Benfica, 2 – F. C. Porto, 0
Jogando mais e melhor, aproveitando ainda um “oportuno” deslize de Soares Dias, o Benfica venceu um F. C. Porto apático em termos colectivos e subiu ao comando da I Liga, no fechar da primeira volta, no que foi uma bela festa de homenagem ao grande desportista que foi Eusébio da Silva Ferreira.
Apesar de ter dado o pontapé de saída, o Porto viu o Benfica começar a instalar-se no seu meio campo lodo de seguida, com Makovic a “assustar” Helton tendo este chegado a tempo, se bem que Lucho, aos 2′, fez o primeiro remate do encontro para Oblak defender sem perigo.
Aos 10′, uma “fífia” de Helton – ao não soltar a bola mais rápido e fora do alcance dos adversários – podia ter dado aso a grande perigo para a sua baliza mas o Benfica não teve tempo de poder aproveitar a “balda”, mas foi o sinal de que um golo estaria eminente.
Passaram apenas dois minutos para que o Benfica abrisse o activo, num excelente e rápido arranque por parte de Markovic, que lançou Rodrigo em grande velocidade e isolado, que conseguiu rematar forte e fazer entrar a bola na baliza de Helton pelo buraco da “agulha”.
Feito o 1-0, o Benfica pressionou ainda mais para chegar ao segundo golo, mantendo o domínio sobre um Porto que falhou imensos passes, normalmente direccionados para um Jackson que raramente esteve no sítio certo, a não ser em cima dos 45 minutos quando, de baliza aberta, atirou ao lado.
No segundo tempo, o Porto tentou a sorte quando, aos 48′, na marcação de um livre sobre a direita do seu ataque, Carlos Eduardo atirou à figura de Oblak, que continuava sem ter muito trabalho.
Logo de seguida, Rodrigo volta a surgir, isolado por Markovic, na grande área do Benfica, mas rematou de forma a proporcionar uma excelente defesa, para canto, a Helton. Chamado a marcar este castigo, Enzo Perez fez o centro com conta, peso e medida, para a cabeça de Garay que, vindo de trás e saltando mais que toda a defesa, incluindo Helton, anichou a bola das balizas portistas pela segunda vez (52′) pairando no ar a sensação de que o Porto não conseguiria dar a vota ao resultado.
O jogo “aqueceu” com os cinco amarelos que Soares Dias distribuiu aos essencialmente aos jogadores do Porto (quatro), o que começou a condicionar a formação portista, já sei falha de ideias e de força anímica.
Aos 55′,Varela “agride” Maxi Pereira e apenas vê amarelo e logo de seguida Rodrigo – aproveitando algum desnorte dos portistas – volta a criar perigo num rápido contra-ataque benfiquista, mas rematou por cima da barra, numa altura em que se soube que 62.508 (enchente) foram os espectadores presentes no Estádio da Luz.
Aos 74′ a “bronca” do fim-de-tarde/noite. Danilo isola-se na área benfiquista, é travado por Garay e espalha-se ao comprido. Mal colocado (como noutras vezes), Soares Dias assinala falta contra o próprio jogador (por simulação), mostrou-lhe o segundo amarelo e foi expulso. Uma visão “estreita” do árbitro (também mal acompanhado pelos seus assistentes) penalizou o Porto em duas situações: não marcou a grande penalidade e os portistas ficaram com menos um jogador, com 15 minutos ainda para jogar.
Daí e até final, o Benfica manteve o domínio do jogo, aproveitando os dois golos de vantagem e a fraca resposta portista, voltando ao topo da classificação, à frente do Sporting (empatou no Estoril) e do F. C. Porto, todos separados por um ponto.
No Benfica, onde os heróis foram Rodrigo e Garay, Luisão, Gaitan, Maxi Pereira, Matic e Markovic também estiveram bem, enquanto no Porto os melhores foram Lucho, Licá, Carlos Eduardo, Fernando e Mangala.
Quanto à arbitragem, Soares Dias (Porto) foi penalizado (ou deverá ser) pela não marcação da grande penalidade (o seu maior pecado) e também por não estar atento a algumas jogadas para decidir (bem) as inércias dos seus assistentes Rui Licínio e João Silva quanto às bolas fora.
As equipas alinharam.
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay (Jardel, 82′) e Siqueira; Enzo Perez, Matic e Gaitán; Markovic, Lima e Rodrigo (Ruben Amorim, 86′).
F. C. Porto – Heldon; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Lucho (Josué, 69′), Carlos Eduardo e Fernando; Varela, Jackson Martinez e Licá (Quaresma, 55′).
Disciplina: Amarelo para Varela (55′), Jackson Martinez e Quaresma (57′), Danilo e Nico Gaitan (58′), Lucho (67′), Fernando (88′) e Enzo Perez (90+3′). Vermelho (duplo amarelo) a Danilo (74′).