- *Moçambique com excelente réplica
Com uma exibição de alto gabarito – a jogar sempre assim arrisca-se a ser campeão, e com justiça – Portugal fez tudo o que tinha que fazer: velocidade, técnica apurada, esquemas cumpridos, para ganhar à vontade ante um Moçambique que mostrou porque é que foi 4º na edição anterior.
Com uma entrada em velocidade acima da média para um início de jogo, mais a mais com uma formação que se admitia difícil de “driblar”, o cinco luso abriu o activo (Valter Neves) pouco passava dos dois minutos, o que começou a funcionar em termos psicológicos: andar na frente do marcador.
Registe-se, desde já, que o ritmo foi elevado de princípio a fim, mas ainda subiu nos últimos cinco minutos, quando Portugal marcou o quinto golo e Moçambique quebrou definitivamente o ânimo que ainda restava, pelo menos para o golo de honra.
O 2-0 surgiu aos 8’45″ por intermédio de Pedro Rafael; o 3-0 aos 12’09″ por Jorge Silva e o 4-0 registou-se aos 17’12″, com João Rodrigues fechou a conta antes do intervalo.
No tempo complementar, a toada de jogo atacante amornou um pouco e só aos 16’23″ a bola voltou a entrar na baliza de Moçambique, rematada por Jorge Silva, depois de Pedro Alves ter falhado uma grande penalidade, tal como aconteceu com Moçambique, que demoraram de mais a tentar “enganar” o guarda-redes e não conseguiram.
Aos 17’43″ a contagem foi fechada com um golo de Gonçalo Alves, numa altura em que Portugal ainda corria velozmente a dominar o jogo em todas as áreas do campo, com a qualificação para a meia-final alcançada sem quaisquer dúvidas.
Mas esta meia-final, por princípio, vai ser bastante difícil ante uma Argentina que já foi campeã do mundo e há muito tempo que não dá nas vistas, em especial por causa da Espanha (que foi a campeã nas últimas quatro edições) e de Portugal, vencedor em 2003.
Uma nota especial para a disciplina, o fair play, o espirito desportivo e a ética, que parece terem assentado arraias em Luanda e Namibe, porque o que menos se fala é de actos contrários a esta temática. Ainda bem. E parabéns a todas as equipas para o desportivismo que estão a demonstrar. A terminar para referir que a árbitra angolana Patrícia Costa foi uma dos juízes do jogo de Portugal e esteve à altura da responsabilidade do jogo.
Quadro de resultados
Quartos-de-final (1º ao 8º)
Brasil, 5 – Argentina, 9; Espanha, 5 – França, 3; Itália, 1 – Chile, 2 (após g. penal) e Portugal, 6 – Moçambique, 0
Meias-finais (Esta 6ª feira)
Argentina – Portugal (19h15) e Espanha – Chile (21h15)
Quartos-de-final (9º ao 16º)
EUA, 4 – África do Sul, 6; Angola, 6 – Colômbia, 3; Suíça, 16 – Uruguai e Alermanha, 12 – Áustria, 3