Sábado 21 de Setembro de 2024

Aproveitar erros é sempre bom!

Benfica-Academica_41J8959LIGA ZON/SAGRES – Benfica, 3 – Académica, 0

Erros cruciais e difíceis de entender – entre outros que por caso não foram aproveitados da mesma maneira – deram origem aos três golos do Benfica (que podiam ter sido o dobro), numa vitória “sem espinhas” e relativamente fácil de atingir quando o adversário “ajuda”.

Logo aos seis minutos, Rodrigo aproveitou um mau atraso de Halliche para Ricardo, captou a bola e rematou forte para Ricardo “safar” com o joelho, no que foi o primeiro “buraco” cometido pela defesa dos estudantes.

Mas não se ficou por aqui. Aos 10’, depois de Rodrigo ter rematado forte para o poste, o Benfica inaugurou o marcador devido a outro descuido do mesmo Halliche. Ao tentar afastar a bola, rematou contra o pé de Lima (junto ao seu), seguindo a bola para dentro da baliza.

O Benfica entrou a correr depressa (e bem a aproveitar os erros acumulados dos estudantes), trocando bem a bola e a criar perigo, se bem que entre os 10 e os 15’ a toada fosse mais calma. E mais suave ficou a partir dos 28’, quando o mesmo Lima, aproveitando mais um “desastre” da defesa, marcou o segundo golo na sequência de uma arrancada de Markovic pela direita, que avançou até perto da linha final e cruzou junto à relva e para o lado contrário, sem que ninguém da defesa se mexesse, surgindo o número 11 apenas para empurrar a bola para dentro da baliza.

Continuando a pressionar, o Benfica podia ter chegado ao 3-0 logo no minuto seguinte mas a jogada perdeu-se, apesar do “buracão” surgido na defesa estudantil.

A Académica, com jogadores muito mexidos, não conseguia confluir para o campo benfiquista, face à supremacia da defesa encarnada, em termos de colocação e aproveitando também alguma fragilidade desse mesmo ataque, que praticamente não deu para Oblak aquecer.

Já no período de descontos no primeiro tempo (45-1’), Siqueira subiu pela esquerda e centrou para Gaitan rematar e ver a bola ser desviada para canto.

Na reentrada, Siqueira, uma vez mais, arrancou por aí acima e centrou para Ricardo cabecear para a baliza, com a bola a ser desviada para canto, do qual nada resultou, notando-se em Sérgio Conceição – técnico dos academistas – um grande desconforto pela continuidade dos erros.

Que voltaram aos 59’, quando Enzo Perez, aproveitando outra “anormalidade” defensiva, chegou ao 3-0, depois de captar a bola de um defesa dos estudantes e, apesar da carga de outro defesa, conseguiu rematar para dentro da baliza, nada valendo a estirada de um Ricardo perfeitamente “desidratado” com tanta asneira.

No minuto seguinte (60’), Rodrigo voltou a acertar no poste, aproveitando ainda uma perda de bola por parte da defesa.

A jogada mais perigosa feita pela Académica surgiu aos 67’, quando Djavan galgou até quase à linha final de onde centrou para a cabeça de Rafael Lopes, com a bola a sair muito perto do poste.

Logo a seguir o Benfica podia ter chegado ao 4-0 mas Markovic preferiu fintar e perdeu a bola, já muito perto da baliza, enquanto Marcos Paulo (73’), na marcação de um livre direito, fez a bola rasar o poste.

Perante os 49.320 espectadores presentes, o Benfica ainda teve tempo de poder aumentar o resultado quando, aos 90’, Salvio, numa iniciativa a sós, se chegou à frente e rematou à barra, enquanto aos 90+2’ a gran e figura foi Ricardo que “roubou” o golo a Lima, defendendo o remate com os pés.

Uma exibição academista para esquecer, ante um Benfica normal e que se limitou a aproveitar as oportunidades, mantendo-se a diferença pontual entre os três primeiros.

O juiz Rui Costa (Porto), sem interferir no resultado, teve um trabalho modesto, dando vantagens ao Benfica no campo dos cartões amarelos (que não se justificaram) e também em faltas que não apitou, contra o Benfica.

Melhor que a exibição

No Benfica, destaque para Luisão, Siqueira, Nico Gaitan, Perez e Markovic e Lima, em especial pelos dois golos que marcou, enquanto na Académica, os melhores foi Ricardo, Djavan, Makekele, Marcos Paulo, Moussa e Marcelo.

As equipas alinharam.

Benfica – Oblak; Silvio, Luisão, Garay e Siqueira; Enzo Perez (Ruben Amorim, 74’), Fejsa e Nico Gaitan (Salvio, 64’); Markovic Lima e Rodrigo (Cardozo, 72’).

Académica – Ricardo; Marcelo Goiano, João Real, Halliche e Djavan; Fernando Alexandre, Marcos Paulo (Magique, 74’) e Makekele; Salvador Agra (Marinho, 60’), Moussa (Rafael :Lopes, 45’) e Diogo Valente.

Disciplina: Cartão amarelo para Salvador Agra (15’) e Marcos Paulo (49’).

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