Em entrevista exclusiva à CN à margem de mais uma reunião com professores na Escola António Gedeão em Almada, na preparação para a “luta” de dia 18, Mário Nogueira falou sobre a situação actual dos professores.
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{jathumbnail off}O secretário-geral da Federação Nacional de Professores FENPROF, Mário Nogueira, na entrevista exclusiva esta quarta feira à CN considerou , que existe uma reacção positiva por parte dos professores ao movimento de contestação à prova de avaliação, no dia 18 de Dezembro e que “os colegas já perceberam que não é uma questão de estar solidário, é uma questão da profissão”, e esta mensagem que os professores estão a transmitir e demonstrar em diversas escolas que Mário Nogueira esteve.
“As pessoas estão muito conscientes que esta prova para além de atentar aquilo que é a própria profissão …não passa, de mais uma forma encapotada de reduzir ainda mais o número de professores que leccionam no sector publico”. A prova não se aplica ao sector privado.
O entendimento que existiu entre o Ministério da Educação e estrutura sindical da UGT, que poderia ser encarado como uma forma de dividir os professores, é no entanto vista pelo Secretário Geral da Fenprof de forma diferente “este entendimento veio até criar indignação em muitos professores, foi por isso que a manifestação organizada para junto da AR, duplicou o número de inscritos quer na zona norte, no centro, no Alentejo e no Algarve, nos autocarros que vieram a Lisboa, e neles muitos que ali estavam, estavam isentos de fazer a prova”, para o sindicalista é um sinal claro, para alguém pensou ganhar com a situação, pois “engane-se, ficou mal na fotografia”.
“Quem está nos sindicatos, está para servir, neste caso defender os interesses dos professores, estamos aqui para prestar um serviço”, o que no entender de Mário Nogueira “aquilo que foi feito por quem chegou , enfim, a este acordo…deu como moeda de troca para dispensar alguns milhares da prova, outros milhares, que são entregues como sacrificados para o Ministério da Educação conseguir sem perturbação impor esta prova”, acrescentou ainda “não podemos ter uns professores que são mais professores que outros, e outros que são menos, servem de moeda de troca”.
Para FENPROF não está em causa a avaliação, pois os professores são avaliados desde o inicio da sua longa caminhada até leccionarem, “então os contratados até são avaliados anualmente…”, Mário Nogueira disse que a questão é ” se o ME, tem dúvidas da qualidade da formação dos professores, e das instituições que o fazem, só terá de fiscalizar e avaliar e inspeccionar,são e obriga-las onde fosse o caso a a alterar” , perante este quadro o secretário geral da Fenprof, que o que a organização sindical sabe é que “essas instituições, são instituições cujos programas de formação e curriculum esta acreditada pelo ME e recebem apoios do ME é são reconhecidas pelo ME…” mas quando os jovens terminam o curso ” ME diz que aquilo não prestava para nada, e agora vais provar aqui em duas horas que podes ser professor”.
Questionado se seria o ME a precisar de avaliação, com “delicadeza” , Mário Nogueira disse “acho que já nem precisa, aquilo é tão mau, que está aos olhos de todos que só pondo-os a andar. Para um ensino com sucesso, a constante alteração do regime e programas e normas que regem os agentes educativos é apontado por Mário Nogueira como o primeiro passo para o insucesso escolar e “a pesar das lutas e reivindicações, o ultimo relatório conhecido prova que os professores portugueses são profissionais capazes e competentes”.