Este é o tema que o Comité Olímpico de Portugal definiu para o Congresso Nacional Olímpico, evento que se desenrolará na cidade da Maia, entre 3 e 4 de Março próximo.Este evento pretende – segundo o COP – criar um fórum aberto à participação de todos os interessados em contribuir para debater os aspectos mais relevantes para o futuro do desporto e do olimpismo em Portugal.
Daí que, por isso, a porta de entrada esteja aberta não só a atletas, técnicos, dirigentes e gestores desportivos, envolvidos em projectos e programas olímpicos, mas também a empresas, instituições universitárias, associações, fundações, instituições de solidariedade social e entidades administrativas e políticas interessadas em aprofundar e debater a importância do desporto e do olimpismo no desenvolvimento social e cultural do país, bem como o seu potencial económico na projecção internacional de Portugal, isto é, que toda a sociedade esteja pronta para intervir, emparceirar e apoiar um movimento – que pode ter neste evento um lastro forte e bem assente – destinado a que Portugal se mantenha no top.
Recorda-se que, nos últimos anos, os resultados obtidos pelos atletas portugueses em grandes competições tem tido menor qualidade – com as naturais excepções e conquista de uma ou outra medalha, o que confirma a regra – e que a tendência que se verifica não provoca elevado ânimo para o futuro.
As grandes figuras já passaram (Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro – só para falar dos que conquistaram o ouro olímpico – a que se acrescenta ainda Nélson Évora, que aspira a estar em pleno no Rio de Janeiro daqui a dois anos e meio) e o horizonte não nos dá grande margem de previsões.
Sabe-se que as modalidades emergentes têm vindo a superiorizar-se e a chegar ao pódio, mas a renovação tarda, o que criando hiatos e poucas certezas, referindo-se ainda o facto de, nas modalidades colectivas, Portugal “teima” em não conseguir sequer lá chegar. Outros hábitos, outras formas de encarar, outras dinâmicas e até estratégias têm que ser “afinadas”.
Estas poderão ser algumas “dicas” para o que se vai passar durante os dois dias, onde diversos especialistas irão apresentar, debater e aprofundar com os participantes alguns dos temas mais prementes da governação e da agenda estratégica do COP, como sejam a sustentabilidade do modelo de financiamento ao desporto em Portugal, a gestão dos programas olímpicos, a gestão das organizações desportivas ou a afirmação da língua portuguesa como instrumento de diplomacia desportiva.
O Parque da Ciência e Tecnologia da Maia (TECMAIA) será o palco do evento.
As inscrições ainda estão abertas junto do Comité Olímpico de Portugal.
