A Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) quer chamar a atenção do país para o Porto de Setúbal, uma infraestrutura que está pronta para responder ao desafio do Governo de aumentar o movimento de contentores, em portos nacionais, dos 2,2 milhões para os 6,5 milhões, até 2020.
Isto sem investimento adicional. Para dar conta das vantagens e potencialidades do porto sadino, a CPS vai realizar a conferência “Porto de Setúbal – A resposta imediata – Uma estratégia portuária coerente”, amanhã, 4 de dezembro, às 09h30, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. A sessão conta com a participação do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro.
Durante a conferência, o Professor José Augusto Felício, presidente do Centro de Estudos de Gestão do ISEG, apresenta o estudo “Análise comparativa de serviços de contentores do Porto de Setúbal com o Porto de Lisboa”, que revela, entre outras conclusões, que o custo das dragagens necessárias para manter aberto o canal de acesso ao futuro terminal do Barreiro implica um acréscimo de custo da operação portuária superior a 7 euros por tonelada de carga movimentada, tornando a operação no Porto de Setúbal bastante mais vantajosa.
Segue-se uma mesa-redonda que conta com a participação de José Eduardo Martins (ex-secretário de Estado do Ambiente), Pedro Reis (ex-presidente do AICEP) e de Tiago Pitta e Cunha (assessor da Presidência da República para os Assuntos do Mar), moderada por Ricardo Costa, diretor do jornal Expresso.
Como pano de fundo deste debate está o facto de o Porto de Setúbal contar com aquele que é um dos maiores terminais de contentores do país, atualmente a trabalhar a cerca de 25% da capacidade neste segmento e a 50% nos segmentos de carga geral e granéis.