O título diz quase tudo. O clube da águia dominou por completo, beneficiou de “desastres” dos “pintainhos” que como que ofereceram os três primeiros golos e a partir daí tudo foi fácil para um Benfica mexido, atacante e goleador.
Tentando jogar de igual para “igual”, o Gil pensou que podia criar perigo sem descurar a defesa mas falhou por completo. Perigo jhunto da +área do Benfica não se viu e a sua defesa, embora sem chover, “meteu” água suficiente para o afundanço começar mais cedo do que seria previsto.
Com um golo logo aos 2′, o Benfica ficou, com naturalidade por “cima” e daí para a frente teve sempre a cabeça fresca, quiçá com a humidade que surgia da escorregadia relva.
Subindo pela esquerda, onde joga normalmente, Gaitán chegou-se quase à linha final e centrou para um descontraído Rodrigo cabecear para o fundo da baliza, ante a passividade da defesa e o “golpe de vista” de Caleb, que nem se mexeu.
Embora com o terreno escorregadia, a bola girava bem entre os elementos do Benfica e Markovic (8′) atirou fraco para mãos do mesmo Cabel, enquanto Luisão (12′), em queda (por escorregadela) chutou por cima da barra.
Aos 15′ chega o 2-0. Depois de a bola viajar de Rodrigo para Markovic, este aproveitou a saída em falso de Caleb e rematou para a baliza deserta. Com este segundo golo como que “oferecido” pela defesa gilista, o Benfica como que iniciou a caminhada para uma goleada.
Aos 27′, Lima ruma para a baliza adversária e remata fortemente, fazendo a bola passar por toda a defesa e saindo a rasar o poste oposto.
Mas cinco minutos depois o Benfica chegou ao 3-0. De novo Gaitán subiu pela esquerda, Caleb hesitou em ir ao seu encontro mas ficou a meio caminho – os defesas não estavam lá – e o médio atacante centrou para, de novo, Rodrigo fazer o gosto ao pé. Tudo facilitado na rectaguarda gilista. Para Rodrigo, dois remates, dois golos, cem por cento eficiente.
Daí e até ao intervalo nada de novidades.
No segundo tempo, a toada foi mais morna, num jogo mais a meio campo, mais lateralizado por parte do Gil e menos ofensivo pelo lado do Benfica, formação que nunca deixou de atacar e de … marcar. Aos 56′, Maxi Pereira entra na área e choca com Caleb, tendo o árbitro assinalado grande penalidade, o que deixou algumas dúvidas do ponto de vista técnico mas que ninguém protestou.
Chamado a converter penalidade máxima, Lima não se fez rogado e chegou ao 4-0 sem dificuldade, ante um Gil inofensivo, inócuo, sem estratégia, ante a “abertura” bem larga para que os jogadores do Benfica chegassem ao golo sem grande esforço.
De registo maior o facto de Lima ter estado à beira de marcar aos 75′, que não conseguiu pelo facto de ter pela frente Caleb que, instintivamente, defendeu para canto, do qual nada resultou.
Até aos 90 minutos mais nada de interessante, o que só se verificou aos 90+2′ quando Lima fez o seu segundo golo e o quinto do Benfica.
Djuricic passou a bola a Máxi Pereura que fez o centro opara Lima, na pequena área, fazer o golo na cara de Caleb. Guarda-redes infeliz, apesar de ainda ter feito duas ou três defesas de bom recorte técnico. Um 5-0 que terá pecado por exagero mas que confirmou a maior dinâmica atacante do Benfica e uma defesa sem “nexo” do Gil, que foi eliminado, tal como aconteceu no F.C.Porto-Atlético, com os portistas a “dar” seis aos alcantarenses.
No Benfica, saliência para Luisão, Gaitan, Maxi Pereira, Rodrigo e Lima, enquanto no Gil, Avto, Brito, Leandro Pimenta e João Vilela foram os melhores.
A equipa do Algarve, chefiada por Nuno Almeida (com Nuno Vicente e Luís Ramos, bem nos foras de jogo) não teve influência no resultado, mas o chefe, altivo, “deu” seis amarelos, que não se justificavam na sua plenitude. Num máximo dois. O propalado profissionalismo tem destas coisas: saber ou não saber interpretar.
As equipas alinharam.
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Siqueira; Enzo Perez (Ruben Amorim, 61′), Matic (Fejsa, 73′) e Gaitán; Lima, Markovic e Rodrigo (Djuricic, 54′).
Gil Vicente – Caleb; Gabriel, Halisson, Danielson e Vítor Vinha; João Vilela, César Peixoto e Leandro Pimenta (Luan, 69′); Diogo Viana (Paulinho, 69′), Brito (Vítor Gonçalves, 77′) e Avto.
Disciplina: Amarelos para Leandro Pimenta (5′), Halisson (11′), Gabriel (49′), Caleb (56′), Paulinho (59′), Danielson (86′).
Artur Madeira