Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Talisca ou o … salvador da “pátria”!

BenficaRioAve_H0P9142Um golo de Talisca (59’), que correspondeu ao período mais ofensivo do Benfica, garantiu a liderança encarnada no campeonato, ficando descansado para o jogo com o Mónaco, na terça-feira.Apesar da maior posse de bola (62/38%), parece não restarem dúvidas de que o Rio Ave esteve sempre perigoso quando contra-atacava, à contrário do Benfica, que detinha a bola mas não desenvolvia jogadas para golo eminente, grande parte das vezes porque os jogadores encarnados se “entretiveram” demasiado com a bola, sem darem sequência às jogadas, enquanto noutras a linha média e a defesa avense soube parar os restantes “impulsos”.

E não seria escandaloso que o empate surgisse, pese embora a tal superioridade benfiquista, porquanto Júlio César passou por alguns calafrios, notando-se falta de “chama” pelo facto de estar estado lesionado.

Mas o triunfo benfiquista aceita-se, em especial pelo que a formação de Jorge Jesus fez na segunda parte, que teve como base a entrada de Gaitan para o lugar de Samaris, que não estava a atinar com nada.

O Rio Ave entrou melhor, mas Cássio (9’) atrapalhou-se com a bolça, que só segurou à segunda vez, com a sorte de não ter tido por perto qualquer atacante benfiquista, o que podia ter dado o primeiro golo.

Ainda assim, num jogo bem vivo ao longo de quase todo o tempo, Lima podia ter inaugurado o marcador (15’), quando fez um potente remate, que levou Cássio a estucar-se todo e, com um pequeno toque, desviou a bola para cima da trave, canto que não foi assinalado pelo árbitro nem o competente (?) árbitro auxiliar.

Lisandro, tentando dar o melhor caminho a uma bola que foi servia por Sálvio (24’), na marcação de um canto, cabeceou lá do alto mas Cássio estava na trajectória e defendeu para a frente, perdendo-se a jogada por falta de atenção dos homens do Benfica.

Depois de Jonas não ter acertado na baliza, após um “brinde” da defesa avense, tendo Cássio resolvido o assunto a seu favor, tal como a defender o fraco remate de Enzo (36’), a que se seguiram duas oportunidades para o Rio Ave: Wakaso, com o pé esquerdo, atirou (36’) à figura de Júlio César e Prince (39’) cabeceou por cima da barra.

Talisca (37’) também rematou à figura de Cássio e Lima (44’) esteve a milímetros de abrir o activo, na sequência de um passe de Maxi, mas chegou atrasado. Bem se pode dizer que, no final do primeiro tempo, o Benfica não tinha soluções para marcar e o Rio Ave cobria bem o seu meio campo e defesa e teve oportunidade de se adiantar no marcador.

No tempo complementar, como se referiu, Gaitan entrou e deu rumo à equipa encarnada, porquanto, na sequência de um livre (por falta sobre Gaitan), Lima (47’) rematou forte e obrigou Cássio a uma grande defesa a soco, embora para o lado, com Salvio a conseguir cabecear mas ao lado.

A pressão benfiquista subiu de tom e Talisca surgiu isolado frente a Cássio para este resolver a contenda a seu favor, enquanto Esmael chegou atrasado a um centro que tinha tudo para dar golo, jogador que colocou (55’) Júlio César à prova, tirando a bola da cabeça do atacante avense.

Talisca já tinha “ameaçado” e a verdade é que (59’), depois de tirar um adversário da sua frente, rematou forte e colocado, fazendo anichar a bola na baliza de Cássio, que nada pode fazer para evitar o golo.

Ukra e Diego (64’) ainda “atormentaram” Júlio César mas este resolveu o assunto, até que surgiu o golo (anulado por fora de jogo) de Esmael, após uma grande jogada de contra-ataque do Rio Ave, decisão que se poderá aceitar do ponto de vista técnico (há um ligeiro adiantamento do peito e de uma perna do jogador quando do passe da bola), colocando.se em dúvida a posição (atrasada) do árbitro auxiliar, porquanto só depois da bola ter entrado na baliza é que levantou a bandeirola.

Com mais três minutos de jogo, nada se passou digno de registo, a não ser a satisfação dos mais de 36.500 espectadores que estiveram no Estádio da Luz.

Nos destaques, Talisca (que resolveu o jogo a favor do Benfica) e Cássio (que defendeu quase tudo), foram os heróis da partida, destacando-se ainda os nomes de Lisandro, Luisão, Salvio, Enzo Perez, Lima e Maxi Pereira para além dos forasteiros Prince, Tarantini, Diego, Ukra, Wakaso e Esmael e Del Valle.

Manuel Mota, o árbitro de Braga que dirigiu o encontro, teve algumas falhas, quer técnicas quer disciplinares, mas que acabaram por não ter grande impacte no resultado final, acompanhado pelos assistentes Paulo Vieira e José e José Gomes, estes com problemas de percepção nalgumas jogadas.

As equipas:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Lisandro e André Almeida; Salvio, Samaris (Gaitán, 45’) e Enzo Perez; Jonas (Derley, 88’), Talisca e Lima (Pizzi, 75’).

Rio Ave – Cássio; Nuno Lopes, Marcelo, Prince e Tiago Pinto; Wakaso (André Vilas Boas, 75’), Diego Lopes e Tarantino; Ukra, Esmael (Hassan, 83’) e Del Valle (Marvin, 75’)

Cartões amarelos: Prince (9’), Wakaso (17’), Talisca (29’), Diego (56’) e André Almeida (86’)

Artur Madeira

 

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