Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Quem tem Hulk tem … golos!

BenficaZenit_H0P1170Liga dos Campeões – Benfica, 0 – Zenit, 2

 

Uma falha de atenção e, essencialmente de concentração por parte da defesa benfiquista – com toda a gente lançada no ataque para tentar chegar primeiro ao golo, como lhe competia, jogando em casa – foi o mote para que, jogados apenas quatro minutos, o Zenit se adiantasse no marcador.

Ainda assim, a minuto e meio de jogo, já Hulk fazia das suas, quando enviou a bola para o seu colega Shatov, que não a apanhou por milésimos de segundo, porque se o conseguisse podia criar muito perigo na pequena área do Benfica.

Num rápido contra-ataque (4’) com apenas dois homens – e com Luisão e Jardel avançados em função do ataque benfiquista anterior – Shatov isola-se rapidamente pela esquerda e centra largo para o lado contrário onde surge Hulk, sem qualquer defesa benfiquista por perto, para rematar em arco e bater Artur com boa nota artística. Golo que o Benfica sentiu de forma notória.

Luisão voltou à grande área contrária para dar seguimento a um pontapé de canto mas cabeceou para fora, enquanto Salvio, em corrida, rematou forte ainda antes da grande área mas o guardião russo desviou para canto, do qual nada resultou.

No lado dos russos, Hulk voltou a incomodar Artur, ao marcar um livre mais em jeito (mas com força) que o guardião benfiquista resolveu à segunda vez.

E aos 17’ a “bronca” da noite. Danny surgiu isolado frente a Artur, que foi até fora da grande área para evitar que o russo rematasse, mas atrapalhou-se e fez obstrução, sancionada de imediato, pelo árbitro do encontro, com o cartão vermelho directo. A falta foi clara. Ninguém reclamou.

Jesus fez entrar Paulo Lopes para a baliza, saindo Talissa, ficando o Benfica com dez unidades e sabendo-se que, a partir daí, o Benfica teria mais dificuldades para tentar algo diferente, tal a visão de jogo, o calculismo (em especial de Shatov e Hulk), a rapidez na mudança de ritmo e até a maturidade da equipa de André Vilas Boas (já leva mais um mês de avanço em relação ao campeonato português), que criou mais jogadas de perigo do que o Benfica, ainda com os 11 jogadores em campo.

Da marcação do correspondente livre (que bateu na barreira), resultou um pontapé de canto que foi fatal para as águias da Luz. Com conta, peso e medida e ante a falha de marcação (e de elevação) de Luisão e Jardel, Witsel aproveitou da melhor forma para cabecear para dentro da baliza, com Paulo Lopes a defender já para além da linha de golo. Um 2-0 aos 21 minutos que “acabou” com o Benfica.

No segundo tempo os encarnados ainda tentaram corresponder ao chamamento da massa associativa (que rondaria as 35 mil pessoas) mas poucas hipóteses teve para o efeito. A única que levou selo de golo aconteceu aos 58’ quando Luisão, no seguimento de um livre marcado por Enzo Perez, cabeceou para a defesa da noite no Estádio da Luz, por parte do guardião russo Lodygin, que foi buscar a bola ao canto superior do seu lado esquerdo, se bem que Gaitán (72’), embora com o pé “cego”, o direito, tivesse rematado à figura do guardião russo.

Enquanto isso, Hulk fez um remate cruzado, para o poste contrário, que foi desviado por Paulo Lopes e bateu no poste seguindo para canto e, depois, com Randón, com a baliza completamente aberta, atirou para o lado (70’).

Com calma – às vezes até demasiada – o jogo foi decorrendo sem grandes pormenores nem golos, terminando com um triunfo do Zenit, que garante uma vantagem importante nesta fase de qualificação da Champion League.

O Benfica só se pode queixar de si mas nem por isso Artur pode ser “crucificado” por não ter “lido” como deve ser a acção que ia fazer, porque correspondia a uma expulsão, como se verificou. Se nada tivesse feito, poderia ter acontecido o 2-0 para os russos, o que se confirmou na marcação da falta e do seguimento da jogada.

Há que arrepiar caminho porque não pode perder mais vezes.

Apenas recordar que, em 2010, também para a Liga dos Campeões, o Benfica tinha ganho por 2-0. Coisa da vida dos clubes e dos jogadores.

Hulk fez pender quase todo o jogo para uma vantagem da sua equipa, no que foi acompanhado por Witsel, Shatov, Javi Garcia, Garay, Lombaerts, Danny, Randón e, em especial, pelo guardião Lodygin.

No lado do Benfica, Samaris, Luisão, Salvio, Maxi Pereira, Perez, Gaitán e Lima fizeram o que puderam.

O norueguês Moen, bem como os assistentes Haglund e Andás, fizeram um bom trabalho, pese embora uma ou outra falha de pouca monta para o resultado, para um e para o outro lado.

As equipas:

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Eliseu; Salvio, Pérez, Samaris e Gaitán; Lima (André Almeida, 72’) (Drrley, 72’) e Talisca (Paulo Lopes, guarda-redes suplente, 19’).

Zenit – Lodygin; Smolnikov, Lombaerts, Garay e Criscito; Javi Garcia; Shatov, Danny e Witsel; Hulk e Rondón.

Cartões amarelos para Maxi Pereira (60’) e Javi Garcia (64’). Vermelho directo para Artur (17’).

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