Sábado 21 de Setembro de 2024

A festa das … faltas e dos …golos!

Benfica-PAOK_H0P2237Não sendo um título artístico e muito menos académico, acaba por ser o que espelha a realidade do triunfo do Benfica sobre o PAOK, dado que os dois primeiros golos foram obtidos na sequência de faltas, uma que deu expulsão directa, num jogo quase sempre sem sabor.Antes disso, de registar o minuto de silencio prestado em memória de mais um monstro sagrado do futebol português e do Benfica, o capitão Mário Coluna, cujo funeral se realiza esta sexta-feira em Maputo, capital de Moçambique

Foram precisos setenta minutos para que o Benfica chegasse, num jogo pouco mais que “empastado” até aí, ao golo e, num duplo golpe, levou os gregos a ficarem com um jogador a menos, numa falta que justificava apenas o amarelo.

Depois disso, o Benfica nem precisou de “carregar” muito para chegar ao 2-0, com um golo marcado de grande penalidade e o terceiro chegou em mais uma “antologia” de Markovic, desta vez de parceria com Luisão. Em dez minutos, tudo ficou resolvido definitivamente e o Benfica estrava nos oitavos-de-final, agora com os britânicos do Tottenham.

Pelo meio, algumas “ameaçadas” pouco significativas mas que obrigaram os dois guarda-redes a empenharem-se a fundo com, por exemplo, Glykos a defender a soco um cruzamento a passar pela sua pequena área (11’); depois foi Artur a segurar bem um remate forte de Lino (12’); a situação mais grave com Artur a não se “entender” com um remate enrolado de Lucas, de muito longe, deixando escapar a bola e voltar a apanhá-la em cima da linha de golo (14’).

Mais tarde (21’) foi Salvio a rematar forte para grande defesa de Glykos e aos 33’ foi Cardozo, de livre, a rematar forte contra um defesa grego que desviou a bola e obrigou Glykos a outra grande defesa, tendo voltado a acontecer aos 39’, quando, de novo, Salvio chutou para o guardião grego voltar a defender. No resto do tempo, o jogo individual sobrepôs-se ao colectivo, os passes errados foram em demasiado número e os golos não existiram. Como que uma “pasmaceira” de ambas as equipas.

Como começou o jogo a passo, admitia-se que, no segundo tempo, os comandados de Jorge jesus entrassem a “matar” para chegar, pelo menos, ao golo da tranquilidade, porque o 1-0 da primeira eliminatória podia não ser muito seguro. E essa vantagem esteve em risco quando Artur ía metendo a bola na própria baliza (14’), situação vivida depois ao minuto 52’, quando Maduro (foi mesmo), no seguimento de um canto, rematou a rasar o poste, com Artur batido.

O que valeu ao Benfica foram as duas substituições feitas ao minuto 60’, entrando Lima e Markovic para resolver o jogo. E assim foi: os dois marcaram um golo cada. Esta foi a história da segunda parte, porque a nota artística esteve muito por baixo ao longo de toda a partida.

Numa jogada faltosa à entrada da grande área, Katsouranis comete falta que o árbitro assinalou (e bem), mas que exagerou ao expulsar o defesa grego quando o amarelo era o indicado. Chamado a cobrar o livre, Gaitán (69’), mais em jeito do que em força, fez a bola descrever um arco sobre a barreira e a bola foi entrar quase a tocar a parte interior da baliza de um Glykos perfeitamente especado, porque nem viu a bola partir nem a voar por cima das cabeças todas que estavam na sua frente.

Se com onze ainda conseguiu ombrear (em asneiras e pouca criatividade e arte) com o Benfica, com dez a situação piorou dez minutos depois, quando Maduro levou a mão à bola dentro da sua área e surgiu a grande penalidade, justa. E aqui nem sequer foi mostrado cartão nenhum.

Chamado a marcar, Lima não perdoou e anichou a bola na baliza com a maior das facilidades.

E no minuto seguinte (80’), Markovic, lançado por Luisão, surgiu sozinho frente a Glykos e, mesmo falhando o remate, a bola foi para dentro da baliza com um Glykos em perfeita queda e fora do caminho da bola.

A fechar a contenda (88’) Maxi Pereira ainda tentou chegar ao 4-0 mas a que oi guardião grego se opôs com grande vitalidade e empenho, defendendo o remate.

Um triunfo justo mas com um resultado algo enganador, porque o Benfica não justificou tamanha diferença em campo.

No Benfica, saliência para Artur, Luisão, Gaitan, Maxi Pereira, Markovic, André Gomes e Lima, enquanto se destacaram nos forasteiros o guardião (o melhor em campo) Glykos, Maduro (para o bem e para o mal), Lino, Lucas, Katsouranis, Stoch e Athanasiadis.

A equipa de árbitros polaca foi chefiada por Szymon Marciniak, acolitado pelos assistentes Pawel Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz, que não tiveram problemas de qualquer espécie, deixaram jogar, apitou pouco. Como mandam as regras. Engraçado foi que nenhum jogador levan rtou os braços e refilou quando da marcação de uma ou outra falta. Devem ter sido bem industriados antes do jogo se iniciar…para se portarem bem.

As equipas alinharam.

Benfica – Artur; Máxi Pereira, Luisão, Garay e Silvio; André Gomes, Rubem Amorim e Gaitán; Salvio (Markovic, 59’), Cardozo (Lima, 59’) e Djuricic (Rodrigo, 78’).

PAOK – Glykos; Kitsiou, Insaurralde, Katsouranis e Lino; Lazar, Maduro e Kace; Lucas (Vukic, 73’), Athanasiadis e Oliseh (Stoch, 45’, que foi substituído por Ninis, 82’)).

Disciplina: Vermelho para Katsouranis (69’); amarelos para Kitsiou (39’) e Sílvio (75’)

Artur Madeira

 

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