TAÇA DA LIGA –Sporting, 3 – Marítimo, 0
Se bem que se possa afirmar que os 3-0 são exagerados em relação às oportunidades criadas pelas duas equipas, a verdade é que o Sporting aproveitou tudo, começando pelo jovem estreante Carlos Mané, que abriu o activo com um golo de belo efeito.
Antes disso (12′), já Mané tinha obrigado Wellington a uma excelente defesa, guarda-redes que voltou a brilhar ao desviar um centro-remate de Jefferson (12′), no que foram os “toques” principais para a chegada ao golo, quando decorria o minuto 18.
Ao estilo “brinca-na-areia” (porque foi um miúdo que “dançou” muito bem, como se tivesse uma “pena” mão), Mané aproveitou um ressalto de bola junto da grande área para fazer um remate em jeito, com um efeito “felino”, que levou a bola a entrar junto ao ângulo superior da baliza mais longínquo, no que foi o golo da noite.
Mantendo-se um ritmo vivo por parte de ambas as equipas, Heldon obrigou Marcelo, por duas vezes seguidas, a “safar” o golo certo, defendendo muito bem, seguindo-se a “bronca” da noite, com o árbitro algarvio (Nuno Almeida), a transformar uma grande penalidade num livre e ainda mostrando um amarelo a Nuno Rocha, que foi empurrado dentro da área. A “mania” de privilegiar os defesas dá nisto.
Se tivesse assinalado a grande penalidade e alcançado o empate – o Marítimo também o merecia pelo que tinha feito até aí – por certo que a segunda parte poderia ter outro tipo de desenvolvimentos. Talvez o árbitro vá pedir desculpa a Pedro Martins por não o ter assinalado, tal como Proença fez em relação ao Sporting, a quem pediu desculpa pelo amarelo mostrado “inadvertidamente “a um jogador do Sporting. Árbitros e …, se bem que o 1-0 também se ajustava ao desenrolar do jogo.
Minutos depois (32′), Mané foge pela esquerda do ataque e centra para trás, onde surgiu Slimani com pouca pujança e a permitir a antecipação da defesa maritimista. Até ao intervalo os registos verificados não tiveram quaisquer efeitos.
O segundo tempo começa, praticamente, com o 2-0 e a partir daí poucas esperanças havia para o Marítimo tentar fosse o que fosse. Numa arrancada de Capel pela direita, perto da grande área centra para o lado contrário onde surge um Vitor perfeitamente à-vontade a rematar para dentro da baliza, porque “toda a gente” ainda “estava” do outro lado. Decorria o minuto 49.
Aos 55′ soube-se que estavam em Alvalade 11.321 espectadores (só abriu a bancada central Poente A e a destinada às claques sportinguistas), altura em que Weeks obrigou Marcelo a outra boa defesa, com Gegé (64′) a tentar a sua sorte de cabeça mas a mandá-la a rasar o poste.
Com o 2-0, o ritmo baixou um pouco, registou-se (74′) um empate em cantos (6 para cada lado), mas o Sporting, aproveitando a marcação de um pontapé de canto, por Jefferson, chegou ao 3-0 (83′) através de uma excelente cabeçada de Rojo que, vindo de trás, entrou de rompante e levou a bola até ao fundo da baliza de Wellington.
Com uma equipa bem “arrumadinha”, ao Marítimo faltou um pouco de felicidade, que esteve do lado do Sporting, que venceu justamente mas por um resultado dilatado de mais.
Quanto ao árbitro já se disse quase tudo (os assistentes – Nuno Vicente e Luís Ramos – passaram quase despercebidos) mas também teve dualidade de critério em relação a outros amarelos mostrados, ausente de apito em jogadas que mereciam registo e não o fez, em especial a favor do Marítimo.
Marcelo, Rojo, Vítor Silva, William, Eric e Carlos Mané, o melhor jogador leonino em campo, enquanto nos madeirenses os melhores foram Wellington, Heldon, Danilo Pereira, Danilo Dias, Derley e Gégé
As equipas alinharam:
Sporting – Marcelo; Cédric, Eric, Rojo e Jefferson; William, Vítor Silva e Adrien (Gerson Margão, 72′); Capel (Carrillo, 66′), Slimani e Carlos Mané (Salomão, 82′).
Marítimo – Wellington; João Diogo, Igor, Gegé e Briguel; Danilo Dias, Danilo Pereira e Weeks (R. Brigido, 68′); Heldon (Artur, 82′), Derley (Fidelis, 85′) e Nuno Rocha.
Disciplina: amarelo para Nuno Rocha (29′), Rojo (38′), Adrien (50′),Danilo Pereira (53′) e William (60′)