LIGA ZON/SAGRES – Benfica, 1 – Braga, 0
O Benfica não jogou para ganhar, mas ganhou, porque marcou um golo numa infantilidade de Mauro. O Braga jogou para ganhar (duas bolas na trave e uma defesa salvadora de Artur) mas nem sequer empatou. Triste sorte!
Parece não haver dúvidas que o Braga dominou quase sempre. Fez quase tudo o que queria da bola ante uma passividade incrível dos jogadores do Benfica que, só a espaços, conseguiam chegar à baliza de Eduardo mas com pouco perigo, porquanto o guardião dos minhotos apenas defendeu dois remates a sério e o terceiro entrou, face ao desplante de Mauro, como se referiu.
O jogo começou praticamente com a bola à bater na trave (13′), ainda que depois de um pequeno e oportuno desvio de Artur, depois dos primeiros minutos em que o Benfica quase nem tentou perceber que estava em jogar em casa e para ganhar.
Dois minutos depois, Gaitan – sempre e quase só a marcar cantos e livres – chutou contra a barreira e depois de Lima estar em isolada mas em fora de jogo (não assinalado), mas a bola chegou a Eduardo sem problemas.
Só aos 25′ é que o Braga, que dominou e foi mais perigoso nos contra-ataques, conseguiu o primeiro pontapé de canto sem resultado, enquanto o Benfica encontrou grandes dificuldades para chegar á baliza de Eduardo.
Mas como as rosas tem espinhos, a defesa bracarense teve a primeira falha aos 35′ quando, na sequência de um livre marcado por Gaitan, a bola sobra para Matic que, com a baliza à mercê, chutou ao lado.
O final da primeira parte chegou com mais um minuto e o Braga ao ataque, ganhando um pontapé de canto do qual nada resultou.
Quase como na primeira parte, foi o Braga a criar perigo na abertura no tempo complementar, desta vez (48′) com Rafa a fazer “estalar” bola na barra da baliza de Artur. Mais um azar.
Com os jogadores do Braga a trocarem a bola muito bem, avançando no terreno e “baralhando” as fragilidades do Benfica, que raramente atinava o caminho para a baliza de Eduardo.
Foi ainda o Braga, por Alan que, aos 66′, esteve perto de marcar, obrigando Artur a uma excelente defesa.
A entrada de Rodrigo (59′) e de Ivan Cavaleiro (65′) – por saída de Djuricic e Markovic, que pouco ou nada fizeram – melhorou a movimentação da formação encarnada, ainda que o caminho para a baliza contrária parecia estar em sentido “obtuso”, se bem que ao 69′ Eduardo vê-se na contingência de safar o golo, ao defender para canto um forte e transviado remate de Gaitan.
Este foi o sinal para o golo que surgiu dois minutos depois.
Roubando a bola a um Mauro que abusou da posse de bola, Matic deu mais dois passos, rematou de um lado para o outro e anichou a bola na baliza de um Eduardo mal batido, quiçá por não ter visto a bola partir. A falta de concentração no momento crucial de Mauro deitou o empate a perder.
Mas o desporto é assim e as vitórias morais não dão pontos.
No Benfica, saliência para Artur, Luisão, Gaitan, apesar de tudo, Silvio e Garay destacaram-se, onde o melhor foi Matic.
No Sporting der Braga, Eduardo foi mal batido mas não teve grande trabalho, sendo o destaque maior atribuído a Alan, o “quatro” estrelas, salientando ainda Rafa, Baiano, Eder e Luiz Carlos.
A equipa algarvia chefiada por Nuno Almeida e completada pelos assistentes Paulo Ramos e Luís Ramos passou mais ou menos despercebida, apesar de uma outra falha menor.
As equipas alinharam.
Benfica – Artur; Sílvio, Luisão, Garay e Siqueira (André Almeida, 70′); Enzo Perez, Matic e Markovic (Ivan Cavaleiro, 65′); Djuricic (Rodrigo, 59′), Lima e Gaitan.
Braga – Eduardo; Baiano, Santos, Nuno A. Coelho e Elderson; Ruben Micael (Hugo Vieira, 75′), Mauro e Luiz Carlos (Custódio, 79′); Alan, Éder e Rafa (Pardo, 71′).
Disciplina: Amarelo para Éder (51′) e Matic (76′).