Depois de setenta e cinco minutos a darem excelente luta e até com mais oportunidades para marcar que o Benfica, o Arouca não teve – por mérito do Benfica – “cabeça fria” e acabou por ser “bombardeado” com quatro golos, justificados, mas não merecia um resultado tão desnivelado.Antes do início do jogo foi prestado um minuto de silêncio em memória do antigo jogador e treinador do Benfica e da selecção, Fernando Cabrita.
Na primeira parte, o Benfica, apesar de ter tido mais posse de bola (60/40%), não justificou em oportunidades de golo, apesar de ter posto o guardião Goicoechea à prova uma ou outra vez, enquanto os arouquenses entraram como que a “matar”, já que os contra-ataques muito rápidos permitiram “chatear” um Artur desta vez mais atento.
Aos 10 minutos, André Claro deu o primeiro sinal de perigo ao rematar de longe para uma defesa apertada do brasileiro, o que se repetiu no minuto seguinte, por David Simão, na marcação de um livre que foi defendido pela barreira. Aos 24’ foi a vez do defesa direito Balliu rematar, fazer a bola desviar em Luisão e obrigar Artur a empregar-se a fundo para evitar o golo iminente.
Só aos 25’ é que o Benfica criou perigo, quando Derley, servido por Gaitan e junto da pequena área, rematou com força e obrigou Goicoechea a uma excelente defesa. Na resposta, Pintassilgo conduziu o contra-ataque do Arouca e, com um potente remate que levava o selo de golo, fez com que Artur voasse para desviar a bola oara canto, do qual nada resultou.
Num jogo vivo de lado a lado, o Benfica teve oportunidade de – pese embora Lima, num livre frontal (30’), tivesse enviado a bola à barreira, tendo o mesmo Lima (34’), a passe de Talisca, permitido que o guardião contrário chegasse primeiro à bola, voltando Talisca a estar em evidência (35’) quando proporcionou uma excelente defesa a Goicoechea.
Logo de seguida, David Simão (38’), de fora da grande área, rematou com força mas à figura de Artur, tendo o outro Artur – o visitante – oportunidade (39’) que desperdiçou por não ter conseguido dominar a bola.
Nos últimos minutos do primeiro tempo e após a saída de Lima (lesão), substituído por Jonas, o Benfica pareceu começar a ter uma nova dinâmica, dado que Salvio (43’), Gaitán (45’) e Derley (45+1’) provocaram “arrepios” à defesa forasteira mas nada se concretizou.
Mas o começou a mudar tudo foi a entrada, no segundo tempo, de Ola John, por troca por Gaitán, que ficou no balneário. Mas ainda demorou a “carrilar”.
Aos 54’, foi André Claro que viu um remate passar a centímetros do poste da baliza de Artur, a que respondeu Derley, a passe de Maxi Pereira (56’), com um cabeceamento que levou a bola a passar ao lado, seguindo-se uma nova tentativa (61’) protagonizada por Talisca num remate que foi desviado para canto, do que nada resultou.
A chegar-se ao minuto setenta, começou a festa final do Benfica, primeiro com Maxi a rematar ao poste e Lisandro, na recarga, a obrigar Goicoechea a defender uma vez mais. E aos 74’ chegou o primeiro golo.
Depois de um passe milimétrico para a entrada da grande área, Talisca recebeu a bola e, com o pé contrário (direito), enganou o guardião e os benfiquistas já podiam começar a “respirar” melhor. Golo que a equipa do Arouca “sentiu” fortemente, porquanto continuava a tentar chegar ao golo.
Três minutos depois foi Jonas que rematou forte mas a bola subiu muito acima da barra, tendo de esperar-se mais três minutos para chegar o 2-0 (80’), por Derley, depois de um passe com conta, peso e medida de Salvo.
O Benfica aumentou a pressão, ante a quebra nítida dos homens do Arouca, e chegou ao 3-0 (83’) através de Salvio, que cabeceou – a centro de Ola John – para o fundo da baliza de Goicoechea. E cinco minutos depois, foi a vez de Jonas (88’) fazer o 4-0 depois de a jogada ter começado em Pizzi que adiantou para Ola John, que abriu caminho para o cruzamento a favor de Jonas, que encerrou a contagem, ante os 41.675 espectadores presentes na Luz.
O momento fulcral foi quando Jorge Jesus, embora a contragosto, teve que substituir Lima ainda antes do intervalo e deixado Gaitan no balneário, fazendo entrado Jonas e Ola John, que acabaram por ajudar, em muito, num triunfo bem “recheado” de golos, enquanto Pedro Emanuel só fez a primeira substituição aos 66’ e depois “esqueceu-se” das outras duas – que deviam ter sido feitas quiçá logo após o Benfica ter feito as duas primeiras, mas que só surgiram aos 78’ e 85’, até porque nesta altura a equipa já não tinha capacidade de resposta para o Benfica.
Nos destaques, já referimos Jonas e Ola John. A quem se acrescentam Artur, Luisão, Derley, Samaris, Salvio e Talisca, enquanto no Arouca realçamos Goicoechea, Balliu, David Simão, André Claro, Pintassilgo e Nildo.
Hugo Miguel, o árbitro de Lisboa que dirigiu o encontro, teve algumas falhas, quer técnicas disciplinares, mas que acabaram por não ter grande impacte no resultado final, tendo estado bem acompanhado pelos assistentes Ricardo Santos e Nuno Roque.
As equipas:
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Lisandro e Eliseu; Salvio, Samaris, Talisca e Gaitán (Olá John, 46’); Lima (Jonas, 44’) e Derley (Pizzi, 85’).
Arouca – Goicoechea; Balliu, Miguel Oliveira, Diego Galo e Nelsinho; Bruno Amaro (Rui Sampaio, 66’), David Simão (Roberto, 78’) e Artur; Pintassilgo, André Claro (Colitto, 85’) e Nildo.
Cartões amarelos para Salvio e Artur (27’), Miguel Oliveira (49’), Bruno Amaro (62’) e Samaris (72’).
Artur Madeira