A Assembleia da República aprovou a proposta de lei do Governo quanto ao novo quadro legal para o jogo “online”, questão que Mário Figueiredo, o ainda (ou já ex) Presidente da Liga Profissional de Futebol, tanto almejava para arranjar patrocinadores para a I Liga.
Com a proposta aprovada pelo parlamento, resta agora a promulgação pelo presidente da república que, provavelmente, não estará interessado em vetar o documento, pese embora esta lei possa penalizar, de uma ou de outra forma, o aumento de receitas para apoiar a acção social – cada vez mais arredada dos actuais governantes – para os mais desfavorecidos, já que se deduz que o maior quinhão irá para “coisas” desportivas.
Com toda a oposição a votar contra e a defender que existe a necessidade cada vez mais premente de reforçar o apoio à área social no país, o comentário (para justificar o voto contra) mais significativo surgiu do deputado centrista Ribeiro e Castro que, na declaração de voto, referiu que as medidas definidas constituirá um “buraco” de todo o tamanho no âmbito do apoio aos mais pobres, tendo frisado que a nova lei corresponde “à privatização progressiva de centenas de milhões de euros de receitas públicas que deixarão de financiar as acções e projectos sociais prioritários onde hoje são aplicadas”.
A aprovação do documento teve ainda contra os argumentos de que não houve tempo para se melhor analisar todas a implicações que dele derivam, o poderá ter efeitos “catastróficos” e, reforçaram, vem tentar solucionar, para já, um único sector: o futebol profissional.
Será assim? Fica-se na expectativa.