FUTEBOL – LIGA – Sporting, 4 – Marítimo, 2
Com um triunfo que se ajusta ao trabalho desenvolvido ao longo dos noventa minutos, pese embora outros factores relevantes, o Sporting reaproximou-se do líder (Benfica) – que perdeu em Braga – e de que aproveitaram também o Porto (agora a um ponto) e o Guimarães (a dois).
Estes foram os principais desideratos desta 8ª jornada, onde o Braga subiu ao quinto lugar (que é repartido ainda com o Paços de Ferreira e o Belenenses, todos com 14 pontos) o que nada decide em prol do campeonato mas que pode ter influência ao longo dos jogos que se seguem. Até porque no próximo fim-de-semana o Guimarães-Sporting pode fazer dar outra volta na classificação, criando-se expectativas diferenciadas semana a semana. O que é bom para a competição.
A vitória do Sporting iniciou-se (8’) com um autogolo de um dos defesas centrais (Bauer) da formação madeirense, que favoreceu o Sporting em termos psicológicos, pese embora o Marítimo não tivesse perdido o norte por completo, porque tentou sempre jogar “taco-a-taco” com os leões.
Um minuto depois Nani esteve perto de aumentar a vantagem ao rematar forte mas um pouco acima da barra e aos 15’ chegou o 2-0.Em mais uma incursão dos comandados de Marco Silva, Nani fez um centro tenso, em forma de chapéu, da esquerda para a direita, onde surgiu de rompante um João Mário oportuno a meter a bola na baliza do incrédulo Salin, já que a defesa não “estava lá”.
O Sporting continuou a mandar no jogo, mas o Marítimo, através de Alex Soares e de Maazou (os mais adiantados na linha da frente), criaram situações consecutivas de perigo para a linha defensiva madeirense, falhando no último momento o que poderia sair o primeiro golo, nas oportunidades que foram criadas pelos referidos jogadores, até aos 30’ de jogo.
Mas quem não marca sofre – como diz o ditado – e foi o Sporting que chegou ao 3-0 (42’) num lance em que Montero, que esteve perto de marcar, rematou, já na pequena área, para a defesa aliviar para canto, do que resultou o 3-0, por Paulo Oliveira, ao cabecear a bola vinda dos pés de Nani para dentro da baliza.
Com esta vantagem – e como afirmou Marcos Silva, o técnico dos leões – a equipa entrou para a segunda parte de “peito cheio”, baseado numa excessiva confiança que podia ter sido fatal. O que começou a ser comprovado quando chegou o minuto 50’ e Maazou fez o 3-1, surgindo dentro da pequena área sem estorvo de ninguém e cabecear para o golo, acrescente-se de há muito merecido, pela forma e trabalho desenvolvido até aí.
Aproveitando o “abaixamento” dos leões, o mesmo Maazou repetiu o feito e colocou o resultado em 3-2 no espaço de três minutos, o que fez tremer ainda mais um Sporting bem diferente do primeiro tempo. Confiança a mais dá em traição e a margem de erro ficava mais estreia.
Aos 59’ Carrillo perdeu uma boa oportunidade para marcar (a baliza estava aberta) mas acabou por rematar para as mãos do guardião. O que valeu foi que Adrien e Montero “acertaram” a jogada seguinte e o médio fez um passe, a meia altura, para a linha divisória da grande área onde Monteiro, no ar e em rotação, virou-se para rematar forte e em cheio no fim da rede dos forasteiros. Estava feito (66’) o quarto golo do Sporting (sexto do desafio), mas ainda faltavam vinte e quatro minutos para terminar o jogo, o que podia fazer mossa, porquanto os madeirenses continuavam a teimar em fazer correr a bola com a maior vivacidade.
Nani (73’) ainda criou perigo na marcarão de um livre, que levou a bola ao canto superior da balize mas que Salin foi lá “buscar” com arrojo, Nani que (86’) Aos 80’ Mazzou, uma vez mais, obrigou Patrício a uma boa defesa para rechaçar a bola para canto. Nos últimos minutos, Capel ainda fez anichar a bola no fim das redes do Marítimo mas o árbitro não considerou.
Um final feliz para a formação leonina, que fez uma boa exibição e obteve ainda um melhor resultado, para gáudio os 37.569 espectadores presentes.
O trabalho desempenhado pelo árbitro Manuela Oliveira, foi positivo, porquanto não houve casos de maior, e foi bem acompanhado com os assistentes Alexandre Freitas e Tiago Lenadro.
Em termos de jogadores, Nani e William foram os esteios da boa exibição da equipa sportinguista, a par de Montero, William, João Mário, Paulo Oliveira e Adrien. Relevo, no Marítimo, para Maazou (marcou os dois golos e perdeu outros tantos), Fransérgio, Alex Soares, Salin, Gégé, Danilo Pereira e Ruben Ferreira.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Paulo Oliveira, Maurício e Jonathan Silva (Miguel Lopes, 83’); João Mário, William e Adrien (Tanaka, 88’); Carrillo (Capel, 68’), Montero e Nani.
Marítimo – Salin, João Diogo, Gegé, Bauer (Kaj, 45’) e Rúben Ferreira; Fransérgio, Danilo Pereira, Alex Soares e Ibrahim; Edgar Costa (Dyego Sousa, 55’) e Maazou.
Disciplina: amarelos para Jonathan Silva (33´), Fransérgio (61’), William (63’) e Gégé (69’).