Passados os noventa (+3) minutos de jogo, bem se pode dizer que o Benfica teve a seu lado o “Santo Capela”, não tanto por culpa própria mas, em especial, por parte do assistente Pedro Felisberto, que “abençoou” o triunfo benfiquista ao não assinalar um inquestionável fora-de-jogo de Máxi Pereira.Com cerca de um metro de avanço em relação ao último defesa gilista, o assistente não viu – nas suas barbas – que Maxi Pereira estava adiantado de mais e permitiu que este rematasse ao poste para, depois, Gaitan fazer a recarga com êxito e chegar ao único golo de um jogo em que o Benfica começou mal, melhorou pouco mas acabou melhor, se bem que sem êxito no caminho para o golo, pese embora tenha tido oportunidades para isso.
Uma vez mais – e não será, por certo a última, seja a favor de que equipa for – o trio de arbitragem teve influência no resultado de um jogo. O que é mau. Afinal, de que profissionalismo estamos a falar? Errar é humano mas os juízes não podem ter este tipo de desconcentração, em favor da verdade e da ética desportiva.
No jogo jogado, foi o Gil que mais depressa chegou perto da área guardada por Júlio César, porquanto só cerca dos 10 minutos é que os benfiquistas chegaram junto da baliza contrária. Não sendo tarde, esperava-se que fossem os encarnados a gerir a ofensiva inicial. Tal não aconteceu.
Talisca (12’), com um remate fora da área, obrigou Adriano a uma defesa apertada para canto, do qual nada resultou e, no minuto seguinte, foi Gaitan a fazer em centro-remate directamente para as mãos do guardião gilense, a que se seguiu (19’) um espécie de chapéu por parte de Jonas (que recebeu a bola em posição de fora de jogo) a passe de Talisca, que voltou a dar trabalho a Adriano, que defendeu para canto.
Depois de um livre (22’) marcado por Lima contra a barreira, chegou (29’) o golo do Benfica, marcado por Gaitan numa jogada iniciada, em posição de fora de jogo, por Maxi Pereira. Sem mais comentários.
Simy (39’) remate de longe mas ao lado e Jonas (40’) cabeceou por cima da barra enquanto (44’) Gaitan marcou um livre, sobre a direita do ataque benfiquista, do que nada resultou.
No segundo tempo, o Benfica surgiu um pouco mais esclarecido na passagem da linha média para o ataque mas, ainda assim, sem resultados práticos, se bem que aproveitando uma ligeira subida do Gil, na tentativa de chegar ao empate.
Talisca (52’), lançou Gaitan, que se atrapalhou e perdeu o que poderia ter dado golo, mas o facto mais saliente foi (55’) gizado por Simy que, frente a Júlio César e com o golo nos pés, permitiu a entrada de César para desviar a bola para longe. Talisca ainda teve oportunidades (60’ e 63’) para poder marcar mas, na primeira, correu demais e não teve força para rematar para a baliza e, na segunda, rematou a sério para obrigar Adriano a uma grande defesa.
O Gil voltou a insistir e Diogo Viana (71’) marca um livre para João Vilela proporcionar uma grande defesa ao guardião benfiquista.
Depois de se saber que estiveram na Luz 40.219 espectadores – o que foi muito bom – Tiago rematou por cima da barra (80’) em recarga a uma bola defendida por Adriano e Gabriel (82’) rematou forte mas a bola passou por cima da barra.
Com uma posse de bola de 63%, com algumas jogadas de golo que não surgiram, pode dizer-se que o triunfo benfiquista se justifica, mas com um golo fora-de-jogo é que não.
No Benfica, realce para Maxi Pereira e Gaitan, como expoentes, acompanhados por Júlio César, Jonas, Talisca, Jardel e Samaris, enquanto no Gil se destacaram Adriano, Yamissi, Evaldo, Diogo Viana, Jander, Peck’s e Simy.
O lisboeta João Capela não podia fazer nada em relação ao fora-de-jogo que deu o golo, porquanto a culpa é do assistente (Pedro Felisberto), embora tenha tido dualidade de critério ao assinalar algumas faltas.
As equipas:
Benfica – Júlio César; Máxi Pereira, César, Jardel e Benito; Ola John (Derley, 73’), Talisca e Samaris; Jonas (Tiago, 64’), Lima (Cristante, 89’) e Gaitan;
Gil Vicente – Adriano; Gabriel, Peck’s, Yamissi e Evaldo; João Vilela, Luís Silva (Vitor, 58’) e Jander (Caetano, 89’); Diogo Vina, Simy e Paulinho (Marwan, 82’).
Cartões amarelos: Samaris (18’), Jander (42’), João Vilela (44’), César (70’), Paulinho (71’) e Diogo Viana (79’ e 90’), seguindo-se o vermelho.
Artur Madeira