LIGA ZON/SAGRES – Sporting, 1 – F. C. Porto, 0
Com um domínio repartido entre as duas equipas, aceita-se o triunfo do Sporting no clássico este sábado realizado em Alvalade sem problemas de maior e com um fair play digno de registo, o que há muito não se via em estádios portugueses.Falamos do aplauso com que os adeptos do Sporting brindaram o guardião Helton que saiu em maca do campo, depois de ter sofrido a ruptura do tendão de Aquiles, não voltando aos relvados esta época.
Com maior predomínio no decorrer do primeiro tempo, os portistas não tiveram nem arte nem manha para obrigar Patrício a muito trabalho, a não ser em duas ocasiões, a primeira das quais (15’), defendendo um remate de Quaresma, depois de tirar do caminho da bola três defesas do Sporting.
A segunda foi (29’) quando rematou no seu característico estilo de “trivela”, levando a bola a bater na barra e sair para fora, com Patrício batido.
O Sporting, através de Jefferson e Slimani, este em especial, tiveram oportunidade de criar perigo (21’ e 26’) mas na primeira não houve ninguém para rematar e o segundo atirou ao lado da baliza de Helton.
No jogo cá e lá, a bola dividiu-se pelos dois meios campos sem que o perigo surgisse amiúde, e o intervalo chegou “empatado”.
No segundo tempo, o jogo começa com o Sporting a forçar o andamento e depois de Eric (47’) ter rematado de longe mas ao lado, de Mané ter obrigado Helton a uma boa defesa e de Slimani não ter conseguido chegar a tempo a um centro de Adrien, a verdade é que (52’) chegou o golo para o Sporting.
Numa jogada toda mexida, a bola chega a André Martins, no lado direito – em situação de fora de jogo, não assinalado – fazendo um centro largo para o lado contrário onde estava, em jogo, Slimani para marcar o primeiro golo do Sporting, cabeceando para a rede deserta e que garantiu o triunfo do Sporting..
Danilo e Abdoulaye, os centrais portistas, não estavam lá.
E dois minutos depois (54’), o próprio Slimani teve o segundo golo nos pés, mas abusou das fintas e ficou sem a bola no momento oportuno.
Aos 62’ dá-se o momento menos positivo, com a lesão de Heldon, que o obrigou em sair de maca e directamente para o hospital, para tratar de imediato do tendão de Aquiles, num acto muito aplaudido por todos os adeptos (36.692, muito pouco para um jogo desta envergadura, tendo em conta que no Benfica-Estoril estiveram 56 mil) presentes nas bancadas do Alvalade XXI.
O jogo continuou mais no meio campo, embora tendo havido mais duas oportunidades, uma para cada lado. Aos 75’ foi Fabiano que teve de sair aos pés de Slimani e no minuto seguinte foi Jackson Martinez a perder o golo depois de Patrício tido cometido uma “fífia” na pequena área.
Até final do jogo, o frisson foi caindo e aos 90+5’ Pedro Proença que actuou – com os seus pares Bertino Miranda e Tiago Trigo – positivamente, acabou a partida, com um triunfo sportinguista ante o F. C. Porto, que há muito não acontecia em Alvalade. Um resultado que se aceita bem, apesar do golo ter sido iniciado numa jogada com André Martins na situação de fora-de-jogo. A única falha (grave) que o árbitro assistente fez ensombrar a actuação do chefe de equipa.
Realce para Patrício, Jefferson, Rojo, Capel, Adrian e Cédric, com relevo maior parta Slimani e William, as estrelas em campo. No lado do Porto, referência para Helton, Jackon Martinez, Mangala, Varela, Abdoulaye, Defour e Quaresma, o “mais” na formação portista.
As equipas alinharam.
Sporting – Patrício; Cedric, Eric, Rojo e Jefferson; André Martins (Carrillo, 68’), William e Adrien; Mané (Wilson, 86’), Slimani (Montero, 73’) e Capel.
F.C.Porto – Helton (Fabiano, 60’); Danilo, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro; Defour, Fernando e Carlos Eduardo (Quintero, 58’); Quaresma, Jackson e Varela (Ghilas, 77’).
Disciplina: Amarelo para Adrien (10’), Danilo (12’), Abdoulaye (55’), Mangala (83’), Quaresma (85’), Montero (90+1’), Wilson (90+5’). Vermelho para Fernando (90+1’).