EUROPA LEAGUE – Benfica, 2 – Tottenham, 2
Com uma quebra “estrondosa” aos minutos 77 e 79 – quando sofreram dois golos quase a papel químico e de rajada – o Benfica passou um mau bocado, mais a mais porque o terceiro golo dos ingleses esteve por perto mas teve a estrelinha de campeão (como o F. C. Porto em Nápoles) e lá vai a cantar para a fase seguinte.
Antes de mais algumas notas, que raramente se vê nos jogos da Liga Portuguesa: este jogo começou às 18 horas em ponto, a primeira parte durou 45 minutos, o intervalo foi de 15 minutos, a segunda parte começou às 19 horas e só no segundo tempo é que houve um acrescento de três minutos. Ainda, que Jorge Jesus raramente gesticulou como costuma fazer e também quase não saiu da sua área técnica. Porquê? A UEFA não brinca em serviço!
Nas Ligas nacionais as regras são as mesmas. Mas permissivas. Porquê?
Adiante. A relva estava em muito bom estado de conservação e o número de espectadores devia rondar cerca de 45.000, o que foi muito bom.
O Benfica dominou nos primeiros vinte minutos, quando afrouxou um pouco, o que não se percebeu porque a equipa estava refrescada, dado que Lima, Rodrigo, Enzo Perez e Markovic ficaram no banco, período em que Salvio (3’) e Luisão (9’) podiam ter marcado, como aconteceu com o Tottenham, aos 14’, com Soldado a mandar a para fora com a baliza aberta.
Num rápido contra-ataque, Salvio sobe pela direita do seu ataque, entra em luta com Rose, ganha o ressalto e centra para a grande área onde apareceu Garay a cabecear para mais um golo de belo efeito, fazendo o 1-0 aos 34’. A vantagem passou para três golos.
Até ao intervalo nada de especial se verificou e o segundo tempo mostrou os britânicos mais mexidos, pese embora perdulário nos passes e algum abuso em jogadas individuais, sem qualquer efeito prático.
Aos 55’, Townsend fintou dois benfiquistas e centrou para a área, mas Sigurdsson não chegou à bola, quando estava em boa posição. O mesmo Townsend (58’) volta a afastar dois defesas do Benfia da bola e optou por rematar forte, que Oblak defendeu com alguma dificuldade, contrapondo o Benfica com uma arrancada individual de Sulejmani, que ganhou um canto.
Com a bola repartida por um e outro lado, o momento da “queda” do Benfica começou aos 73’, quando Chadli tirou um adversário da frente e rematou à figura de Oblak.
Quatro minutos depois (77’), o mesmo jogador faz a mesma “habilidade” e, desta vez, empata a partida, com um remate forte que bateu Oblak sem remissão, ainda que estivesse na posição de fora de jogo (visto na TV) porque a olho nu e ao vivo passou despercebida ao árbitro assistente.
Dois minutos depois, o mesmo Chadli colocou o Tottenham a ganhar, recebendo a bola de um ressalto num defesa benfiquista, e rematou sem “espinhas”.
E o 3-1 para os ingleses esteve à vista aos 81’, quando Lenon “pica” a bola para a baliza mas surgiu, oportuno, Luisão a safar o que podia ser o princípio de uma tragédia.
Quiçá pressentindo a “ameaça” dos ingleses, Jesus fez entrar Lima e Enzo Perez, por troca com Cardoso e Djuricic (que pouco fizeram até aí) mas foi ainda o Totenham que voltou a ter os 3-1 na cabeça de Chadli, com Oblak a opor-se com alguma dificuldade.
Foi preciso chegar-se aos 90+4’ (dos três que foram dados) para o Benfica chegar ao 2-2, de grande penalidade e por Lima, que foi empurrado por Sandro dentro da grande área.
Um resultado que acabou por ser justo, pese embora as maiores oportunidades tenham sido do Tottenham, com o Benfica a seguir para os quartos-de-final, cujo sorteio se efectua esta sexta-feira.
Oblak, Luisão, Sulejmani, Máxi Pereira, André Gomes e Garay estiveram muito bem, mas o melhor foi Salvio, no Benfica. Friedal, Soldado, Towsend, Sandro, Fryers e Bentaleb foram os melhores entre o maior, que foi Chadli, nos britânicos.
A equipa de árbitros eslovaca foi chefiada por Damir Skomina (muito seguro e sem falhas gritantes) acolitado pelos assistentes Bojan Ul e Gianluca Cariolato, que não tiveram problemas de qualquer espécie, deixaram jogar, apitou pouco. Como mandam as regras.
As equipas alinharam.
Benfica – Artur; Máxi Pereira, Luisão, Garay e Siqueira; Salvio, André Gomes e Ruben Amorim; Djuricic (Enzo Perez, 70’) , Cardozo (Lima, 75’) e Sulejmani (Markovic, 90+2’) .
TOTTENHAM –Friedel; Naughton, Sandro, Fryers e Rose; Sigurdsson e Bentaleb; Lenon, Chadli, Towensend (Eriksen, 75’) e Soldado (Kane, 70’) e Naughton .
Disciplina: Amarelo para Luisão (10’), Enzo Perez (90’) e Naughton (90’)