Depois de perder cinco finais consecutivas (duas delas no Jamor, em 2012 e 2013), a espanhola Carla Suarez Navarro, de 25 anos e actual 15ª WTA, conquistou este sábado o primeiro título da carreira.Num encontro recheado de altos e baixos, a tenista das Canárias superiorizou-se à russa Svetlana Kuznetsova (29ª WTA), por 6-4, 3-6 e 6-4, sagrando-se campeã da histórica 25ª edição do Portugal Open.
“Estou muito contente por ganhar aqui. É um título que significa muito para a minha carreira. A partir de agora todas as minhas adversárias vão saber que já venci um troféu e serei mais respeitada”, afirmou a espanhola, na conferência de imprensa.
Entretanto, a sul-africana Cara Black e a indiana Sania Mirza – a disputarem a quinta final em conjunto – conquistaram o título de pares femininos do Portugal Open, confirmando o estatuto de primeiras cabeças-de-série e derrotaram a checa Eva Hrdinova e a russa Valeria Solovyeva. por 6-4 e 6-3.
Este é o terceiro título para a dupla, que em 2013 triunfou nos WTA de Tóquio e Pequim. Em 2014, Black e Mirza tinham perdido as duas finais que disputaram, em Indian Wells e Estugarda.
Por seu lado, João Sousa e Gastão Elias, foram eliminados por Scott Lipsky e Santiago Gonzalez, terceiros cabeças-de-série no torneio de pares, falhando o acesso à ambicionada final. O par português deu muita luta aos experientes adversários, mas acabou por ceder pelos parciais de 6-3 6-3.
No primeiro set, começaram por chegar ao 0-3, conseguiram recuperar até ao 3-5, mas estava escrito que não iam muito longe, com João Sousa muito nervoso devido a uma falta dada pelo árbitro de cadeira quando de um serviço (pisou a linha?), situação da qual nunca recuperou até final, enquanto Elias acumulou falhas em variadas situações.
No segundo set, o equilíbrio manteve-se até ao 3-3 mas por ai ficaram.
“Penso que tivemos uma boa prestação. Eles eram sem dúvida os favoritos, não só para hoje como para o torneio. Saímos de cabeça erguida porque sabemos cada vez mais que temos um bom par. Estou contente com a nossa prestação”, avaliou Gastão Elias. Uma opinião corroborada por Sousa: “Penso que fizemos um excelente encontro. Parece um resultado fácil mas do meu ponto de vista não foi nada fácil. Sinto que temos nível para sermos competitivos a este nível”, frisou.
Apesar da derrota, a dupla portuguesa sai do Jamor como o quinto par português da história a conseguir chegar às meias-finais do torneio de pares do Portugal Open.
No singular masculino, o argentino Carlos Berlocq (62º ATP), foi superior ao qualifier espanhol Daniel Gimeno-Traver (98º ATP), e agendou encontro com Tomas Berdych (a quem nunca conseguiu ganhar) na final deste domingo no Complexo Desportivo do Jamor. O tenista argentino mostrou-se mais dinâmico e menos desgastado do que o seu oponente, acabando por selar a vitória pelos parciais de 7-6(6) e 6-2. Berlocq, disputará no Jamor a terceira final da carreira (ganhou em Bastad, em 2013, e perdeu a final de Viña del Mar, em 2012).
O percurso de Berdych para chegar à final foi relativamente mais fácil, tendo estado em bom plano diante de Victor Hanescu, responsável pela eliminação de Gastão Elias. O tenista checo esteve muito sólido em todos os aspectos do jogo e não revelou grandes dificuldades para bater o experiente tenista romeno, pelos parciais de 6-2 e 6-2.
Berdych deixou ainda uma palavra de apreço para o seu fisioterapeuta, o português Sérgio Ferraz: “Estou muito feliz com o trabalho dele. Faz mesmo parte da equipa e ele, como fisioterapeuta, é muito importante para mim. Estou a sentir-me muito bem fisicamente”, afirmou. Esta será a terceira final do ano para o tenista de leste, que foi finalista vencido no Dubai e venceu em Roterdão.
Na final deste domingo, Berdych procurará chegar ao 10º título da carreira.