* Portugal teve quase tudo para chegar à final
Ter quase tudo para chegar à final não é o mesmo que estar na final. Não há dúvida. As mais flagrantes oportunidades de golo foram divididas no tempo regulamentar, onde um golo anulado a Portugal deixa muito que pensar. Uma vez mais, agora a quinta, Portugal não chega a campeão mundial.
O jogo foi disputado como muita vivacidade, com a bola a girar a alta velocidade pelos jogadores de campo e face ao 0-0 no final do tempo regulamentar, o que se retira é que os grandes homens do jogo foram os guarda-redes, a última instância ou obstáculo a ultrapassar para a bola entrar na baliza.
Dentro deste quadro de análise, tudo o que se possa dizer é para “encher” espaço, aquilo que Portugal não ousou criar com maior assiduidade, apesar de ter beneficiado de um livre directo que Luís Nunes não conseguiu concretizar a 1’29 do final do jogo, depois dos argentinos terem perdido a oportunidade de marcar através de uma grande penalidade falhada, porque defendida superiormente pelo guardião luso, aos 10’26″ da segunda parte.
O facto que criou alguma celeuma (que Portugal até acabou por aceitar bem, pelo menos pelas imagens que se viram) ocorreu a 3’11″ do final do jogo, quando, na sequência de um remate forte de Valter Neves, a bola terá ido bater na perna de João Rodrigues, desviando a bola para dentro da baliza. Nas várias repetições televisivas pode verificar-se que não há nenhum gesto premeditado do jogador português. Nem sequer viu a bola passar, porque antes bateu no defesa argentino que estava à frente de Rodrigues. O árbitro foi “permeável”, ainda assim aos fracos protestos dos argentinos e o golo, que nos pareceu “limpo”, foi anulado à formação portuguesa, ao que parece porque o árbitro (brasileiro) entendeu que a bola terá tocado no pé ou na perna do jogador português.
Estranha-se a nomeação, para este jogo, de uma dupla de árbitros formado por um brasileiro e outro espanhol. Sendo a Argentina de língua espanhola, o espanhol não devia ter sido nomeado, defendendo-se também a não nomeação do brasileiro, mais a mais com outros árbitros mais “neutros” presentes.
Mais feliz (infelicidade para Girão porque não conseguiu defender), a Argentina marcou o golo de ouro e, com isso, a presença na final deste mundial’2013.Há que dar os parabéns a todos pelo magnifico jogo e, como se sabe, só pode haver um vencedor, para o caso – com felicidade mas também com maestria – a Argentina, aguardando-se um grande embate para este sábado antes da cerimónia de encerramento.
Quadro de resultados
Meias-finais (Esta 6ª feira)
Argentina, 1 – Portugal, 0 e Espanha, 7 – Chile, 0
Apuramentos
5º ao 8º – Brasil, 7 – Moçambique, 5 e França, 5 – Itália, 6
9º ao 12º – Suiça, 4 – África do Sul, 2 e Alemanha, 1 – Angola, 4
13º ao 16º – Uruguai, 3 – EUA, 6 e Áustria, 3 – Colômbia, 7
Este sábado
Portugal – Chile (3º e 4º), pelas 19h15 e Espanha – Argentina (1º e 2º), pelas 21h30 horas, seguido da cerimónia de encerramento.
Restantes jogos finais de apuramento do escalonamento das equipas entre o 5º e o 16º lugar