Num jogo bem disputado, onde as jogadas de maior pendor ofensivo e mais perigosas até pertenceram ao adversário, a verdade é que o título conquistado pela Alemanha se considera justo.
Os alemães evitaram a “chatice” das grandes penalidades – onde só a sorte joga – e obtiveram o golo da vitória no culminar de uma jogada rápida de contra-ataque que foi superiormente concluída por um Gootze perfeitamente isolado na cara do guardião argentino, que conseguiu “enganar”!
Argentina que teve várias oportunidades ao longo do desafio mas não teve arte nem manha para as concretizar, a maior parte das vezes por culpa dos próprios dianteiros que, desta vez, complicaram demais aquilo que seria mais fácil.
A justiça alemã resulta ainda da força de ter sido a capaz de “secar”, na maior parte das vezes, o ex-melhor do mundo (Messi), não tendo conseguido alternativas credíveis para resolver o assunto, isto é, marcar golos e ainda porque foi o primeiro país europeu a ganhar um mundial efectuado no continente americano.
Para a história ficam as estatísticas, as curiosidades e muito do que se passou “in” e “out” ao longo de toda a competição.
Por exemplo, jogaram-se 64 jogos dos quais saíram 171 golos e onde foram mostrados 194 cartões (184 amarelos, 7 vermelhos e 3 duplos amarelos).
Resulta daqui que a média de cartões amarelos por jogo foi de 2,9 (sem contar com os duplos amarelos, porque originaram o vermelho), enquanto os vermelhos corresponderam a uma média de 0,1 por jogo, médias diminutas para aquilo que, na realidade se passou, porquanto muitas faltas perigosas não originaram a atribuição de amarelos, assim como jogadas violentas não deram em cartão vermelho, como devia ser.
Se estes jogos fossem jogados em Portugal, por certo que o volume subiria de forma assustadoramente. Enquanto no mundial a ordem (expressa mas velada) era para evitar mostrar os cartões, em Portugal parece passar-se o contrário.
Dos 64 jogos, apenas sete foram “resolvidos” através das grandes penalidades e entre os oitavos e as meias-finais, ou seja, dos 14 jogados metade foi a “sorte” quem mais decidiu.
O colombiano James Rodriguez foi o melhor marcador (6 golos), seguido do alemão Muller (5), do brasileiro Neymar, do argentino Messi e do holandês Van Persie, ambos com três.
Como ainda relevante, ficam as goleadas da Alemanha ao Brasil (7-1) e a Portugal (4-0) e a infligida pela Holanda à Espanha (5-1). E por Espanha, recorde-se que não passou da fase de grupos e era a campeã mundial em título.
Rei morto, Rei posto. A Alemanha é agora a campeã!
Numa festa que começou ainda antes do jogo final, com três artistas a cantar para os milhares que enchiam por completo Maracanã, com foram os casos da cantora colombiana Shakira, da brasileira Ivete Sangalo, do brasileiro Carlinhos Brown e ainda os também brasileiros Alexandre Pires e Carlinhos Brown. A cerimónia de encerramento contou ainda com a apresentação, no relvado, de bailarinos de dança e personagens típicos do carnaval do Rio de Janeiro, entre eles 32 dos casais de mestre-sala e porta-bandeiras dos países participantes do Mundial de 2014.