Terça-feira 11 de Abril de 8902

Duplo bis coloca Benfica nos oitavos

BenficaMoreirense_H0P0795Uma entrada de rompante levou o Benfica a meter dois golos (ambos por Jonas, em noite inspirada) nos primeiros sete minutos de jogo e, com isso, quase garantiu o triunfo, que ficou confirmado aos 22’ com mais, desta vez por Sálvio.Apesar do mérito dos artilheiros do Benfica, não houve dúvidas que a defesa moreirense foi muito permissiva, “encadeada” pela “nota técnica” de um Jonas que esteve em grande plano, o mesmo sucedendo a Sálvio – que marcou os outros dois golos – formando uma dupla de “impacto” mortífero junto da formação de Moreira de Cónegos que, ainda assim, deu sempre luta, aproveitando os contra-ataques para chegar à baliza de Júlio César e quase sempre com perigo.

Aos 2’, Jonas, depois de uma jogada que começou em Luisão, fazendo a bola chegar a Sálvio que, aproveitando o adiantamento do guardião Marafona, rematou colocado e fora do seu alcance para o golo de abertura.

Aos 6’, João Pedro isola-se e chegou perto da grade área do Benfica mas rematou à figura de Júlio César, sendo o primeiro sinal de perigo criado pelo Moreirense.

Mas no minuto seguinte (7’) foi o Benfica que chegou ao 2-0. Novo golo de Jonas, desta vez numa jogada começada por Derley, que lançou Gaitán endossando ao número 17 benfiquista que fintou um defesa forasteiro, criando espaço para um remate sem defesa.

Com dois golos em sete minutos, o Moreirense teria grandes dificuldades para recuperar, mais a mais porque a defesa não estava a cumprir a missão de fechar os “corredores” de acesso à baliza.

Aos 15’ Derley, num remate deitado, quase chegou ao 3-0, salvando o golo Marafona, que surgiu aos 22’ por intermédio de Sálvio, depois de um desvio de um defesa do Moreirense para a linha final, que encontrou Sálvio no caminho e acabou por empurrar a bola para a baliza deserta.

A partir daqui, o Benfica começou a “aliviar” a velocidade de execução e permitiu que, aos 25’, Cardozo reduzisse a diferença para 3-1 no seguimento de um livre marcado por João Pedro, que levou a bola ao fundo da rede do guardião benfiquista.

Aos 36’ há um toque num dos pés de Arsénio, que o árbitro não viu, mas que poderia gerar uma grande penalidade (não assinalada) e até ao intervalo nada de relevo se passou, pese embora a subida de rendimento do Moreirense, quiçá resultante do ritmo por parte dos benfiquistas.

No tempo complementar, o Moreirense regressou disposto a recuperar a diferença de golos, tendo Arsénio rematado forte, obrigando Júlio Cesar a uma excelente defesa, com Salvio, dois minutos depois a incomodar Júlio César com um remate que defendeu.

Aos 57’ o Benfica aumentou a vantagem. De novo por Salvio, que aproveitou uma falha de marcação moreirense e subiu a fasquia para os 4-1.

O Moreirense ainda tentou recuperar o espaço de manobra mas não conseguiu “molhar a sopa”, com se diz na gíria do futebol nacional.

O Benfica voltou ao de cima e Talisca (66’) podia ter marcado mas não conseguiu, o mesmo sucedendo a Battaglia, que rematou de longe para Júlio César defender bem, ficando a conhecer-se, nessa altura, que estiveram 22.447 espectadores no Estádio da Luz.

Jonas (81’) ainda tentou aumentar a vantagem mas Marafona não permitiu que isso acontecesse mercê de uma excelente defesa.

Uma boa vitória – perante 22-447 espectadores – em vésperas de defrontar a forte formação moscovita do Zenit para a Liga dos Campeões, que foi um bom tónico anímico para o encontro de terça-feira, na fria Rússia.

A dupla Jonas e Sálvio, ao bisarem a marcar, foram os jogadores em destaque, salientando-se ainda Júlio César, Derley, Luisão, Cristante, Enzo Perez e Derley, enquanto no Moreirense se realcem Marafona, Filipe Melo, João Pedro, Cardozo, Marcelo e Arsénio.

Jorge Tavares (Aveiro), dirigiu o jogo sem grandes problemas, bem acompanhado pelos assistentes Pedro Ribeiro e Tiago Leandro.

As equipas:

Benfica – Júlio César; André Almeida, Luisão, Jardel e Benito; Cristante, Salvio (Talisca, 60’) e Enzo Perez (Samaris, 62’); Gaitán Ola John, 45’), Derley e Jonas

Moreirense – Marafona; Paulinho, Marcelo, Danielson e Elizio; Filipe Melo, João Pedro (Alex, 69’) e André Simões; Vitor Gomes (Battaglia, 38’), Cardozo e Arsénio (Gerso, 69’).

Cartões amarelos: Cardozo (59’), Talisca (79’), Filipe Melo (84’) e Júlio César (85’)

Artur Madeira

 

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