O triunfo do Benfica sobre o PSG acaba por ser normal, se bem que só começaram a dar a volta por cima depois de terem sofrido o golo dos franceses, que souberam explorar muito bem a retenção da bola, obrigando os jogadores benfiquistas a andar de um lado para o outro.
Depois da primeira arrancada, com Lima, logo aos 5′, rematou forte e colocou a bola no caminho do golo, que só não foi real porque Sirigu se esticou para fazer uma defesa magistral para canto, situação que se repetiu dois minutos depois, desta vez com Sílvio a obrigar o guardião francês a defender a soco e afastar o perigo da sua área.
Na resposta, foi Menez a obrigar a Artur a defender bem, quando os franceses entraram mais em congelamento de bola, sem perder o tipo pelo contra-ataque, o que ia dando golo (25′) quando Cavani se atrapalha com a bola e perdeu um golo quase certo, altura em que o PSG começou a jogar mais aberto e a obrigar o Benfica a ter mais cautelas.
Isto depois de Gaitan (26′) ter falhado um golo por milímetros, já que rematou e viu a bola passar bem junto ao poste mais longe, mas ao lado.
Aos 28′ reclamou-se grande penalidade contra o PSG mas a verdade é que, segundo nos pareceu, o defesa tinha os braços em baixo e foi na bola a bater neles e não o contrário, pelo menos a ter em conta a decisão tomada pelo árbitro, que deixou seguir.
O PSG sacudiu um pouco a pressão junto da sua baliza e tentou ir à procura do golo do empate para “escapar” a uma eventual “descida” à Liga Europa, e a verdade é que conseguiu isso em dois minutos. Primeiro foi Menez a obrigar Artur a uma boa defesa e depois foi Cavani que, acorrendo a um passe da direita e, quase em cima da linha de baliza de Artur, não fez mais (37′) do que empurrar a bola para dentro, acabando por abrir o activo, gorando a expectatiiva dos benfiquistas.
O PSG, pese embora Lucas (41′) tivesse obrigado Artur a grande defesa, logo a seguir surgiu o caso do jogo. O defesa Traoré terá cabeceado Silvio, quando nos pareceu um cabeça-cabeça normal numa bola disputada no ar, que o árbitro entendeu (e ninguém protestou) determinar a grande penalidade contra o PSG, decorria o minuto 44′. Chamado a marcar, Lima rematou forte e sem defesa para Sirigu.
Mais dois minutos jogados sem nada de especial e o intervalo chegou com o (1-1), curiosamente o que também se verificava no Olympique-Anderlecht, jogo decisivo também para apurar as duas equipas para a fase seguinte.
No segundo tempo e apesar do PSG refrescar a equipa, com dois elementos, antes do Benfica fazer qualquer substituição, a verdade é que foi o Benfica a ser o mais “mandão” – à moda do baile mandado – com Lima a rumar muito bem para a baliza por várias vezes embora sem marcar.
Na altura que se soube de que o Olympiacos chegou ao 2-1, na Luz o Benfica chegou igualmente ao 2-1, num golo mercado por Gaitan (58′), colocando os encarnados a vencer pela primeira vez. O Benfica tornou-se mais rápido à procura de aumentar a vantagem para o Anderlecht.
No entanto, os franceses não se esquecer de que ainda podia haver um volte face e Lavezzi, por duas vezes, teve o golo do empate nos pés.
Primeiro, aos 68′, falhou por milímetros o golo ao atirar a bola a poucos milímetros da baliza e, depois aos 74′, chutou para as nuvens.
A partir daí, nada de especial até final do jogo, que ainda teve três minutos a mais.
Enquanto o Olympique conseguiu chegar ao 3-1, a verdade é que os pupilos de Jorge Jesus não conseguiram manter-se na Champion Leagues”, passando à Taça da Europa.
No Benfica, saliência para Artur, Luisão, Gaitan, Silvio, Garay, Maxi Pereira e Lima, enquanto se destacaram nos forasteiros o guardião Sirigu , Camara, Ménez, Cavani, Rabiot e Pastore.
Com um ou outro erro que não desvirtuou o resultado final a equipa britânica de árbitros foi chefiada por Mark Clattenburg, acolitado pelos assistentes Simon Beck e Stephen Child,
as equipas alinharam.
Benfica – Artur; Máxi Pereira, Luisão, Garay e Silvio; Enzo Perez (André Gomes, 80′), Feijsa, Matic e Gaitán (Sulejmani, 76′); Markovic (Ivan Cavaleiro, aos 68′) e Lima.
Paris Saint German – Sirigu; Traoré, Marquinhos, Camara e Digne; Thiago Motta (Matuidi, aos 60′) e Rabiot; Lucas, Pastore e Ménez; Cavani (Lavezzi), aos 60′).
Disciplina: Amarelo para Maxi Pereira (30′), Artur (70′), Sílvio (87), Ménez (74′), Thiago Mota (50′) e Rabiot (25).
Artur Madeira