Hóquei em Patins – Mundial’2013
*Angola ficou pelo caminho e triste
Ao derrotar Angola por um expressivo 5-1, Portugal garantiu o pleno (três vitórias), teve o melhor ataque (31) e conseguiu a maior goleada (21-2) frente à África do Sul.
Só a defesa não ajudou porque foi a quinta menos batida. Mas está nos quartos-de-final e esse era o primeiro objectivo a cumprir.
Frente a Angola, pode-se dizer que Portugal teve várias situações favoráveis, que redundou no êxito. Primeiro marcou mais golos; segundo foi mais objectivo, mais dominador, mais coeso, cometeu menos erros mas teve a felicidade de ver um Girão (guarda-redes) a defender muito e bem em alguns momentos cruciais do jogo.
Se isso não se tivesse verificado, Portugal teria tido mais dificuldades, porquanto a equipa angolana – que nos pareceu mais apática do que é normal – não encontrou força anímica para contrabalançar o plano gizado pelo técnico nacional, que resultou em pleno.
Mas o desporto é assim mesmo: uns ganham e seguem em frente e outros perdem e tem que mudar de carruagem. No caso de Angola com destino ao Namibe, onde decorrerá a fase do 9º ao 16º classificado. O que é uma pena (para todos os angolanos e portugueses que vivem neste país) e uma posição que há muito Angola não tinha.
Portugal abriu o activo com dois minutos e meio de jogo, por Ricardo Barreiros que, em noute acertada e a entrar bem na área de baliza, fez o 2-0 aos 5’52′. Doze minutos depois foi a vez de Martin Payero reduzir para 1-2, resultado com que se chegou ao intervalo.
No segundo tempo, Angola regressou com o objectivo de tentar aproximar-se (ou ultrapassar) Portugal, mas a bem organizada defesa lusa – com o guardião Girão à cabeça – impôs-se tenazmente, mesmo depois de, cerca dos 4’30″, ter aumentado a vantagem para 3-1, por intermédio de Diogo Rafael. Foi o “toque” final para os angolanos.
Quase aos 10′, Portugal faz o 4-1 por intermédio de Hélder Nunes e a 22 segundos do final Luís Viana fixou o resultado em 5-1, na marcação de um livre directo superiormente concluído.
No balanço estatístico, Portugal acabou por ser o melhor em quase tudo: mais golos (31, contra 25 da Espanha e 19 de Itália); resultado mais dilatado (21-2 à África do Sul); quinta defesa menos batida (Argentina e França foram os melhores “trincos” com apenas 3 golos sofridos, contra 4 da Espanha e da Itália).
Quanto às outras equipas, o apuramento era considerado antecipado face ao histórico dos mundiais, onde a “desgraça” maior foi a saída dos angolanos do grupo da elite.
Como curiosidade, o facto de Portugal poder afastar mais outra equipa que fala português, como é o caso de Moçambique que, como se recorda, foi 4º classificado na competição efectuada há dois anos
Mas hoje – terça-feira – já foi ontem e esta quinta-feira a competição vai ser mais a sério, com outras tácticas, porque são apenas jogos para decidir numa única vez. Quem perder também muda para um comboio mais lento e mais longe das melhores posições.
Quadro de resultados
Grupo A
Suíça, 2 – Áustria, 0 e Espanha,9 – Brasil, 6
Apurados: Espanha e Brasil
Grupo B
França, 1 – Alemanha, 0 e Argentina, 8 – Uruguai, 0
Apurados: Argentina e França
Grupo C
África do Sul, 3 – Chile, 10 e Angola, 1 – Portugal, 5
Apurados: Portugal e Chile
Grupo D
Colômbia, 1 – Moçambique, 5 e Estados Unidos, 0 – Itália, 10
Apurados: Itália e Moçambique
Quartos-de-final – 5ª feira (Luanda)
14h30 – Espanha – França
16h30 – Brasil – Argentina
18h30 – Portugal – Moçambique
20h30 – Itália – Chile