Sporting, 2 – Lázio, 2 (4-2 g.p.)
Ganhar sete jogos em oito efectuados, não há dúvida que são um bom cartão-de-visita para início de época. Com mais ou menos maestria, com mais ou melhor sorte ou azar, os números falam por si. Mas a “orquestra” ainda tem muito para fazer. Aliás, como os italianos.
Como se voltou a ver, embora emerjam numa mesma área (latina), os estilos são diferentes e enquanto o Sporting andou pelo 4x3x3, foi nítido que o Lázio se fixou num 4x4x2, com um Sporting a jogar mais rápido e os forasteiros nem tanto.
Se é verdade que o Sporting fez mais remates, teve a posse de bola durante mais tempo, a verdade é que o que conta são os golos e, aí, o empate a dois foi o resultado final. E depois foi a lotaria das grandes penalidades, com o Sporting a superiorizar-se a ganhar o Troféu pela terceira vez consecutiva. É apenas o que precisa.
Perante os 31.623 espectadores registados, o Sporting demonstrou que tem equipa para “tocar” bem. Melhor: tem equipa e tem um banco de categoria semelhante. Embora ainda possa haver saídas e entradas. Mas quando se ganha o espirito é sempre melhor.
Com pouco mais de quatro minutos de jogo, o Sporting abriu o activo, na sequência de uma boa jogada de ataque, com a bola a ser lançada para a esquerda, onde Capel a captou, deu dois passos e endossou-a a Montero que, de pronto, a meteu no miolo da área, onde surgiu um “pequeno” André Martins a antecipar-se ao defesa que estava por perto e abrir o activo.
Até aos quinze minutos, foi o Sporting que mandou, embora sem criar situações de perigo eminente.
Os italianos também pareciam não se preocupar muito porquanto trocavam mais a bola, na zona de meio campo, do que avançavam para a baliza de Patrício, praticamente sem trabalho de nota até aí.
Tanto que aos 23’ de jogo a estatística dizia que o Sporting tinha feito três remates (um foi o do golo) e a Lázio dois, Insignificante.
Aos 28’, no seguimento de um livre marcado por Jefferson, Rojo salta com o guarda-redes mas a bola foi para fora, enquanto o guardião foi assistido face ao impacte do toque entre ambos. Aos 37’, Montero rematou ao lado e aos 40’ Keita perdeu a oportunidade de empatar rematando por
alto e para fora quando estava praticamente só na zona de remate.
Mas isso foi o “mote” para que o empate chegasse em cima dos 45’, com um golo do capitão Mauri, depois de uma jogada algo embrulhada.
Ledesma captou a bola e progrediu para o meio campo sportinguista, centrou para a área, onde Novaretti se elevou bem e cabeceou a bola para a pequena área, surgindo Keita a desviar a bola para bater no poste, tendo surgido de imediato um “salvador da pátria”, que a captou e meteu na baliza de um Patrício algo às “aranhas” numa molhada de jogadores. E o empate até se ajustava em face do deve e haver.
Depois de ter entrado com a camisola tradicional (verde e branco às listas horizontais) o Sporting regressou todo de amarelo, a fazer lembrar o Estoril, talvez porque o técnico dos leões tenha preferência no amarelo porque foi lá que manteve o Estoril na I Liga.
E a sorte protegeu os leões, porque o amarelo vivo fez “tremer”, em especial, o guardião italiano, até aí a jogar bem, porque provocou uma grande penalidade por perfeita estupidez. Permitiu que um jogador do Sporting tentasse “roubar-lhe” a bola e depois só podia ser grande penalidade. Chamado a convertê-la, Adrien colocou o Sporting a ganhar por 2-1, isto aos 52’.
A Lázio “entretinha-se” a trocar a bola pelos vários jogadores, mas não era incisiva, a tal ponto que parecia fácil ao Sporting manter a liderança do jogo, porquanto o terceiro golo piodia bter acontecido aos 75’, quando Jeffersen, de livre directo, obrigou Marchetti a uma grande defesa, na marcação de um livre.
As quatro substituições feitas pelo Sporting de uma só vez (60’), deu mais alento aos leões, embora sem alterar muito o ritmo de jogo. A ambição é que era pequena, porque não houve golos no tempo complementar, a não ser para a Lázio. Italianos que, também de uma só assentada, igualaram o Sporting nas substituições (4), o que reduziu a qualidade, embora não muito do jogo.
Aos 84’ Slavchev rematou a rasar o poste e Tanaka (este já no tempo de descontos 90+2’).
Na hora da marcação das grandes penalidades. Ao terceiro Keita remata para defesa de Patrício e ao 5º, outro italiano, Tounkom para o caso também falhou. O Sporting ganhou com Mérito e o Troféu continuou a ficar em casa em homenagem aos brilhantes Cinco Violinos
Duarte Gomes também não está em pleno mas já demonstrou que, pela amostra (quatro cartões mostrados, parte sem justificação) e pelo apitar a quase tudo. Foi um pouco “caseiro” em termo de faltas. Não deve ter visto o mundial deste ano. Recomenda-se que o faça. Venâncio Tomé e Nuno Vicente, os Assistentes, estiveram melhor no que são as funções de cada um.
Os onzes iniciais foram os seguintes:
Sporting – Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Jefferson; André Martins, William Carvalho e Adrien; Carrillo, Montero e Capel. Jogaram ainda: Shikabala, João Mário, Tanaka, Heldon, Rossell, Paulo Oliveira, Slavchev, Carlos Mané e André Geraldes.
Lázio: Marchetti; Basta, Novaretti, Cana e Radu; Pereirinha, Keita, Ledesma e Cataldi; Anderson e Mauri. Jogaram ainda Ciani e Tourkom, Konko, Cavandra,