Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Para ganhar é … preciso golos!

SCPVSFCP 4486 siteTAÇA DA LIGA – Sporting, 0 – F.C.Porto, 0

O primeiro facto real é que, não houve golos. Foi mais um nulo embora com equipas diferentes das habituais, numa reunião em que apenas 21.505 espectadores foram contabilizados, muito pouco para este derby norte-sul.

A desculpa, ao que parece, é porque a Taça da Liga não tem o impacte que uma I Liga mas, mesmo assim, a moldura deveria ser muito melhor, não seja, quiçá, também o facto de mihares de pessoas terem decidido passar férias nesta altura.
O jogo iniciou-se com vivacidade de parte a parte, sem grandes lances de perigo, surgindo o primeiro apenas aos sete minutos quando Ghilas corresponde bem a uma solicitação de Herrera, surgiu frente a Marcelo mas rematou para as nuvens.
Aos 14′ Slimani, em disputa da bola com Carlos Eduardo, cai na área portista mas não houve falta e o árbitro nada marcou e bem.
Aos 26′ o Sporting criou nova oportunidade, com Adrien a “roubar” a bola a Herrera, distraído, e lançar Wilson, que rematou com pouca força e à figura de Fabiano. No contra-ataque, André Martins centrou largo mas Slimani surgiu com alguns segundos de atraso e só conseguiu cabecear por cima da barra, já em desequilíbrio.
O ataque sportinguista continua muito mexido mas a produtividade é anulada pela defesa portista, tendo Slimani tido outra oportunidade (37′) quando, a centro der Jefferson, rematou à figura de Fabiano, para Herrera, três minutos depois, tentar aproveitar o adiantamento de Marcelo, o que não conseguiu porque a bola subiu demais e passou por cima da barra.
No segundo tempo, o Porto surgiu um pouco mais afoito mas foi o Sporting, por Capel (55′), a centro de Cédric, cabecear a bola à figura do guardião portista.
Como Slimani não estava a corresponder à táctica delineada, foi substituído por Montero (63′) e logo a seguir foi Carrillo a entrar para a saída de Capel, com Montero a poder ter marcado – dois bons remates, aos 73′, foram defendidos por Fabiano – assim como Eric também teve o golo nos pés mas o guardião portista foi o herói da noite. Enquanto isso, Jefferson era o único a marcar pontapés de canto e livres, o que não ajuda porquanto a forma de o fazer é sempre a mesma. Havendo rotina, não há efeito diverso, como se deve utilizar.
Aos 80 minutos, Vítor Silva surgiu isolado frente a Fabiano e rematou à figura, isto enquanto junto do banco portista se desenvolveu um desacato entre um apanha-bolas e um membro directivo do Porto, que podia ter dado aso a problemas, situação que parece ter passado ao lado quer do árbitro quer do árbitro assistente do lado da tribuna.
Em cima dos 90′ foi ainda Vítor Silva a criar perigo mas o remate levou a bola a rasar o poste. Mais quatro minutos se jogaram, sem que se verificasse algo de especial (o golo),terminando com um nulo que se justifica, apesar de uma certa vantagem do Sporting, que não aproveitou.
Fabiano, o guarda-redes do Porto foi o homem do jogo, bem acompanhado pelos seus colegas Maicon, Ghilas, Varela, Mangala e Fernando, enquanto no Sporting Jefferson, Rojo, André Martins, Capel, William, Wilson e Montero foram os mais cotados.
Bem se pode dizer que foi um jogo com pouco sal e muito menos pimenta, a não ser na expulsão (imerecida) de Carlos Eduardo (84′), isto porque o primeiro amarelo foi incorrectamente atribuído por Olegário Benquerença, dado que a falta tinha sido cometida por Danilo. Falta de atenção e, em especial concentração do árbitro, o que não é admissível. Mas também foi este o “pecado” maior cometido por Benquerença.
Os seus assistentes estiveram bem, em especial Pedro Neves (bancada contrária tribuna de honra), em especial na marcação dos foras de jogo.
As equipas alinharam:
Sporting – Marcelo; Cédric, Eric, Rojo e Jefferson; André Martins (Vítor Silva, 76′), William e Adrien; Wilson, Slimani (Montero, 63′) e Capel (Carrillo, 63′).
F.C.Porto – Fabiano; Danilo, Maicon, Mangala e Sandro; Fernando (Defour, 63′), Carlos Eduardo e Herrera (Lucho, 58′); Varela, Ghilas (Jackson Martinez, 76′) e Licá.
Disciplina: amarelo para Carlos Eduardo (28 e 84′, quando foi expulso), Adrien (53′), William (62′), Carrillo (79′), Varela (81′) e Cédric (90+3′).

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