Com um golo marcado a minuto e meio do início do jogo, o Sporting pareceu querer encaminhar-se para ma vitória folgada. Mas o golo madrugador de Slimani – que resolve – como que funcionou ao contrário, sem nunca ter estado em causa o triunfo leonino.
Passado o ímpeto de abertura, os “leões” começaram a perder passes, optaram pelo individualismo (Carrillo e Capel) e Mané nunca se viu a fazer algo de positivo, enquanto na linha médias as coisas também não funcionaram em pleno.
É verdade que foi Carrillo que fez o centro para um “acrobata” (tal a ginástica feita para cabecear a bola para dentro da baliza) chamado Slimani fazer o 1-0 e realizou mais uma meia dúzia de passes idênticos que não deram fruto, o mesmo sucedendo do lado contrário, onde Capel e, algumas vezes, Jefferson, operaram da mesma forma, a verdade é que o meio campo estava lento de mais.
Cerca dos vinte minutos, o Gil começou a “sacudir” a pressão do Sporting, ainda que sem resultados palpáveis, e um remate de longe, da autoria de Vítor Vinha, levou a bola a rasar o poste mais longe da baliza de Patrício.
Enquanto Carrillo abusava das fintas sem progressão e de uma boa jogada de William (também algo apagado) que não foi directa à baliza, com selo de golo, porque um adversário a desviou para canto, o Gil voltou à frente e Hugo Vinha rematou forte mas a bola saiu junto ao poste.
A última oportunidade para o Sporting poder marcar, ainda no primeiro tempo, aconteceu aos 44’, quando Capel centrou para Slimani, de novo em situação acrobática, cabecear mas muito por cima da barra.
No tempo complementar a situação não se alterou substancialmente, o que levou Jardim a mandar sair Mané (não tinha feito nada de jeito) e fazer entrar André Martins, o que não deu resultado porque o jovem pareceu perdido na maior parte do tempo.
Um livre de Diogo Viana (62’) levou a bola directamente às mãos de Patrício e, na resposta, Rojo, do “meio da rua” rematou forte, com selo para golo, mas a bola bateu estrondosamente, no poste da baliza de Adriano.
Cédric (70’) avança pela direita e centrou para Slimani que, acossado por um defesa gilista, rematou ao lado do poste.
Passou a informação de que estavam 32.962 espectadores presentes, o tempo também estava a caminhar para o fim e Jardim pareceu estar satisfeito com a vantagem de um golo, porque não mexeu na equipa. Só aos 75’ fez entrar Montero para o lugar de Slimani, o que não deu resultado porque Montero ainda “está longe” de voltar a ser um matador como o foi na primeira metade do campeonato. Foi preciso chegar ao minuto 88’ para fazer entrar Heldon para por fim ao “tormento” que se vivia.
Já em tempo de descontos (90+2’), Carrillo assistiu Heldon da melhor maneira e o segundo golo confirmou um triunfo justo do Sporting, pese embora ante uma exibição descolorida. Um resultado que se aceita.
Como aceita a arbitragem de Bruno Esteves – bem como dos assistentes Rui Teixeira e Mário Dionísio – embora com cartões amarelos a mais e marcação de faltas a menos, embora sem intervir directamente no resultado que se verificou.
Em termos de jogadores, realce para Jefferson, Rojo, Capel, Carrillo, Slimani e Heldon, por via da marcação do segundo golo. No lado do Gil, uma equipa com estoicismo e vontade de trabalhar sempre, referência para Adriano, Diogo Viana, Avto, Leandro, Keita, Peck’s e Hugo Vieira.
As equipas alinharam.
Sporting – Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Jefferson; Carrillo, William e Adrien; Mané (André Martins, 59’), Slimani (Montero, 75’) e Capel (Heldon, 88’).
Gil Vicente – Adriano; Gabriel, Peck’s, Danielson e Vítor Vinha (Luís Martins, 25’, por lesão); Luís Silva, Keita e Leandro; Diogo Viana, Hugo Vieira (Mosquera, 74’) e Avto (Brito, 79’).
Disciplina: Amarelo para Adrien (13’), Maurício (61’), Luís Martins (65’), Cédric (66’), Gabriel (77’) e Brito (90+4’)
Artur Madeira