Terça-feira 02 de Novembro de 3666

De vento em popa!

BenficaSetubal_H0P9231Pela segunda vez em quatro dias, o Vitória de Setúbal saiu do Estádio da Luz com a chapa três às costas, mantendo o Benfica na rota da conquista de mais um título, num jogo onde foi muito prejudicado pelo árbitro Manuel Oliveira, por “graça” proveniente do Porto.E se na passada quarta-feira a derrota pelos referidos três golos se deveu a erros defensivos imperdoáveis, no jogo deste domingo o Benfica teve no citado juiz a “varinha mágica” de oferecer dois golos aos encarnados.

“Errar é humano”, como diz o ditado. Mas errar desta maneira torna-se mais difícil de classificar.

Com um Benfica a iniciar a partida mais ou menos “adormecido”, o Setúbal aproveitou para contra atacar – seria a única forma de actuar perante um adversário mais forte em todos os sentidos – e, face a um erro de Jardel, Rambé apossa-se da bola, entra na área benfiquista e é nitidamente derrubado por Luisão ao pisar o pé esquerdo, mas Manuel Oliveira na assinalou a grande penalidade. Foi o primeiro acto negativa da actuação deste juíz portuense, que voltaria a dar que falar mais tarde.

Tentando jogar mais aberto em relação ao jogo anterior (Taça da Liga) e com a substituição de algumas pedras, o técnico setubalense soube levar a equipa a criar alguns problemas à defesa benfiquista mas, por vezes, também voltaram a surgir os mesmos erros (de marcação e de atitude) por parte dos seus jogadores.

Tendo “tremido” com a tal grande penalidade que o árbitro não assinalou, o Benfica começou a acordar, criando perigo junto da baliza de Ricardo Baptista, ao ponto de, aos 8’, abrir o activo com um excelente golo de Jardel, de cabeça, na sequência da marcação de um pontapé de canto. Os centrais do Vitória não se mexeram, muito menos saltaram, e Jardel chegou das alturas para marcar o primeiro golo do desafio.

Isto mexeu com a formação setubalense, que passou a permitir mais espaços aos jogadores do Benfica – se bem que também tentaram apoquentar Artur mas sem resultado – que, aos 20’, podia ter chegado ao 2-0, só não fazendo porque a bola passou por Jonas, quase junto ao guardião, e nem se mexeu, aparecendo depois Maxi Pereira a rematar contra Miguel Lourenço e com a bola a sair pela linha final.

Mantendo a toada mais atacante, o Benfica chegou ao 2-0, aos 39’, numa jogada procedida de falta de Ola John – empurrou o defesa Pedro Queirós para o chão em plena grande área – que centrou para Lima, em boa posição e com um excelente remate, fazer o 2-0. E a partir daí o triunfo benfiquista estava quase garantido, dando maior tranquilidade à equipa.

Se o árbitro assinalasse as faltas correspondentes a estas duas situações (dois golos), por certo que o resultado no final dos primeiros 45 minutos podia ser diferente ou mesmo muito diferente. Isto apesar de o Benfica continuar a dominar o jogo, com maior posse de bola e mais remates, apesar da excelente réplica dos vitorianos, que obrigaram Artur a algumas defesas difíceis.

No segundo tempo, a toada ofensiva do Benfica manteve-se até final do jogo (90+3’), sendo de destacar que Ola John, depois de uma jogada individual (49’) rematou à figura do guardião; ainda que Luisão teve o golo nos pés mas fez uma “chapéu” muito alto e a bola saiu por cima da barra (66’), até que Lima (70’) chegou ao 3-0 sem apelo nem agravo, a passe de Salvio, aproveitando mais um erro da defesa vitoriana.

Depois de se saber que estiveram no Estádio da Luz 40.564 espectadores, Sálvio (76’) esteve perto de chegar ao 4-0, depois de, dentro da pequena área do Vitória, ter tentado empurrar a bola para a baliza, no que foi impedido por um defesa, sobrando a bola para Jonas, que obrigou Ricardo Baptista, esticando a perna esquerda para desviar a bola para canto, defesa de recurso de para canto.

Neste espeço, o Vitória tentou várias vezes chegar à baliza de Artur mas a defesa benfiquista soube “cortar” todas as tentativas para o efeito, não havendo muitos remates por parte dos atacantes setubalenses, completando a partida com um resultado, válido e oficial, com um vencedor justo, se bem que a situação poderia ter sido muito diferente, caso fossem marcados a grande penalidade contra o Benfica (minuto e meio de jogo) e a falta de Ola John, que originou o segundo golo do Benfica.

Nota baixa para a equipa de arbitragem, em especial para o chefe, Manuel Oliveira (Porto), onde os assistentes nada puderam fazer em relação aos dois casos bicudos, porquanto estavam no lado contrário onde se desenrolaram as “hipotéticas” faltas. O “profissionalismo” – que não existe na arbitragem – dá nisto.

Destaque, no Benfica, para Luisão, Jardel, Lima, Ola John, Salvio, Pizzi e Eliseu, enquanto se salienta a actuação de Ricardo Baptista, Pelkas, Rambé, François, André Horta e Yann.

As equipas:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Eliseu; Salvio, Samaris (Ruben Amorim, 73’) e Pizzi (Talisca, 78’); Jonas, Lima e Ola John (Gonçalo Guedes, 73’).

V. Setúbal – Ricardo Baptista; Pedro Queirós, Miguel Lourenço, François e Kiko; André Horta (Yann, 45’), Ney Santos e João Schmidt; Pelkas, Rambe (Uli Dávila, 78’) e Miguel Pedro (Suk, 62’).

Amarelos para: Miguel Pedro (41’), Kiko (63’), Samaris (69’), Salvio (72’), Luisão (82’) e Gonçalo Guedes (87’).

Artur Madeira

 

 

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