JCSERV / Alberto Veiga
Se cada jogo era uma dura “batalha” para conseguir chegar à segunda fase – agora no mata-mata – a verdade é que o Chile e o Uruguai já ficaram pelo caminho, a primeira perdendo com o penta campeão Brasil (embora no desempate pelas grandes penalidades e onde Júlio César foi o herói ao defender duas delas) e o segundo ante uma quase fenomenal Colômbia, que ganhou por 2-0 com excelentes golos apontados por James Rodriguez, quiçá o melhor em campo – em nosso entender a par com o seu guardião Ospina, que fez uma exibição de luxo.
Com este triunfo – este sábado – a Colômbia chegou, pela primeira vez, aos quartos-de-final de um mundial. E bem merecido!
E se os colombianos já foram apontados com um sério candidato ao título, quer isso dizer que o jogo com o Brasil (dia 4 de Julho) será uma final antecipada, nesta altura com pendor mais para uma Colômbia muito mais esclarecida do que a formação brasileira.
Este domingo o Holanda-México (17 horas) e o Costa Rica-Grécia (21h) definem mais duas equipas para os quartos-de-final, sendo que no primeiro a Holanda é favorita e no segundo o prognóstico é “reservado”. Só observado “clinicamente”!
Enquanto a festa continua, importa recuar ao princípio (fase de grupos) para verificarmos alguns dados estatísticos, pese embora, sob vários pontos de vista e em todo o mundo, a primeira fase do mundial já foi dissecada.
Mas como nunca é demais recordar alguns dados que, afinal, são a história da história de cada evento deste quilate, aqui se faz um ligeiro reporte.
Sobre Portugal, por certo que há uma boa mão cheia de factos que, forçosamente, deverão ser esclarecidos, sob pena de “cair” sobre as cabeças dos dirigentes e técnico um ainda maior peso de consciência. Se é que isso tenha alguma influência futura, porquanto o filme deste mundial já passou, não gerou lucros e, por isso, é para “esquecer”.
A “saúde física” de grande parte dos jogadores portugueses – ao fim de 15 minutos do primeiro jogo deste mundial já havia lesionados, o que foi uma constante nos restantes dois encontros – é um tema fracturante e coloca em causa o sistema de controlo físico de todos e de cada um, se é que houve.
Garantidamente, uma boa mão cheia não tinha condições para fazer a viagem, sendo de relevo que Cristiano Rolado foi o primeiro bola de ouro a ser “eliminado” na ronda inicial de um mundial.
Nos 48 jogos da primeira fase foram marcados 136 golos – um número dos melhores em relação a anteriores mundiais, cabendo a um trio de jogadores – Messi (Argentina), Neymar (Brasil) e Muller (Alemanha) – a liderança com 4 golos cada um.
Das 13 equipas europeias, apenas seis seguiram para os oitavos de final, sendo que sete ficaram pelo caminho, com especial relevo para a Itália (campeã mundial em 2006) e para a Inglaterra (também campeã mundial mas em 1966), o que poderá ter como base a “crise” que se vive no Velho Continente.
Das 32 equipas presentes, apenas quatro (Holanda, Colômbia, Argentina e Bélgica) concluíram com três vitórias, enquanto apenas três (Camarões, Austrália e Honduras) ficaram pelo caminho com três derrotas consecutivas.
É de realçar as surpresas causadas pelos belgas, como a mais positiva pela novidade de seguir em frente e, pelo afastamento – a zero – da formação camaronesa que, há quatro anos, foi uma das que fez “tremer” muita gente.
Apenas duas equipas (Portugal e Equador) foram eliminadas com 4 pontos, enquanto seguiram em frente com a mesma pontuação (Grécia, Nigéria, Estados Unidos e Argélia). Contradições…
Passando aos golos, a laranja mecânica (Holanda) foi a mais “devastadora”, ao marcar dez golos, seguindo-se a Colômbia (9), a França (8). As defesas mais batidas foram os Camarões, a Austrália, com 9, ficando as Honduras a seguir (8).
Ainda como curiosidade, foram mostrados, na fase inicial, 135 cartões, dos quais 126 amarelos, 7 vermelhos e dois duplos amarelos. “Fruta” para todos os gostos e … carteiras.
Artur Madeira
