LIGA ZON/SAGRES – Benfica, 1 – Vitória de Setúbal, 1Num jogo pouco dado a notas artísticas, o Benfica jogou sem pressão na descompressão e o empate a uma bola foi o melhor que conseguiu ante um Vitória de Setúbal que, bem arrumadinho, causou problemas suficientes e que não tiveram resposta adequada dos benfiquistas, muito apáticos.
Na primeira parte, foram quarenta e cinco minutos (exactos) jogados a um ritmo aqui e ali vivo, mais por parte dos setubalenses, se bem que o Benfica também contribuir para tornar o jogo mais vivo, mas sem proveitos de parte a parte.
Nos poucos remates que se verificaram de parte a parte, o selo de golo foi pouco visível pelo que não admirou que o intervalo chegasse com o resultado em branco, sendo o “castigo” maior para o Benfica, pouco prático, o que também se poderá aceitar por várias razões: o Benfica já era campeão e o Setúbal tinha a situação classificativa sem necessidade de arranjos de forma nenhuma.
Mas havia que mudar algo porque os 52.325 espectadores registados já estavam “fartos” de não ver futebol de jeito.
E Jesus fez a vontade. Trocou Djuricic por Lima, para dar mais “gás” lá à frente e isso foi uma realidade, mesmo com um Cardozo “apagado” praticamente desde o início, mas que teve um único rasgo que deu origem ao golo do Benfica.
A jogada começou no meio campo, com André Gomes a endereçar a bola para Cardozo que, com o calcanhar, a devolve ao mesmo jogador, em fase de progressão e que a recebe mais à frente, praticamente isolado defronte de um Kieszek que pressentiu o perigo e que não conseguiu parar o excelente remate de André Gomes para o 1-0, decorria o minuto 59.
Um golo bonito, rápido e, acima de tudo, o primeiro marcado por um jogador português do Benfica neste campeonato que termina para a semana.
A partir daqui o Benfica animou-se mais, criou algumas situações de perigo mas nunca concretizadas da melhor forma, quer por Lima, Enzo Perez e novamente Cardozo.
Entretanto, o Setúbal não baixava os braços e criou perigo, primeiro com um passe de Tiba para Paulo Tavares rematar para uma grande defesa de Paulo Lopes, que levou a bola à barra e depois foi para canto.
Depois deste maior “frenesin”, o Setúbal mudou de estratégia, tornando-se mais ofensivo, na procura do golo do empate, que poderia chegar a qualquer momento.
E assim aconteceu ao minuto 74, depois de Tiba se introduzir em zona apertada na grade área do Benfica, tendo sofrido falta, por trás, por parte de Maxi Pereira, que levou Duarte Gomes assinalar a grande penalidade.
Chamado a marcar a falta máxima, Rafael Martins, que foi um dos melhores homens do Setúbal em campo, não perdoou e empatou a partida, o que foi merecido e espelha a verdade do jogo.
Cardozo ainda obrigou (79’) Kieszek a uma grande defesa para safar a bola para canto e a última oportunidade para o Benfica chegou aos 90+2’ quando Venâncio salvou quase sobre a linha de baliza, o que poderia ser o (imerecido) golo benfiquista.
Em relação a este jogo, Tiba foi o herói do jogo (estavam em todas e em todo o lado), Kieszek, João Mário, Ozela, Rafael Martins e Zequinha, enquanto no Benfica sobressaíram Sálvio, André Gomes, Jardel, Luisão e Paulo Lopes.
Duarte Gomes e seus pares (André Campos e Nuno Vicente), de Lisboa, passaram praticamente despercebidos, porque não houve nem criaram complicações.
As equipas alinharam.
Benfica – PauloLopes; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Siqueira (Enzo Perez, 62’); André Almeida; Salvio, André Gomes e Sulejmani (Gaitán, 68’); Djuricic (Lima, 45’) e Cardozo.
Vitória de Setúbal – Kieszek; Pedro Queirós, Venâncio, Ozela e Marcos Acosta; Pedro Tiba, Dani e João Mário; Rafael Martins (Betinho, 89’), Zequinha (Miguel Pedro, 78’) e Ricardo Horta (Paulo Tavares, 64’),
Disciplina: Amarelo para Enzo Perez (72’), Paulo Tavares (80’) e Ozela (88’)