini a adiar, consecutivamente, o segundo (ou mais) golo dos leões.

O que surgiu aos 69’, numa jogada pouco vulgar, porquanto Nani recebeu a bola de um lançamento de linha lateral, virou-se para a baliza do Gil, flectiu para o centro do terreno e, com o pé esquerdo, rematou forte e com uma direcção que era impossível a qualquer guarda-redes defender, metendo a bola no ângulo formado entre o topo do poste e a trave. Um golo de belo efeito e da garantia do triunfo sportinguista, o que foi mais importante, de tal forma que Nani até chorou.

Com a “desagregação” da equipa do Gil, o Sporting continuou a forçar a obtenção de mais golos, mas de nada valeram, nesse campo, os minutos que ainda faltavam e mais os três que o árbitro acrescentou.

Uma vitória justa (mas sofrida) do Sporting, que se espera dê um maior ânimo para encarar o jogo de quinta-feira para a UEFA Cup.

No Sporting, realce para Jefferson, Miguel Lopes, William, João Mário, Paulo Oliveira, Tobias, Nani e Tanaka, enquanto no Gil se destacou o guardião Adriano Facchini (o melhor jogador em campo, como se referiu), Diogo Viana, Yazalde, Ricardinho, Vítor Gonçalves, Semedo e Simy.

Jorge Tavares (Aveiro) não foi muito feliz e, no cômputo geral, esteve pelos mínimos, sem ter razão de queixa (a não ser no caso da não indicação da grande penalidade sobre João Mário), dos assistentes Pedro Ribeiro e Miguel Aguilar.

As equipas alinharam:

Sporting – Patrício; Miguel Lopes, Paulo Oliveira, Tobias e Jefferson; André Martins (Ryan Gauld, 63’), William e João Mário; Carlos Mané (Carrillo, 56’) Tanaka e Nani (Capel, 72’).

Gil Vicente – Adriano Facchini; Ricardinho, Berger, Cadú e Evaldo; Rúben Ribeiro, Semedo e Vítor Gonçalves (Luís Silva, 69’); Diogo Viana (Paulinho, 83’), Simy (Diogo Valente, 74’) e Yazalde.

Disciplina: Amarelo para Semedo (15’), João Mário (28’), Vítor Gonçalves (42’), Nani (54’), Tobias (70’), Luís Silva (71’), Diogo Valente (74’) e Cadú (78’).

 

Artur Madeira

 

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