Champions League – Benfica, 1 – Mónaco, 0
Foi assim contra o Rio Ave, embora um pouco mais cedo, mas Talisca confirmou, esta terça-feira, ao obter o golo do triunfo a cinco minutos do final do jogo, que é o “Deus” salvador do Benfica e que, com mais numa vitória, pode seguir em frente na Champions.
Com este triunfo, o Benfica igualou o Zenit, somando ambos quatro pontos, menos um que o Mónaco, enquanto o Bayern de Leverkusen, ao vencer no campo do Zenit, passou a somar nove pontos e a liderar à-vontade.
No arranque inicial, como tem sido hábito e que durou cerca de um quarto de hora, a formação de Jesus criar perigo junto da baliza dos franceses, tendo Gaitan (3’) e Salvio (4’) tentado marcar, o primeiro na sequência de uma jogada individual que demorou tempo de mais, porquanto quando chutou fê-lo de forma fraca e à figura do guarda-redes e, o segundo, lançado por Talisca, Salvio chutou com muita força mas “cruzado” de mais porque a bola se perdeu pelo outro lado do campo sem que ninguém a ela chegasse.
Enzo (7’) teve direito a marcar um livre, levando a bola à cabeça de Luisão, que a desviou para Talisca, que estava em situação fora-de-jogo.
André Almeida (17’), de longe, tentou a sua sorte mas a bola subiu muito por alto da baliza à guarda de Subasic, que esteve em excelente plano.
O Benfica, não tendo conseguido os seus intentos de marcar, baixou um pouco a pressão, que foi aproveitado pelo Mónaco para obrigar (23’) Júlio César a evitar um cruzamento que podia ser perigoso, já que o luso-belga Ferreira-Carrasco estava por perto mas não conseguiu chegar à bola.
Júlio César que voltou a brilhar (38’) ao defender um potente remate por parte do defesa Kuzsawa que (45’), voltou a estar em evidência desta vez a salvar um quase golo, desviando para um centro-remate de Gaitan não aproveitou, depois de um excelente passe por parte de Enzo, no centro da grande área, porque a bola bateu no defesa Kurzawa e foi para canto, do que nada resultou.
No segundo tempo, coube ao Mónaco criar perigo logo na primeira jogada, de novo com o defesa Kurzawa, a centro de Moutinho, a rematar para Júlio César voltar a brilhar ao defender superiormente, no que foi a única oportunidade até então, enquanto, na jogada seguinte, Talisca marcou um livre contra a barreira, a bola foi devolvida e o avançado benfiquista fez a recarga também com o mesmo destino.
Com o Benfica mais ou menos “bloqueado” pela falta de espaço de manobra e também sem arte e manha para dar a voltar, foram os franceses a tomar a iniciativa logo de seguida, com Traoré a fazer o primeiro remate à baliza, tendo Júlio César defendido para a frente mas recuperando a bola a seguir, o que foi seguido por Ferreira-Carrasco mas a obrigar o guardião benfiquista a fazer a defesa da noite.
Com a entrada de Lima (61’), o Benfica ganhou mas mobilidade mas foi ainda o Mónaco que podia ter chegado ao golo num remate da autoria de Traoré, mas o esférico foi desviado pela defesa parta canto, do qual nada resultou.
Numa parte mas dividida, porquanto ambos procuravam a vitória, Jardel (75’) centrou para a cabeça de Lima mas a bola passou ao lado da balize, enquanto os franceses ripostaram pelo defesa Kurzawa, que obrigou Júlio César a uma defesa apertada.
E aos 82’, com muita “gente” na área dos franceses – tratou-se da marcação de um pontapé de canto – a bola viajou até à cabeça de Derley, onde fez um pequeno desvio de cabeça para Talisca, que estava isolado, no lado contrário da baliza, e com o pé esquerdo a jeito (e em jeito), rematou para o fundo das malhas de uma baliza que só estava meio guardada.
Enquanto o Benfica passou a estar empolgado para defender o resultado, o Mónaco nem por isso, dado que nada mais houve de “perigoso” para cada uma das balizas.
Não jogando bem, o Benfica conseguiu uma preciosa vitória (a primeira em quatro jogos desta Champions) e só depende de si para avançar para a fase seguinte.
Talisca resolveu e Júlio César, Luisão, Jardel, André Almeida, Gaitán e Derley ajudaram à festa.
Nos visitantes, destaque especial para o luso belga Ferreira-Carrasco, à frente de João Moutinho, Subasic, Toulalen, Kurzawa, Raggi, Fabinho e Carvalho.
Na penúltima jornada desta fase de grupos (26 de Novembro) o Benfica desloca-se à Rússia para defrontar o Zenit, enquanto o Leversusen recebe o Mónaco. Dois jogos “escaldantes” em relação ao futuro das equipas nacionais em prova.
Não influindo no resultado, o árbitro espanhol David Fernandez Bordalán abusou dos cartões amarelos (7 ao todo, com 5 para o Mónaco), registando-se um bom trabalho dos juízes assistentes.
As equipas:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e André Almeida; Salvio, Samaris (Lima, aos 61’) e Enzo Perez; Derley (Cristante aos 85’), Talisca e Gaitán (Tiago, aos 90’).
Mónaco – Subasic; Fabinho, Raggi, Carvalho e Kurzawa; João Moutinho, Toulalan e Kondogbia (Germain, aos 85’); Ocampos (Dirar, aos 61’), Traoré (Martial, aos 70’) e Ferreira-Carrasco
Cartões amarelos: Traoré (25’), Samaris (28’), Enzo Perez (37’), Ricardo Carvalho (38’), Toulalan (56’), Joião Moutinho (73’) e Martial (87’)