No dia de protesto, “Não à Prova”, organizado pela Fenprof, a polícia de choque foi chamada à Escola Emídio Navarro, em Almada.
Esta presença das forças policiais foi solicitada pela Escola, mas o director António Neves (candidato pelo PSD à CM Almada) não prestou declarações aos jornalistas no local sobre a situação.
Toda a situação desenrolou-se após a tentativa de entrada na escola, por parte de um grupo de professoras da Emídio Navarro que estavam no exterior a manifestar-se contra a realização da prova. Ao ser “barrada” a sua entrada por encerramento das portas por ordem do director, os professores manifestaram o seu desagrado por não poderem entrar na sua escola, batendo com as mãos nas portas (já com alguma idade) e acidentalmente quebrou-se alguns vidros. Facto que foi o despoletar da chamada da policia ao local. As autoridades presentes pediram reforço perante o facto de estarem muitos professores junto às portas de acesso ao edifício e perante o facto de a escola fazer pressão para que a situação fosse resolvida foi chamada a presença de elementos da policia de intervenção.
Elementos dos sindicatos presentes relataram à Central Noticias, que achavam estranho o comportamento da escola, por um lado por ser sido caso único na região de Setúbal, mas por outro não, pois referenciaram sempre que o actual director da escola ser o “eterno” candidato do PSD à CM Almada, e estar numa posição de força contra os outros professores da escola. Foi relatado que alguns professores foram impedidos de sair das salas, foi levantado problemas no final da prova quando alguns professores quiseram fazer reclamação no livro apropriado e foram impedidos de o fazer, além de limitações de circulação dentro da própria escola com encerramento de zonas de acesso livre.
No final, com os “ânimos” mais apaziguados e com o abandono das todas as forças policiais do interior e exterior da escola foi possível fazer um balanço de uma prova que para alguns professores era uma “charada”, “um vexame”, sem “conteúdo” lectivo ou pedagógico, e não existir fundamento prático na realização de uma prova deste teor. Nota de realçar que esta prova de teor “confidencial” foi disponibilizado na “rede global” internet num primeiro momento pelas 10h42, e a sua versão em papel ainda passavam alguns minutos depois das 11h.
A iniciativa dos manifestantes mostrou, segundo a mesma fonte, “muita agressividade”, já que partiram todos os vidros da frente da escola.
No balanço que fez em Lisboa, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, disse que 95 por cento dos professores aderiam à greve de vigilância da prova de avaliação para os professores aos contratados com menos de cinco anos de serviço. Perante os factos decorridos para Mário Nogueira, o Ministro da Educação, Nuno Crato, “não tem condições para continuar”, e . os professores vão continuar a lutar contra um exame que é vexame para a profissão.
O Ministério da Educação através do secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, denunciou esta e outras situações não muito abonatórias dos professores e aproveitou para anunciar que vai ser marcada uma nova data para a realização da prova de avaliação dos professores.