Pode dizer que a crónica do jogo Benfica-Braga, realizado há quinze dias, quase serve para a partida em que o Arouca foi ao Estádio da Luz, esta sexta-feira (que não era 13) arrancar um moralizador empate, mais a mais a duas bolas.
A propósito da partida com os bracarenses, referimos que o Benfica não jogou para ganhar mas ganhou devido a uma infantilidade do bracarense Mauro, que deixou que Matic lhe roubasse a bola e fizesse o golo solitário do triunfo encarnado.
Após o apito inicial do “portista” Rui Costa, o Benfica tentou começar a decidir o resultado nos primeiros minutos. Assim foi porque, logo aos três minutos, centrou para Lima rematar de cabeça mas a bola passou muito ao lado da baliza (escancarada) de Cássio, porque o atacante benfiquista não calculou bem o desvio que devia fazer.
Aos 10′, na marcação de um livre frontal, atirou ao lado da baliza, e sete minutos depois os visitantes abriram o activo, com um golo de David Simão, na marcação de um livre descaído sobre a esquerda de Artur. Sem barreira formada, Simão teve a arte de bater a bola com o pé esquerdo e, com muito efeito, o que levou a bola ao canto mais longe da baliza encarnada.
O Benfica tentou reagir de imediato e Gaitan (25′), Rodrigo (30′), Lima (31′) e Lima (34′) tiveram oportunidades para marcar mas tudo foi negado pelo guardião do Arouca, Cássio. Tendo mais posse de bola, nem mesmo assim o Benfica jogou para anular o 0-1, por força do maior número de situações de perigo criadas mas que não deram resultado.
Bruno Cortez, que voltou à equipa, e alguns dos seus pares “entretinham-se” a passar a bola de uns para os outros sem que a bola tivesse ganho muitos metros na direcção da baliza contrária.
Para chegar ao empate, valeu ao Benfica, uma vez mais, uma arrancada rápida por parte de Maxi Pereira que, rasteiro, meteu a bola na pequena área do Arouca com a devida direcção e Rodrigo, no sítio certo, fez o empate aos 40′.
Mas o Benfica voltou a sofrer outro “calafrio” logo depois do empate. É que, depois de uma falha na defensiva benfiquista, Roberto saca a bola a Luisão e ficou isolado frente a Artur, a quem tentou fazer um chapéu mas que o guardião defendeu.
Fechado o primeiro tempo, a segunda parte começou por apresentar um Benfica mais esclarecido, menos toque na bola e pressionou a baliza à guarda de Artur.
Mas o segundo golo dos visitantes, mais ou menos em contra-mão, mas com toda a celeridade por parte de Serginho que, tendo entrado em jogo aos 60′, veio abrir a porta da felicidade (conquistar três pontos).
Meio “atrofiados” e sem para pensar, os jogadores do Benfica bem rematavam contra a baliza de Cássio mas este, muito seguro, a resolver as situações mais difíceis.
E foi preciso uma grande penalidade (83′) para que o Benfica chegasse ao empate, com Lima a marcar como ele sabe.
Depois disto, só um remate ao poste por parte de Ivan ou uma cabeçada de Luisão a falhar a baliza, criaram algum “frenesim”, terminando a partida com mais quatro minutos, sem que o empate fosse resolvido para uma das partes.
Mais um “castigo” para a inépcia/inércia dos seus jogadores, coim um mau ensaio para o jogo com os franceses do PSG na terça-feira, para a Taça dos Campeões Euriopeus.
No Benfica, saliência para Artur, Luisão, Gaitan, Silvio e Garay destacaram-se, onde o melhor foi Matic.
No Arouca, Cássio defendeu quase tudo o que podia, destacando-se ainda David Simão, Serginho, Roberto, Bruno Amaro e Nuno Coelho.
A equipa do Porto, chefiada por Rui Costa e completada pelos assistentes Bruno Rodrigues e Miguel Aguilar, estiveram em bom plano, se bem que Rui Costa apitou demasiadas vezes. Foi um desatino…
As equipas alinharam.
Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Bruno Cortez (Sulejmani, 45′); Markovic (Funes Mori, 62′), Fejsa (Ivan Cavaleiro, 85′) e Enzo Perez; Rodrigo, Lima e Gaitan.
Arouca – Cássio; Balliu, Michael Figueiredo (Soares, 8′), Diego e Tinoco; Bruno Amaro, Nuno Coelho e David Simão; Carlos Sousa (André Claro, 78′), Roberto e Caballos (Serginho, 60′).
Disciplina: Amarelo para Maxi Pereira (60′), Serginho (79′), Cássio (87′) e Tinoco (90+4′)
Artur Madeira
