O Benfica mantém um “terror” completo sobre os mais directos adversários no campeonato, depois de mandar os canarinhos “chocar”, em duplicado, para o “ninho” para “afiar” o bico, depois da “deficiente” exibição efectuada este domingo no Estádio da Luz.Com este triunfo, os comandados de Jorge Jesus – uma vez mais em foco pela “seca” dada ao árbitro assistente manifestando o descontentamento pela actuação deste em determinada altura – continuam a “remover” tudo o que aparece pela frente no caminho pela conquista do título, agora mais facilitado por ter ganho dois pontos sobre o Sporting (passou a sete), mantendo os nove sobre o F. C. Porto.
Ante uma Luz, “sobrecarregada” com 56.730 espectadores (veja-se o “enfoque” que o Estoril proporcionou) os encarnados dominaram a maior parte do jogo e só não marcaram mais golos porque nos momentos cruciais não conseguiram – e os canarinhos também não permitiram – quer Wagner sofresse mais golos.
Estorilistas que começaram com problemas logo no primeiro minuto de jogo, quando Markovic surgiu isolado frente a Wagner, que foi obrigado a defender com alguma dificuldade para, alguns minutos depois (5’), o Benfica voltar a criar perigo e chegar ao golo com a maior das facilidades. Nico Gaitan foi lançado sobre a esquerda do ataque e, já na área, rematou para Vagner defender para canto. Da sua marcação, Gaitan – que o foi o melhor jogador em campo – fez um centro milimétrico para a cabeça do “grandalhão” Luisão cabecear para 1-0.
Como se tem visto, Gaitan continua a ser o principal “abono de família” da equipa benfiquista e voltou a ter o “motor” sempre ligado para o que fosse preciso.
A pressão benfiquista manteve-se sempre em alta e aos 18’ o resultado passou para 2-0. Siqueira avançou pela esquerda e centrou largo para dentro da área, onde surgiu um Rodrigo com o pé mesmo à medida (o esquerdo) que, sem deixar que a bola caísse no chão, fez um remate de se tirar o chapéu, com o esférico a anichar-se no fundo da baliza.
Dois minutos depois, o Benfica podia ter aumentado a vantagem mas Lima não soube dar o melhor caminho, com a baliza escancarada, a um passe de morte de Rodrigo, o que demonstrou alguma fragilidade, por desatenção ou nervosismo, da linha média e, essencialmente, defensiva dos Estoril.
Só aos 43’ o Estoril, através de Bruno Lopes, teve oportunidade de importunar Oblak mas como estava fora-de-jogo nada se passou e o intervalo chegou logo a seguir.
No segundo tempo, o técnico estorilista tentou modificar algo na equipa, que não fez nenhum remate à baliza do Benfica no tempo inicial, fazendo entrar Babanco para o lugar de Gonçalo e terá servido de condão para que, pela primeira vez, Bruno Lopes tivesse (50’) rematado para a baliza de Oblak, mas ao lado.
Aos 55’, Gaitán volta a estar em foco ao centrar largo para a bola chegar a Lima, no outro lado do campo, que surgiu só frente a Vagner e introduziu a bola na baliza. Um golo que não valeu porque o árbitro assistente assinalou fora de jogo. Ficaram grandes dúvidas mas a verdade é que Lima estava em jogo, porque veio de trás. O que valeu uma “reprimenda” longa (e despropositada) por parte de Jorge Jesus.
Com o Benfica sempre a mandar, uma nova arrancada de Rodrigo (74’) fez Vagner brilhar ao defender a bola para canto, enquanto aos 77’ foi Evandro quem, na marcação de um livre directo, levou a bola a bater em Garay (na barreira) e sair a rasar o poste. E o jogo acabou praticamente aos 84’, quando Garay se isolou a caminho da baliza mas foi barrado por Yohan Tavares, perdendo-se a oportunidade de golo.
Um triunfo merecido ante um Estoril muito “pior” do que vinha fazendo, permitindo que o Braga (que venceu o Nacional) se chegasse ao grupo dos que lutam pela Liga Europa.
Como se referiu, Gaitan voltou a ser o homem do jogo, tendo-se destacado ainda Luisão, Siqueira, Rodrigo, Lima e Garay. No Estoril, destaque para Vagner, Balboa, Evandro, Bruno Lopes, Tiago Gomes e J. Pedro Galvão.
O alentejano Paulo Batista (coadjuvado por José Braga e Valter Rufo) não teve problemas de maior mas utilizou dualidade de critérios em relação à marcação de algumas faltas, não podendo fazer nada em relação às indicações do árbitro assistente do lado dos bancos de suplentes, que geram dúvidas
As equipas alinharam.
Benfica – Oblak; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Siqueira; Markovic (Salvio, 62’), Enzo Perez (Djurici, 90+2’), Fejsa e Gaitan; Rodrigo (Ruben Amorim, 80’) e Lima.
Estoril – Vagner; Mano, Yohan Tavares, Rúben Fernandes e Tiago Gomes; Diogo Amado, Gonçalo (Babanco, 45’) e João Pedro Galvão (Gerso, 72’); Balboa (Ricardo Vaz, 72’), Bruno Lopes e Evandro.
Disciplina: Amarelo para Fejsa (8’), Evando (21’), Maxi Pereira (26’), Balboa (39’).
Artur Madeira