Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Leões desafinados mas …vitoriosos!

SportingArouca_H0P5397Um erro técnico-estratégico crasso de Marco Silva obrigou a equipa leonina a um primeiro “sufoco” até à primeira oportunidade de golo (62’) e manteve-se (porque Nani não concretizou a grande penalidade de que beneficiou) até aos 90+2’ quando Carlos Mané resolveu o triunfo.Erro crasso pela simples razão (técnica) de que não estava em condições de entrar de início (com dois ou três treinos não havia assimilado na plenitude o que o treinador pretendia, independentemente da sua “fama”), agravado ainda porque terá sido “obrigado”, por força das circunstâncias (enorme festa no regresso de Nani a Portugal e ao Sporting), de o integrar na equipa logo de início para ver se surtia efeito, quer junto dos associados sportinguistas, em especial quer junto da formação do Arouca. E o que se viu foi … nada, tendo sido substituído (contra gosto, como se viu) aos 75’ por um dos homens que deveria ter jogado de início, Tanaka, que preparou a bola para Carlos Mané marcar o único golo da partida e dar o triunfo ao Sporting. Capel e Carlos Mané – um ou outro – também deveriam entrar no início, dadas as suas características ofensivas. Não o fez e, dessa forma, criou “frisson” junto de Bruno Carvalho e outros elementos, que não disfarçavam o mal-estar que se vivia no banco.

Os 37.722 espectadores presentes – o que foi um excelente número – viram que o Sporting deteve maior posse da bola durante muito mais tempo, criou oportunidades de golo que o guardião Coicoechea decidiu que não eram nada mais do que isso, teve mais cantos e livres direitos a seu favor, mas o resultado teimava em manter-se no zero.

Nani foi o “dono da bola”. Mandou mas não comandou. Montero teve duas oportunidades para marcar mas o guardião arouquense defendeu, com alguma dificuldade, os dois cabeceamentos do número dez sportinguista, chegando-se ao intervalo com um nulo, o que obrigou o técnico sportinguista a reanalisar a situação e tomar medidas para o segundo tempo.

E a diferença verificou-se no início do segundo tempo, quando, Marco Silva fez sair Rosell (que estava no papel de médio recuado) fazendo entrar um Carlos Mané que passou a ser o “endiabrado” que deu vida a uma equipa pouco mais que amorfa.

Foi no seguimento desta mudança que o Sporting beneficiou de uma grande penalidade (fica sempre a dúvida se por mão premeditada ou casual de Balliu, que nem viu o cartão amarelo, que seria o segundo e consequente expulsão), que Nani desperdiçou ao proporcionar uma grande defesa – a defesa da noite em Alvalade – ao guardião do Arouca Goicoechea, defendendo a bola, marcada um pouco displicentemente num remate denunciado.

Com estes “tremores” todos – e depois de Patrício ter safado um golo iminente ao defender (73’) um remate de Nelsinho.

Como se referiu, o Sporting só se “mexeu” mais rápido depois da entrada (45’) de Carlos Mané e reforçou-se com a chegada de Capel e Tanaka, aos 75’, nitidamente para decidir o jogo a favor do Sporting.

E assim foi. Não antes de Rui Patrício voltar a safar (83’) o golo que “fervia” na ponta da bola de Nildo. Capel ainda teve oportunidade de rematar (85’) à figura do guardião do Arouca e Carlos Mané (no minuto seguinte) perdeu mesmo a que podia ser a última “chance”.

Só não foi porque, no último folego (90+2’) – dos 95’ de jogo definidos pelo árbitro – o Sporting chegou ao 1-0, no seguimento de um canto que, primeiro, Tanaka rematou ao poste e, logo de seguida, surgiu Carlos Mané a sossegar as hostes, fazendo a recarga para dentro da baliza.

Um triunfo sportinguista que se aceita pacificamente, pese embora tenha ainda muito para afinar numa equipa em que parece estar tudo à “desgarrada”. Mais a mais porque na próxima ronda é com o Benfica e no Estádio da Luz.

Referência para os desempenhos de Rui Patrício, Jefferson, Carrillo, Adrien, Esgaio, Carlos Mané e Tanaka (Sporting) enquanto no Arouca se distinguiram Goicoechea, Balliu, Artur, Bruno Amaro, Diego Galo e Nildo.

O árbitro Nuno Almeida (Algarve) primeiro deixou jogar e depois foi só mostrar amarelos (nove) que não se justificavam nalguns casos. E no caso da grande penalidade não mostrou o segundo amarelo a Balliu. Melhores estiveram os assistentes.

As equipas:

Sporting – Patrício; Esgaio, Maurício, Nabi Sarr e Jefferson; André Martins, Rossell (Carlos Mané, 45’) e Adrien; Carrillo (Capel, 75’), Montero e Nani (Tanaka, 70’).

Arouca – Goicoechea; Balliu, Miguel Oliveira, Gaio e Nelsinho; Bruno Amaro, Artur (Tinoco, 75’) e David Simão; Pintassilgo (Dabó, 86’), André Claro e Nildo.

Cartões amarelos: Jefferson (72’), Adrien (51’), Nani (30’), Balliu (29’), Artur (52’), Bruno Amaro (12’), Pintassilgo (53’), Galo (89’) e Nelsinho (66’)

 

Artur Madeira

 

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