Sexta-feira 01 de Novembro de 5816

Candeia que vai à frente…

portugalvssuecia 3319cnPortugal – 1, Suécia, 0

Na verdade, mais vale um golo, sem sofrer nenhum, do que ficar em branco e com a candeia meio apagada. Se bem que Portugal tivesse vencido bem, a verdade é o nível de jogo praticado ficou aquém do que se esperava para uma partida da maior importância.

Portugal, como lhe competia, foi para o ataque e logo no primeiro minuto esteve perto de abrir o activo. Só faltou quem rematasse. Coentrão fez a primeira das suas arrancadas, tocou para Ronaldo que lhe devolveu a bola e centrou para onde não estava ninguém, já que Nani não avançou até esse ponto.
À maior capacidade ofensiva portuguesa, nem sempre da melhor forma – como se justificou pelo 0-0 ao intervalo – a defesa sueca resolvia tudo a contento e também criava perigo, quando o defesa Lustig se chegou à frente e centrou para Elmander desviar e ver a bola passar a rasar o poste mais longe, com Patrício a não ter hipótese de a defender se fosse para a baliza.
No minuto anterior, João Moutinho também teve oportunidade de criar perigo mas tanto se desviou da baliza que acabou por, sem ângulo, rematar para fora.
Também é verdade que os jogadores portugueses corriam mais atrás da bola – os suecos só precisavam de estar atentos para cortar situações eventualmente mais perigosas junto ou dentro da sua grande área – mas nada nem ninguém conseguia, por um lado, criar jogadas motivadoras de golo e, por outro, não rematar à baliza.
Aos 16′ Ronaldo foi chamado a marcar um livre frontal, a cerca de 40 metros, mas rematou contra a barreira, enquanto, minutos depois (20′) e na sequência de um canto contra Portugal, Ibrahimovic fez uma finta de corpo e deixou a bola seguir para Larsson, que rematou forte e colocado mas Patrício estava lá e fez a defesa da noite.
Com Ronaldo sempre (ou quase) “emparedado” por dois ou três adversários, pouco conseguiu fazer na primeira parte – a primeira acção de perigo, depois do livre que não resultou porque marcado contra a barreira – tendo feito um único remate de cabeça mas muito cima da barra.
Postiga era o mais solto e, com o apoio de João Pereira (na direita) e Coentrão (na esquerda), foi tentando remar contra a maré, obrigando a defesa sueca a estar atenta e a actuar na oportunidade, com Portugal a ganhar bastantes cantos mas sem qualquer resultado palpável na sua marcação.
No segundo tempo, Portugal tentou manter a mesma toada, com a Suécia a jogar, nitidamente para empate, mas a situação começou a dar sinais de preocupação a Paulo Bento, porque não via ninguém a chegar à pequena área para marcar. E Ronaldo começou a ficar “nervoso”, o que o levou a cometer a imprevidência de ser admoestado com um cartão amarelo, depois de ter tocado no guardião Isaksson.
Por volta dos 80 minutos, Elmander, em disputa com Pepe, cai na grande área lusa e o árbitro deixou seguir. Houve toque corporal que o árbitro entendeu ter sido normal. Mas ficaram dúvidas.
Antes disso, já Hugo Almeida tinha substituído Postiga e Josué tinha entrado para o lugar de Raul Meireles, altura em que Portugal começou a pensar a sério que era possível chegar ao golo e vencer.
E assim foi. Avançando pela esquerda do ataque, Veloso “tirou” um centro directo à cabeça de Ronaldo que não perdoou e fez o 1-0 aos 81′. Foi o delírio para os mais de 61 mil espectadores que enchiam quase por completo o Estádio da Luz.
A energia mental foi renovada e Ronaldo ainda esteve à beira de chegar ao 2-0, mas a bola por ele cabeceada foi embater na barra. Mais Três minutos de jogo, além dos 90, foram passados ainda em frenesim, mas o resultado positivo opara Portugal manteve.se até final.
Mas ainda faltam noventa minutos. Quiçá os mais difíceis para um apuramento para um europeu ou mundial anterior.
Acreditemos que é possível na terça-feira próxima.

Na equipa nacional, relevo para Patrício, João Pereira, Coentrão (este o mais batalhador), Pepe, João Moutinho, Nani, Raul Meireles e Bruno Alves, enquanto nos suecos se destacaram Isaksson, Lustig, Olsson, Larsson, Elmander e Ibrahimovic, este a espaços.
A equipa de arbitragem, de Itália, esteve muito bem, passando perfeitamente despercebida, com relevo para o árbitro Nicola Rizzoli, auxiliado por Renato Faverani e Andrea Stefan.
As equipas alinharam:
Portugal – Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Coentrão; João Moutinho, Veloso e Raul Meireles ( Josué, 77′); Nani, Postiga (Hugo Almeida, 65′) e Ronaldo.
Suécia – Isaksson; Lustig; Antonsson; Nilsson e Olsson; Larsson, Elm (Wernbloom, 71′) e Kallstrom (Svensson, 77′); Ibrahimovic, Elmander (Gwerndt, 88′) e Kacanilic.
Disciplina: João Pereira (42′), Larsson (70′), Ronaldo (76′ e Elmander (77′).

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