O Sporting ganhou e bem! O Setúbal perdeu também bem porque foi o principal causador da “desgraça” própria. Ainda assim, os números foram exagerados. O 4-0. Quinze minutos bastaram apara chegar a umas goleada injusta o bom jogo dos setubalenses.
No decorrer da primeira parte, em jogo que se pode considerar tacto-a-taco, face à boa movimentação por parte das duas equipas, viu-se um Setúbal mais consistente no passe de bola e um Sporting a jogar na base do individualismo. Em especial por parte de Carrillo, que queria fazer tudo mas nada deu resultado. Ainda assim foi ele que, de longe, rematou fazendo a bola roçar a parte externa do poste.
Perigo mais a sério veio dos setubalenses que, aos 28′ e 29′, estiveram perto de marcar. Primeiro por Cardoso que, com um ligeiro desvio de cabeça, quase traiu um Patrício que estava atento, o que se verificou logo a seguir com um remate de Nelson Pedroso, que o guarda-redes dos leões defendeu bem.
Mais dois minutos e foi Pedro Queirós que, n a sequência de uma excelente jogada e a passe de Ricardo Horta, obrigando Patrício a uma excelente defesa, confirmando a uma maior perigosidade do seu ataque. Mas o “desastre” estava a chegar.
A cinco minutos do intervalo, o avançado Rafael Martins atrasou a bola, quase de meio campo, para o seu guarda-redes sem ver a zona para onde rematou, tendo a bola seguido directamente para Montero que, depois de uma finta ao guardião sadino, fez o 1-0, quando toda a gente já estava a adivinhar que não havia golos no primeiro tempo.
Uma “borla” – e no tempo em que aconteceu – que foi ouro sobre azul para os leões, que se embrulhavam mais do que desembrulhavam a defesa da formação da capital sadina. A partir daí e pela forma como foi, esperava-se que o Setúbal ia perder “gás”. Não foi o que aconteceu nas questões físicas, que continuou a lutar, nas na parte psicológica.
O que deu, aos 58′, o segundo golo do Sporting, marcado por Carrillo – finalmente a acertar uma jogada coordenada por Adrien – que recebeu a bola em andamento e rematou de imediato com o pé esquerdo para o fundo da baliza. Tudo ficou parado porque a jogada foi mesmo muita rápida e bonita.
Dani ainda consegue, na sequência de uma jogada de contra-ataque, assustar Patrício ao rematar e levar a bola a roçar o poste, mas foi o Sporting que, num passe rápido, oportuno e mágico, Piris endossou a bola a Adrien que a remeteu para Montero fazer o 3-0 aos 71′.
E dois minutos depois o Sporting chegou a 4-0.
Num remate à “queima-roupa”, dentro da área, Cohene provoca uma grande penalidade (mão bola ou bola na mão, fica a dúvida), que Adrien marca superiormente para o 4-0, no minuto 73. Tudo definido e bem para o Sporting, pese embora os números não espelhem a realidade do jogo jogado, até porque, aos 90+2′, o Setúbal criou perigo quando Diogo Rosado (acabado de entrar) remata forte para uma superior defesa de Patrício.
Um pouco antes, soube-se que estiveram no Alvalade XXI 32.573 espectadores.
Relevo para as exibições de Montero (mais dois golos), Patrício, Rojo, André Martins, William e Carrillo (pelo Sporting) e Servin, Vezo, Nélson Pedroso, Tiago Terroso, Pedro Queirós e Ricardo Horta.
Duarte Gomes (Lisboa) e a sua equipa (Venâncio Tomé e André) não tiveram problemas de maior porque o jogo foi ética e desportivamente jogado dentro das normas, sem quezílias de maior.
As equipas:
Sporting – Rui Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Piris; André Martins, William Carvalho e Adrien; Wilson, Montero e Carrillo.
V. Setúbal – Servin; Pedro Queirós, Rúben Vezo, Cohene e Nélson Pedroso; Paulo Tavares, Dani, Tiago Terroso;Ricardo Horte, Ramon Cardozo e Rafael Martins
Disciplina: amarelo para Javier Cohene (90+2′)
Artur Madeira