Liga dos Campeões – Sporting, 0 – Chelsea, 1
… era quase certo que o Sporting podia chegar ao final do jogo com um resultado muito mais desnivelado ante um Chelsea que pouco mais fez do que cumprir a missão de justificar que tem mais milhões que o Sporting.
Em termos de jogo jogado, diga-se posse de bola, as percentagens andaram muito perto uma da outra, se bem que, enquanto no Sporting eram os jogadores a servir-se da bola nos britânicos era a bola que servia os jogadores. Visto de uma maneira mais simples, os leões não “largavam” o esférico uns para os outros e nos ingleses era precisamente a bola que rolava e quase sempre na direcção de um companheiro de equipa.
São estas as fragilidades que o Sporting demonstra, para além daquela que respeita a Sarr, que voltou a fazer das suas por mais de uma vez (foram três que se contaram) e a colocar os “cabelos em pé” aos mais de quarenta mil espectadores que estiveram no Alvalade XXI.
Três falhas algo semelhantes às que tinha feito contra o Maribor e o F. C. do Porto mas que, felizmente, desta vez os “desvios” não atingiram Patrício, afinal o herói do jogo, porque defendeu quase tudo o que foram remates na sua direcção, pese embora tenha sido mal batido no golo que sofreu, mas por culpa própria.
Isto porque começou a fazer-se ao centro de Fàbregas mas a meio “encolheu-se” e Matic fez-lhe um chapéu sem apelo nem agravo. A única mácula de Rui Patrício neste jogo, guardião que começou a trabalhar a sério logo aos dois minutos de jogo a cortar a bola para canto quando seguia perigosamente para Diego Costa.
As jogadas mais perigosas pertenceram ao Chelsea em em especial, de Schurrie que, só à sua conta, podia ter marcado quatro vezes, porquanto surgiu sempre isolado ante Patrício e não conseguiu “molhar a sopa”, remates que ou saíram ao lado e noutros foi o guardião sportinguista que conseguiu resolver a situação.
No ataque e também na linha média, a formação leonina continua a demonstrar fragilidades que são preocupantes, umas vezes porque não conseguem “quebrar” o ímpeto do adversário e outras porque tem grande dificuldade em avançar para um contra-ataque apoiado e não de forma isolada (um ou dos elementos) que o tentam fazer, embora com poucos resultados positivos.
Enquanto no Sporting Patrício foi o rei, William teve altos e baixos (que originaram um amarelo), João Mário esteve melhor na recuperação do que criar alternativas, o mesmo se colocando a Carrillo, enquanto a estrela Nani continua apagada no que se refere a golos.
Abusa (e não só ele) das fintas, alinha contra-ataques a solo e depois não há continuidade, pelo que não municia como deve ser Slimani, afinal o único ponta de lança, também meio “perdido”. Adrien e Jonathan Silva esforçaram-se mas o fruto do trabalho não produziu o que se pretendia: golos.
Nem mesmo quando, aos 80’, o técnico leonino colocou em campo dois avançados (Capel e Montero), diga-se em “desespero” de causa, que não contribuíram para nada. Deviam ter entrado mais cedo. É caso para dizer que “no ataque ninguém se destaca e Nani empata”.
No Chelsea, que passeou a sua classe por um relvado “mal encarado” (visto da bancada), Matic acabou por ser o homem da noite, não só pelo golo mas pelo mais que fez, bem secundado por Fàbregas, Oscar, Schurrie (o que perdeu tantos golos), Diego Costa, Courtois e Terry.
Um outro “artista” foi o árbitro, o espanhol Mateu Lahoz, que teve uma dualidade bem grande de critérios na marcação das faltas (e até nos amarelos) beneficiando marcadamente os visitantes, salvando-se os assistentes (Cebrián Devis e Roberto Diaz Pérez, todos de Espanha), que estiveram bem.
Com esta derrota, o Sporting ocupa agora o último lugar do grupo, comandado pelo Chelsea.
As equipas alinharam:
Sporting – Patrício; Cédric, Maurício (Paulo Oliveira, 63’), Sarr e Jonathan Silva; João Mário, William e Adrien (Montero, 80’); Carrillo (Capel, 80’), Slimani e Nani.
Chelsea – Courtois; Ivanovic, Cahill, Terry e Filipe Luís; Fàbregas, Óscar Mikel (70’) e Matic; Schurrie (Willian, 57’), Diego Costa e Hazard (Salah, 83’).
Disciplina: amarelos para William (15’), João Mário (42’), Ivanovic (58’), Maurício (63’), Hazard (71’), Filipe Luís (75’) e Fàbregas (90+2’).