Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

UGT Defende mudança mudança de atitude e de políticas, na “saída limpa”

01Maio 3351 UGT

© JCMYRO / JCSERV

As opções após a saída do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro sem recurso imediato a qualquer programa ou apoio suplementar não são encaradas de uma forma positiva pela UGT .Embora seja um facto positivo o tipo de saída escolhida para a UGT, “na medida em que conferirá uma maior autonomia na condução das políticas nacionais, temos de sublinhar que este resultado não se encontra suficientemente alicerçado na estratégia delineada no programa de ajustamento, cujos erros – no tempo e nas políticas – e austeridade excessiva tiveram, aliás, impactos extremamente negativos para as pessoas, para as famílias, para os trabalhadores e para a economia do País”.

Para a Central Sindical a tal “saída limpa apenas foi possível pela imposição de um nível abusivo de sacrifícios, austeridade sobre austeridade, que permitiu criar uma almofada orçamental de 15.000 milhões de euros, cuja prioridade deve ser questionada quando nos confrontamos com a realidade do País”.

A UGT tem fortes reservas em apoiar o conceito de “sucesso” do PAEF, que o Governo suporta, “quando os níveis de desemprego, os cortes nos salários e nas pensões, a deterioração do Estado Social, a redução das condições de vida e trabalho, o agravamento da pobreza e das desigualdades, a degradação do mercado interno e do tecido produtivo e a generalizada insensibilidade social são as grandes marcas da intervenção da Troika”, a central recorda que tem mais reservas pois no balanço da 12ª e última avaliação, o Governo anunciou “a continuidade e o aprofundamento das políticas que vêm sendo seguidas, que sempre mereceram, e merecerão uma profunda oposição da UGT. Registamos o destaque dado ao papel que a concertação social deverá ter no futuro próximo, mas consideramos muito negativo que tal venha acompanhado do anúncio de decisões unilateralmente assumidas, perante e com a Troika, em matérias que dizem directamente respeito aos parceiros sociais, como o mercado laboral ou a segurança social”.

A continuidade das políticas visível no DEO recentemente apresentado, face ao qual o Governo segundo a UGT “pretende dar uma ilusão de alívio dessa mesma austeridade, mas que as medidas apresentadas desmentem, registam-se claramente um novo agravamento da austeridade (+0.8% PIB já em 2015, cerca de 1.400 milhões de euros) que todos os portugueses irão pagar”.

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